brown-electric-guitar-164861-1-1024x682

Breve guia das madeiras mais usadas em violões e guitarras

As pessoas que não tocam um instrumento geralmente acreditam que uma guitarra ou baixo são basicamente apenas uma placa com cordas.

Embora isso possa ser verdade de um certo ponto de vista, os músicos sabem que os instrumentos ganham vida em suas mãos. Cada instrumento tem uma voz e sentimentos únicos, e dois raramente são os mesmos – mesmo que pareçam iguais.

Nos instrumentos musicais cada parte importa. Cordas importam, ferragens importam, madeira importa, a forma que a madeira é tratada na fábrica importa, o que se usa para revestir o instrumento importa, dentre outras características.

Que tipos de madeiras são usadas para violões e guitarras ?

Nem todas as madeiras são adequadas para uso em todas as partes de um violão. O abeto vermelho, por exemplo, é frequentemente usado para partes superiores de violões, mas não é o material ideal para instrumentos elétricos como guitarras e baixos. Cada uma das principais madeiras para instrumentos musicais (também chamadas pelo nome em inglês, tonewoods) tem seu próprio uso e é escolhida por suas características.

Para ser uma boa madeira para um violão ou outro tipo de instrumento musical que usa cordas tensionadas, ela precisa ser forte o suficiente para aguentar estas tensões que são exercidas sobre a estrutura, mas também ter características tonais adequadas para aquele instrumento musical. Na maioria dos casos, a escolha pelo resultado tonal é mais importante em instrumentos que precisam de caixas de ressonância como o violão, a viola, o cavaco, o ukulele dentre outros.

Maple (bordo)

O maple é uma espécie de madeira muito dura, com boas qualidades tonais e boa sustentação. Os braços das guitarras são tradicionalmente feitas de maple, em parte por causa de sua resistência, mas também pela beleza O maple também é frequentemente usado como tampo para o corpo do violão, pois além de muito bonita esta madeira, como já falamos, permite um ótimo som.

Mogno ou Mahogany

Muitos corpos de guitarra e baixos são feitos em mogno. Porém é bom lembrar que existem catalogados 49 tipos de mogno, porém muitos já estão quase extintos devido ao corte descontrolado já que a madeira é muito popular na fabricação de móveis. Assim o mogno visto nas guitarras de hoje não são da mesma espécie que os vistos nas décadas de 1940 e 1950. Geralmente as guitarras Les Pauls combinam mogno com um tampo de maple.

Basswood

O Basswood vem de árvores chamadas Linden e tem como característica de ser uma madeira macia e fácil de trabalhar. Por se tratar de uma madeira sem muitos atrativos gráficos (veios muito aparentes), é uma boa escolha para instrumentos com pintura sólida. O Basswood possui um som quente e equilibrado, com excelente faixa intermediária e boa sustentação.

Alder

O Alder era muito popular nas décadas de 1950 e 1960, e muitas guitarras da Fender por exemplo eram feitas com esta madeira. Hoje a madeira é mais rara e mais cara naturalmente. É uma madeira leve, possui pelos padrões gráficos e produz um som quente com muitos agudos. Talvez por isso a preferência para a fabricação de guitarras Stratocasters que a Fender tinha.

Swamp Ash

Muitas fábricas americanas de violão usam o Swamp Ash porque a madeira é leve, bonita e tem um timbre agradável. O Swamp Ash tem um bom sustain, tons de graves firmes, e “mordidas” na faixa de médios e agudos.

Outras madeiras populares para violões, guitarras, baixos, etc.
Outras madeiras populares incluem a Korina, que foi popularizado pela Gibson no final dos anos 50. É bonita, leve, produz um som quente e equilibrado com boa sustentação.

O Ash japonês, apesar do nome não é realmente o mesmo tipo de madeira que os outros Ashs . Nesta espécie o som produzido em violões é equilibrado entre bons agudos, médios, graves e ótima sustentação.

Existem outras espécies como American Tulipwood (Poplar), Wenge, Phoenix, Paulownia e Agathis e todas com características tonais distinatas que não vamos agora detalhar.

As características das madeiras também serão coerentes com a velocidade que a arvore cresceu, o tratamento que a medeira recebeu depois de cortada e também do local onde a árvore cresceu.

As madeiras da escala importam.

O material do braço da guitarra ou violão também é importante. Geralmente são usadas duas variedades de madeira. O jacarandá por exemplo, geralmente é usado em conjunto com o mogno no braço, pois é uma madeira resistente e oleosa, o que ajuda a suportar o contato frequente.

Devidos as restrições no abate de certas espécies como o jacarandá, fez com que outras madeiras se tornassem populares como o Pau-ferro e o Cocobolo.

O ébano é uma escolha lógica também para construir escalas, no entanto não é mais vista com frequência, exatamente porque é rara e bem cara.

A madeira usada na construção de violões mudou com o tempo?

As madeiras usadas hoje na fabricação já não são mais as mesmas, pois muitas madeiras usadas por exemplo na década de 1950, já está quase estinta hoje e por isso proibido o corte. Muitas espécies de jacarandá, mogno e ebony já fazem parte da lista de restrições.

Por conta disso a criatividade vem gerando instrumentos com materiais bem diferentes como guitarras em alumínio ou fibra de carbono.

Nos conte, de que é feito sua guitarra, baixo, violão … ? Comente .

Equipe Papo de Música.

gold-condenser-microphone-near-laptop-computer-755416-1024x682

Como escolher um microfone – O guia prático

Esteja você montando um karaokê para os amigos, indo ministrar uma palestra, realizar um culto ou um casamento, cantar em uma festa, ou indo com sua banda participar de um grande festival de música, ou seja lá o que for que precise amplificar vozes e/ou instrumentos, lá estará o microfone. Não tem jeito, esta é uma peça essencial.

Você pode até utilizar o microfone interno do smart phone para uma live, ou um rápido pod cast, mas o microfone é essencial para que os trabalhos sejam profissionais.

Neste artigo vamos falar sobre este importante equipamento e como escolher o correto para o que você precisa, além de desmistificar de uma vez por todas aqueles termos técnicos que muitas vezes não encontramos uma boa explicação sobre o que são.

A primeira coisa é definir os objetivos para cada microfone que você precisa, ou melhor, definir quais os usos para microfones que você terá e a partir disto definirmos quais microfones a serem usados.

Vamos supor que você faça parte de uma banda de cinco integrantes brincipais e quatro backvocals. Vamos supor que na sua banda, você seja o vocalista e um dos guitarristas, mas também teremos o baixista, o violonista, o tecladista e claro o baterista, não esquecendo das quatro backvocals.

Tendo em mente esta configuração começamos a listar o que precisamos em termos de captação de som por microfones. Vamos então chegar ao seguinte:

  • 1 microfone para vocal principal;
  • 4 microfones para as back vocals;
  • 1 microfone para o cubo de baixo;
  • 1 microfone para o cubo de guitarra;
  • 1 kit de 7 microfones para a bateria;
  • 2 microfones para vocal de reserva.

São um total de 16 microfones, mas e ai quais microfones vamos escolher.

No artigo vamos apresentar tudo que é importante para que você seja capaz de fazer a escolha para o exemplo acima e para a sua necessidade específica. Pois ali demos um exemplo de som ao vivo, mas e para um estúdio ? E se você deseja gravar para seu canal no Youtube ? Dentre outras situações. Ao final você vai poder tomar estas decisões de escolha.

Quais são os diferentes tipos de microfones?

Depois de definido o objetivo para o uso do ou dos microfones é hora de falarmos dos tipos de microfones. Vamos lá.

Dinâmico

Microfone dinâmico é aquele que mais vemos. Geralmente um bastão com um globo arredondado, na maioria das vezes prateado (fosco ou brilhate), não querendo dizer que não há modelos de cores diferentes. Raul Gil por exemplo usa um todo dourado, dizem que é de ouro. Seja ele sem fio ou com fio, o funcionamento básico é o seguinte:

Uma pequena bobina dentro de uma cápsula se move com as ondas sonoras e este movimento produz uma pequena corrente elétrica que é transmitida por um cabo até o pré-amplificador e então amplificado o som. No caso do sem fio, o sinal é levado para o circuito transmissor que o converte em um sinal de rádio que é transmitido para o receptor que por sua vez já converte o sinal novamente em sinais elétricos que são amplificados e novamente convertidos em som pelos alto falantes. A curiosidade é que o microfone dinâmico não precisa de uma fonte de energia, ele já produz a corrente elétrica na cápsula.

Mas ai vem a pergunta: E o microfone sem fio que precisa de baterias ? Sim, o sem fio precisa, porém apenas para o funcionamento do transmissor. O Microfone sem fio tradicional, nada mais é do que um microfone dinâmico acoplado a um transmissor, que pelas dimensões reduzidas pode ser instalado no corpo do próprio microfone.

O microfone dinâmico serve para os vocais no palco, para um palestrante, para captar o som de guitarra ou baixo nos seus cubos, entrevistas, captar tambores de baterias, dentre muitas outras possíveis aplicações.

O custo destes microfones são normalmente menores, apesar de que no Brasil temos microfones dinâmicos de alto custo. Para uso geral podemos dizer que encontramos microfones com fio variando de R$100,00 a R$2000,00 e sem fios variando de R$350,00 a R$4000,00.

Existem outras variações, mas as mais comuns são os microfones para aplicação em baterias acústicas e os microfones mais específicos para captação de instrumentos como o SM57 da Shure e similares, muito usados para captar violões acústicos e cubos de guitarra.

Condensador

Este microfone possui um sistema de funcionamento diferente. A sua “cápsula”, entre aspas propositalmente, pois não se trata de uma, é na verdade um capacitor com o formato adequado para a captação de audio. É chamado de condensador, exatamente por causa da captação feita por este capacitor, que também é chamado de condensador.

Como o próprio nome do componente diz, o capacitor ou condensador, vai condensar energia em seu corpo, isto é feito através de placas extremamente finas e no caso do microfone estas placas são sensíveis às ondas sonoras que ao movimentarem também geram a variação elétrica traduzível em som ao passar pelo sistema de audio.

A diferença neste caso é que para que isso aconteça, o microfone deve ser alimentado por uma fonte de energia. Sabe aquele termo “phantom power” que você já ouviu falar ? Pois é isso é uma das denominações de fonte de energia para aplicação com estes microfones. Geralmente a tensão utilizada, varia de 48V a 52V, porém podemos ter microfones alimentados com uma única pilha de 1,5V ou através de uma conexão USB que não vai acima de 5V.

A fonte conhecida como “phantom power” geralmente é encontrada já embarcada em mesas de som e outros dispositivos como interfaces de audio e mixers já amplificados.

Microfones condensadores são de uso mais fixos, geralmente para captação em estúdios de gravação, estúdios de filmagem, ou mesmo externamente, mas adequadamente posicionados. Também muito usado em aplicações podcasts. Na exemplo da banda que demos acima, os microfones condensadores por exemplo farão parte do kit de microfones para bateria, pois são muito úteis para captar o som dos pratos.

O que são padrões polares ?

Para muitos não devo conseguir passar como enxergo este termo “polar”, pois por ter tido um contato com a geografia, consigo visualizar de uma forma que o termo já é auto explicativo. Para alguns ao lerem já entenderam o que eu falo.

Mas mudando a forma de ver, podemos dizer o seguinte, o padrão polar de um microfone, se refere a forma que ele capta os sons a sua volta.

A visualização de como serão as fontes de audio que você deseja captar é que vão determinar os padrões polares que os microfones escolhidos deverão possuir.

O formato mais comum e utilizado por exemplo é o cardioide. E vamos começar a explicação através dele como primeiro exemplo. Microfones usados para vocais por exemplo em palcos são cardióides ou super cardióides.

Vamos então começar:

Padrão cardioide e super cardioide.

O Padrão cardioide capta a frente do microfone e nas laterais, porém tendendo a captar apenas o que esta próximo. O super cardioide tem a mesma função, porém a captação frontal é mais definida e a lateral mais limitada.

As figuras abaixo mostram o formato de captação destes padrões, observe o formato semelhante a um coração, que é exatamente o motivo de ter este nome.

Padrão omnidirecional

Neste caso a captação é em todas as direções, são microfones que permitem gravar todo o ambiente com o máximo de estabilidade, ou seja, considerando o microfone como o ponto central, todos e tudo que estiver posicionado no mesmo raio em relação ao centro, serão captados com mesmo nível.

Um microfone deste é muito útil quando se deseja captar um grupo grande de pessoas cantando por exemplo, ou até em algum local onde não há como posicionar um microfone para cada um.

A figura abaixo mostra as características deste padrão.

Figura 8 ou bi direcional

Neste caso o microfone vai captar em dois lados, o que permite por exemplo gravar um dueto entre dois cantores por exemplo. Microfones condensadores tradicionais de estúdio podem ter esta função.

A figura a seguir mostra como é este padrão.

Padrão ultra direcional

Neste caso o objetivo é captar a maiores distancias e o mais direcional possível, sem sofrer com interferências laterais ou traseiras. O microfone capta o som de onde esta sendo apontado. São conhecidos como shot guns e muitos para melhor o nível de captação filtrando por exemplo o som de correntes de ar, utiliza-se um revestimento conhecido como “peludo” ou “priscila”. Muitas vezes estes microfones são usados com um suporte chamado “vara de boom”, muito frequente em gravações de videos como filmes, comerciais, novelas, etc.

As figuras abaixo mostram isto.

O que é resposta de frequência?

Poderíamos tecer longas explicações sobre o tema, mas falar de resposta de frequência é simples.

Vamos começar entendendo o seguinte: nós normalmente conseguimos perceber sons que estão dentro da faixa de 20 Hz até 20 kHz, porém nossa capacidade de dividir a frequências que estamos ouvindo para sermos capazes de entendermos como uma mensagem, por exemplo a fala, não acontece em toda esta faixa de frequência. Se alguém gravar uma mensagem e esta gravação for convertida a uma frequência média de 20 Hz, nós não seremos capazes de entender o que aquele som nos diz. Isto porque não temos a sensibilidade suficiente para perceber as variações de frequência neste nível.

A mesma coisa acontece com um microfone, supondo que um microfone responda em uma faixa que comece nos 50hz e vá até os 12kHz. Isto significa que sons nesta faixa de frequência serão captados, porém as frequências inferiores e as superiores, poderão ter uma maior dificuldade de ser percebida corretamente, ou seja, o microfone não conseguirá reproduzi-la em corrente elétrica de uma forma que ao ser amplificada, será ouvida com o mesmo timbre que a emissão natural.

Isto explica o que é a resposta de frequência e nos apresenta um outro conceito que é a sensibilidade.

A sua escolha de microfone deverá ser de acordo com o quem ou quem se quer captar. Para captar um bumbo de uma bateria, o microfone geralmente é dinâmico, cardioide e com maior sensibilidade nas frequências mais baixas (mais graves). No caso da voz humana, deve-se optar por uma resposta mais ampla e ótima sensibilidade nos graves, médios e médios agudos.

O que é sensibilidade e SPL ?

A sensibilidade é simplesmente então o quão baixo, no sentido de intensidade, o som captado é e consegue ser transmitido ao sistema de reprodução ou gravação. Com isso como falamos mais acima, varia com a frequência captada. Um microfone que capta frequências muito baixas por exemplo com um intensidade também baixa, pode não ser tão bom para a captação de frequências agudas, principalmente se pouco intensas.

O SPL, é o nível de pressão sonora. É como se falassemos de nossos tímpanos, ou seja, qual o nível de pressão sonora, medido em decibéis, pode ser captado sem distorções em relação ao som natural. Uma pressão sonora acima da capacidade do microfone resulta em captação distorcida.

Mais uma vez exemplificando com o bumbo da bateria, podemos dizer que é necessário que o microfone tenha uma resistência (SPL) mais alto, pois apesar da frequência baixa, o nível em decibeis será alto.

Com estas informações você já será capaz de escolher os microfones mais adequados para seu uso. Como sugestão extra e como um presente, temos um e-book no formato de apostila com mais de 170 páginas, escrita por um engenheiro de som que não se identificou, e deixou que ela pudesse ser distribuida livremente, desde que sem alterações e jamais vendida, ou distribuida de maneira condicional a alguma ação do leitor. Clique aqui para baixar ela.

cavaco-paulistinha-1024x468

Cavaco – Breve história no Brasil e como escolher um

Além da viola caipira que inclusive foi nosso ponto central de um artigo a pouco tempo, o cavaco ou cavaquinho é outro instrumento típico do Brasil, porém sua origem é de longe.

Neste artigo vamos falar da história deste instrumento e o que você deve observar para comprar o seu.

O cavaquinho, veio pelas mãos dos portugueses, aparentemente no século XVIII. O instrumento já era bem conhecido em portugal. Antes de chegar ao Brasil o instrumento era originario da reginhão do Minho no norte de Portugal, foi introduzido posteriormente na cultura popular do Braga e após isso levado para outros lugares, incluindo naturalmente as colônias portuguesas, que no caso o Brasil era uma delas.

Com 12 trastos na forma original o cavaquinho tem uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi. Achou estranho ? Pois é, essa é a afinação mais usada desde sua origem. Pode ser encordoado com jogos de aço, mas também de tripa (Portugal). Sua afinação também pode ser em ré-si-sol-sol, mi-dó#-lá-lá, mi-ré-si-sol. No entanto aqui no Brasil como ré-si-sol-ré ou, mais raramente, em mi-si-sol-ré.

O Brasil foi o país que ampliou a linguagem do instrumento, com técnicas e interpretações que inclusive levaram a expressar o brilhantismo de mestres da música como Waldir Azevedo (1923 – 1980), que provavelmente foi o principal responsável por levar este instrumento a um patamar único dentro da música popular brasileira. Foi Waldir Azevedo que desenvolveu um repertório completo para este instrumento e consolidou o instrumento no Brasil.

Consolidação tão forte que hoje muitos acham que o cavaquinho é um instrumento de origem brasileira.

Não podemos deixar de citar alguns nomes importantes da música brasileira em que o cavaquinho é o instrumento principal.

  • Ratinho (1896 – 1972) – Precussor do Cavaquinho no mercado fonográfico brasileiro;
  • Jorge Filho o cavaquinista do grupo Época de Ouro – É um dos expoentes do Choro;
  • Waldir Azevedo (1923 – 1980) – Foi o responsável por elevar o patamar do instrumento, inovando e estabelecendo novas linguagens;
  • Waldir Silva de 1931 – 2013;
  • Bernardo Cascarelli – O Xixa;
  • Roberto Barbosa (1938) – Integrante do Grupo Demônios da Garoa e de imensa habilidade técnica;
  • Paulinho da Viola (1942) – Intensa contribuição ao repertório, valorizou muito o choro e o cavaquinho e elevou a importância do instrumento para o samba;
  • Henrique Cazes (1959) – Dedicado a educação e o desenvolvimento técnico do instrumento no Brasil;
  • Mauro Diniz (1959) – Ajudou na renovação do cavaquinho como instrumento de acompanhamento;
  • Luciana Rabello (1961) – Também com grande contribuição ao repertório musical com este instrumento.

Agora que já conhecemos um pouco mais sobre o instrumento, vamos falar de outra coisa: Como escolher um cavaquinho ?

A primeira coisa a fazer é definir o valor que você vai querer investir para a compra de seu cavaquinho. Cavaquinhos podem ter custos relativamente baixos, mas também podem representar um relativo investimento. Os modelos feitos por Luthiers por exemplo são mais caro devido a exclusividade, o nível de acabamento e os materiais que são utilizados.

Se você esta começando, a dica mais tradicional é buscar um instrumento de custo intermediário, algo entre R$300,00 e R$600,00, porém creio que na verdade devemos pensar diferente. Devemos pensar em qual o seu interesse com o instrumento primeiro, para depois definir um alvo de custo.

Se você deseja apenas um instrumento para diversão exporádica, então não precisa investir muito, os modelos intermediários como citei acima serão bem interessantes, como modelos mais simples também. Porém no caso dos modelos mais simples, deve-se entender que podem haver problemas com as dimensões e até a facilidade para tocar, pois muitos destes instrumentos são feitos de forma mais genérica em países que não têm a tradição de fabricar este tipo de instrumento.

Porém se você deseja ter o instrumento para enriquecer seu repertório, ai sim minha sujestão é escolher o melhor cavaquinho possível. Instrumentos acima de R$1000,00 já podem ser considerados sem problema algum.

Siga as dicas a seguir para buscar um instrumento de bom nível:

1- A dica mais óbvia é, se você vai comprar seu primeiro instrumento, procure ir a loja com alguém que já conheça o instrumento.

2- Cavacos não possuem tensor regulável, por isso observar o braço é muito importante. O ideal é prender a quarta corda no primeiro traste e ao mesmo tempo no décimo segundo traste. Obrserve se a distância entre a corda e o braço estão o mais “igual” possível em toda a extensão. Veja também se o braço não esta empenado, posicionando o cavaco como se estivesse mirando um alvo.

3- Observe a espessura do braço para saber se é grosso ou fino demais, para você, o que pode atrapalhar a execução dos acordes.

4- Veja o tipo de madeira que o cavaquinho é feito. O ideal é que seja feito com madeira maciça, mas isso é comum em instrumentos acima de R$500,00. Abaixo disso geralmente são feitos de laminados. (Aglomerado, jamais).

5- Instrumentos que possuem especificações técnicas são os confiáveis. Não compre instrumentos em que o fabricante ou importador não informe tais dados. No caso dos modelos feitos em luthiarias, a madeiras preferidas são o jacarandá, a faia, mogno (geralmente no braço), ébano na (escala), pinho no tampo.

6- A distancia das cordas em relação ao braço não deve estar muito alta.

7 – Toque o instrumento para sentir se o som te agrada. Diferentes madeiras, produzem sons diferentes, podendo valorizar agudos, como graves. Neste caso é seu gosto que vai mandar.

8 – Observe o tempo de garantia do instrumento. O ideal é que seja de pelo menos um ano. Porém devido aos fabricantes estarem deixando de fabricar o instrumento para terceirizar a fabricação, principalmente na China, a maioria tem oferecido apenas o três meses de garantia que a lei exige.

9 – Compre o cavaquinho pela utilidade e não pelo design. Se você vai na maioria das vezes tocar o instrumento de forma acústica, não compre um modelo fiber, ou sólido ou ainda com corpo vazado.

A título de ilustração, seguem alguns modelos de cavaquinho, geralmente encontrados no mercado:

cavaco
O clássico

 

cavaco
O Paulistinha – Modelo parecido com o clássico, porémm com cintura mais fina e menor tamanho.
Fiber – Normalmente com as laterais e fundos em fibra de vidro.
cavaco
Vazado – Captação, sempre ativa.

Se você não tinha um ponto de partida para a escolha de seu cavaco, então com estas informações acreditamos que agora você esteja bem a vontade para uma boa escolha.

Comente e compartilha suas experiências musicais e sobre o artigo.

Equipe Papo de Música.

opera-594592_1280-1024x682

Como uma orquestra funciona ?

Uma das coisas mais fascinantes em uma orquestra é como é possível dirigir tantos músicos ao mesmo tempo com ordem, harmonia e beleza. Neste artigo vamos buscar ver como isto é possível e mais:

• O que é uma orquestra
• Origem das orquestras
• Tipos de orquestras
• Funcionamento de uma orquestra
• Orquestras brasileira

O que é uma orquestra?

Do grego a palavra orquestra significa ´lugar de dança´ . Bom, mas como assim ? Não me lembro de ver ninguém dançando em uma orquestra. Isso pode até acontecer, porém, somente em casos onde temos um espetáculo de dança em que uma orquestra esta tocando as músicas.

Por mais estranho que possa parecer, na Grécia antiga, esta palavra designava a parte da frete do palco do teatro. Era nesse local que ficava o coro e os(as) bailarinos(as).

Origem das orquestras

A formação das orquestras, como conhecemos hoje, foi somente a partir do século XIX, pois antes a música puramente instrumental não tinha tanta importância, quanto a vocal. Desta forma o surgimento de conjuntos instrumentais só começaram a surgir e bem lentamente a partir do século XVI.

Período barroco

Neste período que inicia com o século XVII, estes conjuntos instrumentais começaram a ser definidos como orquestra. Mesmo assim ainda não eram populares suas apresentações desligadas da parte vocal humana, pois geralmente acompanhavam óperas.

Jean-Baptiste Lully (1632-1687), compositor italiano, naturalizado francês, foi o primeiro a buscar a padronização das orquestras, definindo a direção das arcadas, em que os músicos precisam fazer em sincronia. Lully também foi o primeiro regente reconhecido, já que conduzia a orquestra marcando o tempo com um bastão batido no chão.

Os instrumentos mais vistos no barrco eram os violinos, as violas da gamba, o cravo, os instrumentos de corda dedilhados como alaúde e teorba, flautas doce, dentre outros.

Período clássico

Neste período que começa no século XVIII, os instrumentos sofrem modificações importantes em sua estrutura e as composições em sua forma. É neste período que as orquestras começam a ter a formação atual que conhecemos.

O termo ´sinfonia´ também surge no período clássico, e compositores como Mozart, Haydn e Beethoven despontam como gênios da música.

Um detalhe importante é que as salas de concerto eram menores que as atuais e claro o número de instrumentos executados também.

Período romântico

No século XIX, as orquestras crescem muito tanto em número de instrumentos, como também na potência sonora destes instrumentos, pois vários tiveram modificação na estrutura, bem como a inclusão de outros, como por exemplo os metais, incluido ai os naipes de sopro em geral.

Neste período os principais compositores eram Brahms, Mahler, Ravel, Richard Strauss, entre outros.

Séc. XX

No século XX atingimos o que é mais comum vermos. Neste século os instrumentos de percussão ganham importância e claro a adição de instrumentos eletroacústicos.

O tamanho das orquestras neste período são muito variadas, já que o repertório se tornou muito mais eclético. Os compositores do período que podemos destacar são: Camargo Guarnieri; Luciano Berio; Karlheinz  Stockhausen; dentre outros.

Atualmente as orquestras podem contar com um número de 80 a 100 músicos(as), com o tamanho sempre variando de acordo com o repertório escolhido.

Tipos de orquestra

Existem diversos tipos de orquestra e cada uma delas tem tamanhos diferentes e composições instrumentais diferentes. Entre elas, temos a orquestra sinfônica, orquestra filarmônica, orquestra de câmara, as orquestras de música antiga, as bandas sinfônicas etc. Então vamos a elas!

Orquestra sinfônica e orquestra filarmônica

Não há diferença prática entre uma orquestra sinfônica e uma filarmônica, ambas possuem o quadro completo com formação entre 80 e 100 músicos(as). O grupo de instrumentos utilizado é o mesmo e a disposição e organização, a mesma.

A justificativa para a diferença na denominação é o fato de a sinfônica ser mantida por orgãos governamentais e a filarmônica por instituições privadas sem fins lucrativos.

Orquestra de câmara

Esse tipo de orquestra, é composta por no máximo 20 músicos(as). O motivo é bem simples: Este tipo de orquestra foi idealizada para tocar em locais de menor dimensão, no caso as câmaras.

Orquestras de música antiga

Orquestra de Câmara, pode ser chamada de outra forma, quando seu repertório é de composições feitas entre o século IX e fim do século XVIII. Elas podem ser chamadas de conjuntos de música antiga.

Normalmente são menos músicos e é comum o uso de instrumentos antigos, geralmente originados da época em que o repertório foi criado.

As bandas sinfônicas

As bandas sinfônicas geralmente são formadas por músicos(as) que fazem uso de instrumentos de metais, madeiras e percussão, não querendo dizer que instrumentos clássicos com o cellos e piano não possam fazer parte.

Estas bandas geralmente tem menos integrantes, não superando 50 músicos(as) e o repertório geralmente é mais moderno e popular.

Funcionamento de uma orquestra

Uma orquestra pode ter até 100 músicos(as) no palco, tocando a mesma música, assim a figura do maestro ou regente é de importância fundamental, pois é ele que conduzirá todo este contingente.

Toda orquestra terá seu maestro. O Maestro é a pessoa que conduz a orquestra, hoje o instrumento de condução é uma batuta. Ele sempre se posiciona a frente dos músicos e fica de costas para o público.

É o maestro que tem a responsabilidade da interpretação da peça, é ele que tem a visão geral de tudo, ele decide dinâmicas, timbre, as mudanças no andamento. Ele mantém o rítmo da música.

Uma outra figura importante é o primeiro violinista, sempre é o último músico a entrar no palco, se assenta na primeira cadeira a direita do maestro. É facilmente reconhecido, pois é o músico que o maestro aperta a mão. Também é conhecido como spalla.

O spalla é o(a) responsável pelos solos das obras, pode assumir a regência como substituto(a) e é o(a) intermediário(a) entre músicos(os) e maestro (maestrina).

Organização da orquestra

A forma que os(as) músicos(as), são distribuidos no palco é outro fator importante. A disposição geralmente respeita os seguintes naipes:

• Cordas: violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e harpas;
• Madeiras: flautas, oboés, clarinetes e fagotes;
• Metais: trompas, trompetes, trombone e tubas;
• Percussão: tímpano, marimba, xilofone, pandeiro e muitos outros!

A figura a seguir mostra como estes naipes se organizão no palco.

organização da orquestra
Fonte: https://www.historiadasartes.com/som-camera-acao/musica/os-conjuntos-musicais/#jp-carousel-2028

A disposição segue uma lógica por motivos acústicos e por facilidade de serem conduzidos e ao mesmo tempo executados por cada músico(a). Imagine a confusão que seria se os violinos por exemplo, fossem dispostos de maneira aleatória.

Além disso instrumentos com mais potência, precisam ficar atrás dos de menos potência para não sobressairem e impedir que todos os instrumentos sejam ouvidos. Assim, as percussões por exemplo jamais poderiam ser colocadas a frente.

Orquestras brasileiras

O Brasil é um país em que a arte aflora. A tradição musical do Brasil apesar de relativamente recente em relação a paises europeus, é muito forte, pois a arte sempre esteve presente em toda a sua história. Por isso apesar de todas as dificuldades, podemos ver grandes trabalhos no país. A seguir citamos cinco grandes exemplos que temos no Brasil.

1 – Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) que foi criada no Rio de Janeiro em 1940, época em que Brasília ainda não existia.

2 – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, foi criada recentemente, em 2008, toca geralmente na Sala Minas Gerais no Palácio das Artes em Belo Horizonte e também em outras cidades.

3 – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), foi criada em 1954, possui grande reconhecimento internacional e por isso uma da mais famosas. A sala São Paulo é seu ponto fixo, apesar de ser uma orquestra intinerante.

4 – Orquestra Jazz Sinfônica: foi criada em 1989, e seu repertório é basicamente formado por música popular brasileira e outros trabalhos internacionais. Geralmente se apresenta na sala São Paulo, no Theatro Municipal de São Paulo e no Ibirapuera.

5 – Orquestra Sinfônica do Paraná, que foi criada em 1985, geralmente se apresenta no Teatro Guaira e seu repertório é bem eclético.

No Brasil á muitos outros ótimos exemplos, como a Orquestra Amazonas Filarmônica, as Orquestra de Câmara da USP, Música Antiga da USP, Sinfônica de Heliópolis, dentre muitas outras.

Assistir estas orquestras são verdadeiras aulas de música e de ótimo gosto musical . Não interessa qual seu estilo musical, para a sua carreira musical, é muito importante estar presente neste meio, nem que seja como ouvinte.

Esperamos que este breve artigo possa, caso você não tinha conhecimento do funcionamento de uma orquestra, aberto o interesse para pesquisar sobre o assunto.

person-playing-acoustic-guitar-2291538-1024x682

Mas o que é Fingerstyle ?

Olá.

Hoje venho trazendo um artigo sobre uma habilidade que é muito importante para o(a) músico(a) profissional que tem como instrumento principal o violão, mas também é uma habilidade que pode ser desenvolvida por todos que tocam ou desejam tocar violão.

Esta habilidade ou técnica é chamada de Fingerstyle, que pode ser aplicada em qualquer gênero musical.

Se procurarmos videos de exemplo no youtube, já tem milhares, tamanha é a beleza e popularidade da técnica.

Mas qual a definição para Fingerstyle ? O que é Fingerstyle ?

Fingerstyle é uma técnica que consiste em fazer a base e o solo ao mesmo tempo no violão. Não se limita somente as cordas, pois são explorados também os recursos percusivos do instrumento.

Mas o recursos percussívos no violão ? Isso mesmo, os recursos percussivos. Se você der pequenos “cocões” na caixa de ressonância de seu violão, verá que é possível tirar diferentes sons em cada parte. E esta característica também é explorada nesta técnica.

Fingerstyle, apesar de parecer algo novo, não é bem assim. No violão clássico (ou erudito), tocar a harmonia e a melodia já é algo comum. Pianistas e tecladistas já pensam desta maneira também. Lógico que em se tratando de unir percussão, no piano ou no teclado não é algo que acontece, a não ser é claro a própria percussão programada nos teclados arranjadores.

Fingerstyle é portanto uma técnica que torna o violão um instrumento capaz de fazer melodia, harmonia, baixos e ritmo ao mesmo tempo.

Esta técnica de dedilhado, veio do alaúde e da vihuela, primos distantes do violão e também da viola caipira, ao qual citamos em um outro artigo nosso de algum tempo atrás.

Há várias curiosidades desta técnica, mas uma delas foi a forma que as pessoas eram “hipnotizadas” por ela, quando, na década de quarenta as pessoas ouviam no rádio, Chet Atkins um famoso guitarrista e produtor musical. Ele tocava e as pessoas achavam que havia pelo menos dois guitarristas na emissora de rádio. Porém não era bem assim. Era somente ele.

Ele havia na época apresentado esta nova técnica que também era chamada de thumbpicking ou fingerpicking.

Seu trabalho influenciou guitarristas famosos como Mark Knopfler , George Harrison, Earl Klugh, dentre outros.

Andres Sogovia, também foi outro importante músico a utilizar esta técnica.

Esta técnica foi aperfeiçoada por guitarristas e violonistas de Blues e Country, sempre criando no ouvinte a sensação de vários guitarristas ou violonistas tocando simultaneamente.

Hoje as performances tem evoluido muito, a complexidade tem aumentado e vemos isso a todo tempo se procurarmos por videos na internet. É uma bela mistura de percussões sobre os instrumentos com dedilhados e bases simultâneos, bem como a exploração dos graves.

Muitos violonistas estão usando o Fingerstyle. Podemos assistir muitas referências no Youtube como Andy Mckee, Antoine Dufour, Jon Gomm, Daniel Padim, Sungha Jung, Luca Stricagnoli e vários outros. Por falar em Luca Stricagnoli, dá uma conferida nessa performance a seguir:

Fingerstyle, não se trata de apenas mudança de afinação e fazer pecussão, mas como já falamos e reforçamos, visa a execução de base e solo em um único instrumento adicionando os detalhes que o músico deseja.

Tommy Emmanuel, violonisca Australiano muito conhecido por utilizar esta técnica, não tende a usar muitas afinações diferentes. As vezes ele muda a finação da sexta corda para ré e a quinta para sol, ou afina todas as cordas em 1 tom ou meio tom abaixo. Veja uma de suas performances a baixo:

O que fazer para aprender ?

Não se preocupe, para aprender esta técnica, não é necessário já ter que se preocupar em mudar a afinação de seu violão, ou se desesperar porque não esta conseguindo executar a percussão enquanto toca.

Comece com a afinação padrão e busque tocar o solo e a base ao mesmo tempo. No youtube você já encontra muitas dicas para iniciar os treinos. Sempre treine apenas com os dedos, nada de palhetas.

Percussão e outras variações, você vai inserindo aos poucos a medida que for ficando mais divertido. Exatamente isso, treinar fingerstyle é e deve ser algo divertido, pois é uma técnica que eleva sua criatividade.

Não pare de treinar e estudar. Você verá que todo dia terminará com algo novo aprendido e isso será empolgante.

Muitas pessoas se dedicam ao Fingerstyle, mas se assustam por ver mais complexidade nas músicas de artistas conhecidos por esta técnica, como os que já citados Tommy Emmanuel e Luca Stricagnoli. Mas não é bem assim. Treinar fingerstyle é estudar cada técnica separadamente e depois unir tudo. A persistência vai com certeza levar ao sucesso e isto vai gerar uma sensação enorme de satisfação, de vitória, que provavelmente fará você se apaixonar por esta técnica.

Para te ensinar Fingerstyle te apresentamos também o Guia Violão Fingerstyle do Zero, método desenvolvido pelo Professor Pernambucano, natural de Caruaru Geymyson Lima.

Com a experiência de mais de 6 anos de estudo e ensino da técnica, vai entregar em suas mãos um método inovador que vai destravar qualquer dificuldade que você possa ter ou pensar que tem para aprender Fingerstyle.

O objetivo dele é compartilhar com o maior número de pessoas possível no Brasil o ensino desta técnica belíssima. Por isso o custo do investimento será inacreditavelmente reduzido. Clique aqui ou na imagem a seguir e conheça !

Equipe Papo de Música.

black-and-white-crew-neck-shirt-1808711-1-1024x682

As Mulheres e a Música

Hoje, dia 08 de Março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher.

Flores, chocolate, jantar romântico, outros presentes, era mais ou menos com estes “acessórios”, que esta data era vista pela maioria das pessoas.

Hoje é de outra forma.

Hoje a mulher quer ser respeitada, quer ser independente, quer ter voz. A mulher não esta deixando de ser feminina por conta destas conquistas, deixando o homem a parte. A mulher esta buscando uma transformação onde o homem deve assumir o papel de protetor da mulher, pela sua essência humana e não com uma visão material, territorialista.

A mulher completa o homem e o homem completa a mulher. Parece estranho esta frase não é ? Parece que estou escrevendo duas vezes a mesma coisa em ordem diferente não é ?

Mas essa frase é para deixar claro que o que a mulher tem para o homem tem o mesmo valor do que o homem tem para a mulher. A falta que esta em um completa o outro. E por isso todo comportamento maxista ou feminista é pura demência.

Tudo isso que falamos hoje, por milênios, foi totalmente diferente. A mulher historicamente precisou sempre lutar muito para conseguir garantir direitos. E um detalhe importante, mesmo nos movimentos feministas mais “bravos” que vimos na história, nunca as mulheres buscaram ser mais que os homens, mas sim estarem ao lado como parceiras, como agentes de mudança na sociedade.

A música é um dos registros mais belos da essência dessa luta. Muitas artistas ao longo dos anos deixaram impresso suas marcas, através de letras que buscavam falar desta luta pela igualdade.

Então que tal falarmos de algumas destas mulheres e artistas que marcaram seu tempo com sua voz e inteligência ?

Vamos começar com uma veterana.

Elza Soares

Foto: Reprodução, Instagram, Elza Soares

Elza Soares é considerada no meio artístico como um ícone da música brasileira. Elza Soares nasceu no Rio de Janeiro em 1930 e desde criança sonhava em cantar. Perdeu o marido muito nova, aos 21 anos e com 6 filhos para cuidar. Sua principal atividade nesta época era fazer faxina, mas como exemplo para todos nós de persistência, ela nunca abandonou o sonho de ser cantora.

Um programa de calouros artístico existe para garimpar talentos, para medir a reação do público a determinada performance. Ajuda os produtores e visualizar em que gênero investir. Por isso quando uma emissora de rádio, TV, ou hoje alguém que promove um programa assim também na internet, todos devem respeitar aqueles aspirantes ao sucesso.

Mas não foi bem assim com Elza Soares. Em 1953 ela participou de um concurso musical em um programa de calouros em uma rádio chamado Calouros em Desfile. Bom, acontece que ela foi inclusive ridicularizada ao vivo pelo apresentador, para todos ouvirem. E os ouvintes na época provavelmente incluiam seus amigos e familiares. Mas ela continuou firme e constante ao ponto que na década de 60 conseguiu viver de sua música e influenciar tantas pessoas com ela.

Em 1999, um projeto de uma outra rádio, a Rádio BBC de Londres, bem maior que a rádio daquele apresentador que há ridicularizou, criou um evento chamado The Milennium Concerts, para marcar a chegada do ano 2000.

Neste evento Elza Sores foi consagrada como a Cantora Brasileira do Milênio.

Clicando aqui você conhece um pouco mais da tragetória desta mulher e como dificuldades extremas não são freio para aqueles que são perseverantes.

Nina Simone

Foi a primeira pianista clássica negra nos Estados Unidos a fazer sucesso. De voz e talento musical impecáveis, se destacou também como ativista pelos direitos civis. Ela imortalizou discursos em prol da causa negra em músicas como “Four Women” e “Mississipi Goddman”.

Nascida em 1933, Eunice Waymon, seu nome de batismo, Nina alcançou destaque na década de 1960, quando passou a tocar em casas de jazz e blues.

Ativista, mulher e negra, sofreu com a violencia doméstica e claro também com o racismo, escancarado naquela época no Estados Unidos.

Era através de sua música que ela travava sua luta contra tais precoceitos e desigualdades. Uma guerreira como poucas no meio musical.

Aretha Franklin 

Aretha Louise Franklin nasceu em 1942 em Memphis, Tennessee (EUA). É uma das maiores cantoras de gospel, R&B e soul de todos os tempos e a segunda cantora a possuir mais prêmios Grammy na história. Tem sua marca na Calçada da Fama em Hollywood (1979).

Aretha Franklin performing on the ‘VH1 Divas Live: The One and Only Aretha Franklin’ at Radio City Music Hall in New York City, 4/9/01. The show airs live on VH1 on Tuesday, April 11, 2001 at 9:00PM EST. Photo by Scott Gries/ImageDirect.

É a primeira artista femina a figurar no Rock and Roll Hall of Fame  em 1987 e segunda a figurar no UK Music Hall .

Também era ativista pela igualdade dos direitos civis nos EUA e era aclamada como a “Voz da América Negra”.

Clara Nunes

Clara Francisca Gonçalves Pinheiro de batismo e Clara Nunes para todo o povo brasileiro, nasceu em Paraopeba MG em 12 de agosto de 1942. Hoje se afirma que ela nasceu em Caetanópolis, pois esta cidade era na verdade um distrito de Paraopeba que foi emancipado e passou a ter status de Cidade. Antes o então distrito se chamava Cedro.

Todo ano na cidade de Caetanópolis acontece o Festival de Música Clara Nunes, evento bem conhecido em MG e no Brasil.

Foi considerada a nona voz brasileira pela revista Rolling Stone e a primeira cantora brasileira a vender mais de 100000 cópias de um disco, derrubando um tabu da época que falava que mulher não vendiam discos.

Foi também uma grande pesquisadora da música popular brasileira, de seus rítmos e folclore. Representou o Brasil em muitos países. Além disso era conhecedora das danças e tradições africanas e por esta influência, que inclui também suas crenças religiosas (Umbanda – convertida à crença quando já morava no Rio de Janeiro), enriqueceu suas canções com a cultura afro-brasileira.

Clara Nunes é a mais jóvem dos sete filhos de Manoel Pereira de Araújo e Amélia Gonçalves Nunes. Sua família era muito humilde e ela ficou orfã muito cedo, aos seis anos de idade, tendo sua criação de responsabilidade de seus irmãos, Dindinha e Zé Chilau (Maria e José). A música já vinha de seu pai, pois era violeiro.

Sua primeira vitória na Música, foi em 1952, em um vestival de música na sua cidade Natal, mas ainda não tinha como viver apenas de sua música. Se tornou na mesma época tecelã na fábrica Cedro e Cachoeira e depois precisou mudar as pressas para Belo Horizonte, devido a problemas sérios que teve em família onde o protagonista disto, seu irmão Zé Chilau que foi acusado de matar uma homem.

Em Belo Horizonte morou no bairro de Renascença e trabalhava em uma fábrica de tecidos no mesmo bairro.

Foi “descoberta” por Jadir Ambrósio, maestro, compositor, cantor e instrumentista em uma festa típica de uma Igreja chamada Santo Afonso no bairro Renascença de Belo Horizonte, onde ele comandava um show de calouros.

“Quando eu vi, ela estava cantando pela primeira vez percebi que estava diante de uma celebridade”

Jadir Ambrósio

E foi o que aconteceu, pois ele (Jadir), levou Clara aos radialistas da época e com isso teve o inicio de seu sucesso a partir da gravação do samba “Vida Cruel” de autoria do próprio senhor Jadir, junto com Waldir Miranda.

Jadir Ambrósio fundamental na vida artística de Clara Nunes.

Depois disso ganhou vários concursos famosos de música, cantou com vários expoentes da música, teve um programa de televisão, passou a viver da música e foi para o Rio de Janeiro, onde na época era o melhor lugar para desenvolver uma carreira artística. O mar, uma de suas inspirações para suas músicas, foi só ver pela primeira vez em 1965, época que mudou-se para o Rio.

Infelizmente nos deixou em 1983 vitima de choque anafilático ocasionado por complicações em uma simples cirurgia de varizes.

Sabemos que no mundo da música a tantas outras mulheres que igualmente nos inspiram por sua história de vida, persistência, fé e visão transformadora, mas creio que podemos com estas quatro mulheres citadas representar o espirito feminino dos dias atuais.

A todas a mulheres inclusive as músicas que nos lêm, um Feliz Dia das Mulheres, com muita atitude, igualdade e beleza física e espiritual.

Robson Oliveira – Papo de Música.

photo of man making an acoustic guitar

Luthier: Conheça a profissão

Luthier é aquele profissional que constrói e conserta instrumentos musicais de forma artesanal. Se trata de uma atividade artesanal devido às características, muitas vezes únicas, de cada instrumento musical. A origem do termo, vem de um instrumento árabe chamado “alaúde” que em francês significa “luth”.

Popularmente no português encontramos outros nomes para a profissão, como “luteiro”, “guitarreiro”, “violeiro (que também é usado para quem toca violas caipiras”, dentre outros. A arte desenvolvida pelo luthier é chamada de luteria (do francês “lutherie”).

Mas o que faz e como trabalha um luthier?

Originalmente o profissional desta área trabalhava apenas com instrumentos com corpo de madeira, construindo ou reparando. Mesmo porque a maioria dos instrumentos tinham esta natureza. A profissão foi naturalmente evoluindo com o desenvolvimento ao longo dos séculos de sopros, teclas, percussivos mais elaborados, os instrumentos elétricos. 

O luthier praticamente faz de tudo referente ao ofício, pois por se tratar de algo praticamente artesanal, decisões de compras de matéria prima, ferramentas (compra ou fabricação), dados técnicos dos instrumentos que irá reparar ou produzir, técnicas a serem usadas, é tudo por conta dele. Salvo no caso de profissionais que trabalham em fábricas de instrumentos musicais por exemplo, onde neste caso estão inseridos em um sistema. 

Além disso, o luthier que vai construir instrumentos personalizados, precisa entender e saber coletar informações específicas sobre seu cliente. Inclusive características morfológicas, pois um instrumento personalizado precisa inclusive ser feito para ser o mais confortável possível para aquele cliente. 

Assim, este profissional precisa ser multidisciplinar, entendo de música, acústica, resistência dos materiais, carpintaria, desenho, elétrica, eletrônica, mecânica e outros assuntos. 

Onde trabalha um luthier?

Os luthieres em sua maioria são profissionais empreendedores, seja trabalhando sozinhos, como desenvolvendo um trabalho em equipe com funcionários ou aprendizes por exemplo. Há luthiers que caminham em direção da industrialização montando fábricas. Mas o mais comum são estes profissionais terem um ateliê próprio.

Mas há outras possibilidades como nos bastidores de orquestras e bandas, em escolas de música, conservatórios, grandes lojas de instrumentos musicais, fábricas de instrumentos musicais, importadoras de instrumentos musicais, faculdades.

Como é o mercado de trabalho?

Música é algo fascinante e eclético e amplo, está presente na vida de todas as pessoas praticamente. Crianças, jovens, adultos de todas as idades tem algum contato com a música. A maioria das pessoas já teve contato com pelo menos uma flauta doce ou um tamborzinho que seja. Tocar músicas é algo que vemos entre pessoas buscando apenas uma forma de recreação ou terapia, como os grandes profissionais. Em se tratando de mercado comercial, estamos falando de algo muito grande. Mesmo que em certas épocas muitos possam tentar considerar algo supérfluo, é difícil manter esta classificação, pois a música toca nossa alma. 

Por conta disso, o mercado para o luthier é amplo e grande. E com isso em tese não falta trabalho para este profissional. Desde serviços simples como a instalação de um captador elétrico simples em um violão, até a construção de um belíssimo e exclusivo instrumentos musical. O profissional que ingressa nesta carreira tem trabalho para todas as fases de seu desenvolvimento. 

Muitos artistas (vamos chamar o luthier desta forma), se tornam verdadeira e requisitadas “grifes” em que músicos o disputam para terem instrumentos fabricados por estes luthiers consagrados. É comum vermos instrumentos como violões que custam mais de R$15.000,00, guitarras e baixos também igualmente caros, dentre outros instrumentos.

Naturalmente o início não é tão glamouroso assim, mas como dissemos, há trabalho para todas as fases do desenvolvimento profissional. Um destes profissionais que trabalham em uma fábrica por exemplo ganham na faixa de R$1600,00 mensais com carteira assinada. Porém estamos falando de pessoas que estão em início de carreira, valendo também para os iniciantes autônomos. 

Como se tornar luthier?

Há várias formas de se tornar um luthier. Apesar do Ministério da Educação (MEC) reconhecer cursos para esta área como educação formal, a maioria dos profissionais são formados a moda antiga, onde há um mestre e seus aprendizes, ou através de cursos conhecidos como abertos, ou seja,, aqueles cursos que não precisam da certificação do MEC para funcionar, nem da certificação de uma associação ou sindicato profissional.

Existem profissionais que aprenderam até “sozinhos”, apenas buscando conhecimento em várias fontes. Esta é uma profissão democrática onde a competitividade feroz não acontece. Um luthier geralmente está “navegando em um oceano calmo azul”, pois há realmente muito espaço e respeito no mercado.

Nós por exemplo temos uma sugestão muito legal de curso para quem quer iniciar sem por enquanto sair de sua casa. Este é um curso para quem quer inicialmente aprender a regular e reparar seus próprios instrumentos ou de pessoas próximas e depois aprofundar mais na área. Clique na imagem abaixo para conhecer:

 Hoje também temos instituições de nível técnico que oferecem o curso de luthieria e também um curso de nível superior e presencial na Universidade Federal do Paraná. Com certeza uma ótima opção para buscar diferenciação no mercado. O curso na UFPR tem uma duração de três anos.

No entanto como você pode ver, e isto na minha opinião é uma grande oportunidade, há pouca formalidade na profissão, o que faz com que alguém que deseje se desenvolver no ramo, tem gigantescas chances de se tornar muito bem sucedido. 

Apenas como uma útil curiosidade e falando sobre o curso da UFPR, este foi inaugurado em 2009 e é composto de três módulos de disciplinas:

– Módulo de Humanidades: Língua Estrangeira Instrumental; História da Arte; Cultura Musical e Identidade Regional e Nacional na América Latina; Educação Musical.

– Módulo Profissionalizante Fixo: Restauração; Constituição, Tecnologia e Economia da Madeira; Química dos Vernizes; Organização e Empreendedorismo; Tópicos Especiais em Instrumentos Musicais; Construção e Entalhe; Arquetaria; Instrumentos de Sopro em Madeira e Organeria; Eletricidade, Eletrônica e Computação Aplicadas.

– Módulo de Ciências Exatas: Acústica e Desenho Técnico.

Espero que nosso artigo seja útil para você que deseja desenvolver uma nova profissão, ou um novo hobby. Luthieria é uma carreira profissional, uma arte e um hobby. Uma atividade apaixonante.  ,

pexels-photo-301930-1024x682

Sonorização ambiente bem explicada

SISTEMAS DE SONORIZAÇÃO DE AMBIENTES

Sonorização ambiente não é apenas um trabalho onde esticamos um par de fios e ligamos vários alto falantes. É muito mais que isso. A verdade é que muitas pessoas acreditam saber prestar este serviço, mas acabam cometendo erros que podem inclusive danificar os equipamentos. E mais um detalhe,estas pessoas têm boa intenção e realmente acreditam que estão fazendo o certo. Este artigo tem o objetivo de falar sobre esta atividade e corrigir muitos conceitos que são passados para frente de forma incorreta.

Muitos instaladores acreditam que estão fazendo o correto, as na verdade estão seguindo uma “receita de bolo”. É só aparecer algo diferente do esperado, que esta pessoa não conseguirá solucionar. E reforçando, estou falando de pessoas sinceras que acreditam estar fazendo o certo.  

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é pexels-pixabay-258966-768x1024.jpg

Antes de falarmos sobre os conceitos de sonorização ambiente, precisamos falar dos principais conceitos que geralmente a maioria compreende mal, ou simplesmente confunde totalmente. São como vícios que precisam primeiro ser eliminados. É como a pessoa que dirige, mas não tem carteira de motorista. Precisa antes tirar os vícios, para depois aprender a forma correta de dirigir. Algumas vezes tirar carteira de motorista nesta situação demora mais do que a pessoa que nunca pegou em um volante.

A Sonorização de ambientes, é uma atividade muito ampla e no mercado musical, sempre vai haver demanda para o profissional que deseja desenvolver uma atividade neste ramo. Lojas, escolas, hospitais, indústrias, aeroportos, portos, casas, bares, casas de shows, igrejas dentre muitos outros, são exemplos de locais em que esta atividade pode ser aplicada.

Hoje existe muitas pessoas desempenhando esta atividade de forma amadora e com pouco conhecimento teórico. Na verdade posso afirmar que tem mais gente nesta condição do que pessoas realmente profissionais da área.

Muitas vezes as falhas no conhecimento de instalaçãodos equipamentos de sonorização ambiente provocam danos aos mesmos. E estes danos por serem frequentes acabam responsabilizando o técnico em eletrônica que conserta estes equipamentos e não sobre a pessoa que instalou o som.

Neste artigo queremos falar dos principais conseitos e corrigir aqueles que geralmente são percebidos de forma incorreta por uma boa parte das pessoas.  

Comecemos então pelos componentes mais básicos de um sistema de sonorização ambiente:

As caixas e arandelas para som ambiente com impedâncias de 4Z ou 8Z

Observou o termo “Z”, deixamos apenas a letra Z, de propósito, para explicarmos que esta unidade de medida é o ohm.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é pexels-volkan-vardar-3887985-678x1024.jpg

Ohm é uma unidade de resitência elétrica, porém esta mesma unidade pode representar outra grandeza, a impedância, que é algo diferente da resistência elétrica.

E esta medida por exemplo tem a função de definirmos como ligar por exemplo, caixas acústicas à saida de um amplificador e usando que outros componentes de suporte.

Um grande número de caxas acústicas não pode ser ligado diretamente a um amplificador, salvo em casos especiais. E o conceito de impedância (Z), será de grande importância.

Para exemplificarmos, vamos pensar em um amplificador que é feito para uma impedância mínima conectada de 4Z (ohm) em cada canal. Significa que ali só podem ser conectadas diretamente duas caixas de 8Z(ohm) de impedância em cada canal, pois impedância é inversamente proporcional ao número de alto-falantes ligados em paralelo.

Neste caso teremos 8Z / 2 (alto-falantes) = 4Z, que é a impedância mínima admitida por este amplificador do exemplo.

O fato é que em um sistema de som ambiente, normalmente não são poucas caixas.

As vezes são dezenas de caixas em cada canal do (dos) amplificador(es).

Sendo assim, em um sistema com 16 caixas de 8Z (ohms) por canal, teremos então se não houver transformadores para realizar o “casamento” de impedância, o resultado final de 8Z / 16 auto-falantes, que vai resultar em 0,5Z. Isso se traduz em distorção do som e a queima do amplificador.

Impedância (Z) não é o mesmo que resitência (R)

Vamos agora “desconfundir” os conceitos de impedância e resistência !

O primeiro motivo da confusão é que a unidade de medida é a mesma, ou seja, o ohm.

O segundo problema que gera a confusão é que principalmente quando falamos de autofalantes, muitos podem pegar um multímetro, posiciona-lo na escala de ohmímetro e apenas tocar as pontas de prova nos terminais do alto-falante medindo ali a resistência da bobina, que ficará em algo próximo a 6,8 ohm. Isso já gera confusão já que o valor numérico é próximo dos 8Z (ohm).

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 40AW_05277-1024x848.jpg

Então esqueça. Impedância não pode ser medida com ohmimetro, pois não estamos falando de resistência. Aliás é por isso que impedância é representada por Z e resistência é representada por R.

A impedância varia de acordo com a frequência aplicada. Como o sinal de audio musical tem sempre frequência variável, então a impedância é sempre variável em torno de um máximo e um mínimo. A resistência no entando é constante.

Em um auto-falante de qualidade de 8ohm (Z), teremos uma resistência R em sua bobina de algo na ordem de 6,8 ohm. Quanto mais baixa for esta resistência R em relação à impedância Z, melhor será o alto-falante.

Uma informação importante é que um auto-falante, é um componente de baixo rendimento energético, logo a maior parte de seu “trabalho” é convertido em calor. Por isso um excesso de energia fornecida poderá queimá-lo e deixar marcas aparentes na bobina.

Tendo isso em mente, quando falamos que um alto-falante é de 50Wx8Z (ohm), estamos falando que se trata de um cálculo otimizado para um sinal de áudio de por exemplo 20V a 2,5 A (ampere) .

Ou seja, os Watts do alto-falante é a multiplicação de tensão nele multiplicada pela corrente submetida (20V x 2,5 A = 50W) e a impedância do alto-falante é a tensão dividida pela corrente (20/2,5 A = 8Z (ohm)).

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 05110_CSR535-1024x848.jpg

No caso de um amplificador, podemos seguir este exemplo:

Vamos imaginar um amplificador que cada canal tem uma especificação técnica de 100W a 8Z. O que significa 100W a 8Z ?

É a energia de saída de cada canal do amplificador, submetida a um sinal senoidal (alternado) e carga artificial de 8 ohm, com o mínimo de distorção de:

28,6V e 3,5 A. Assim, 28,6V x 3,5 A = 100W e  28,6V / 3,5 A = 8Z

A prática:

Vamos então passar para a parte prática.

A instalação de som ambiente em escritórios, shoppings, supermercados, aeroportos, rodoviárias, dentre muitos outros tipos de locais exige várias habilidades, porém a principal é a noção de como casar as impedâncias, que em outras palavras é ajustar a impedância de um conjunto de alto-falantes, a impedância mínima admitida por um dos canais do amplificador utilizado. Devemos então considerar o seguinte:

Comprimento da linha:

A intensidade dos alto-falantes tende a cair a medida que a distância física aumenta. Este é o primeiro problema a ser resolvido em uma instalação de sistema de som ambiente.

A figura a seguir ilustra isto:

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig01.png
As perdas no fio podem causar uma distribuição desigual no som.

O volume no último alto-falante será bem reduzido.

Para solucionar este problema enviamos o sinal sob alta impedância com um transformador junto ao amplificador que transforma a baixa impedância de saida do mesmo em uma impedância bem mais alta e com o uso de transformadores de linha junto a cada alto-falante, recebemos este sinal e transformamos novamente para baixa impedância a um nível compatível com os alto-falantes utilizados. Isso fará que a resistência típica dos fios que são maiores proporcionalmente ao comprimento deles, serão irrelevantes em relação à impedância dos primários dos transformadores e com isso as perdas se tornarão insignificantes, fazendo com que a intensidade de sinal em cada alto-falante seja praticamente a mesma. A próxima ilustração mostra um exemplo do que falamos de forma esquemática. 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig02.png
Transmitindo os sinais em alta-impedância, as pedas são minimizadas

Uma boa dica é sempre desenhar o sistema para que o uso de transformadores seja com unidades que tenham um valor mais comercial, pois assim, não será necessário fabricar os próprios transformadores deixando muitas vezes o custo do projeto mais alto e claro, o tempo de execução também maior. Sem falar na evetual necessidade detroca de algum transformador no futuro.

Depois falaremos de ainda mais prática, por enquanto seguiremos com a parte conceitual.

A impedância

Para explicarmos melhor, vamos considerar que para este exemplo, temos um amplificador de 4Z(ohm) de impedância de saida em cada um de seus dois canais.

Assim, a primeira coisa que devemos observar que cada conjunto de alto-falantes não resulte em uma impedância menor que a admitida por cada canal do amplificador.

Isso é importante para o sistema não funcionar sobrecarregado e correr o risco até de queima. Por outro lado se a impedância resultante dos alto-falantes for maior que a impedância mínima admitida, o rendimento vai se tornando menor.

O ideal é que a impedância dos alto-falantes estejam casadas com a admitida pelo canal do amplificador, ou seja, igual, 4Z.

As figuras a seguir ilustram isso:

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig03.jpg

                            c) Inaceitável

A impedância do sistema (conjunto de alto-falantes) deve ser maior ou igual que a da saída do amplificador

Existe uma quarta possibilidade de ligação, como no exemplo da figura a seguir, onde em um amplificador de saída de 8Z é conectado a quatro alto-falantes de 2Z ligados em série. A impedância do sistema esta casada, porém não é possível o ajuste individual de cada alto-falante se houver necessidade e claro, se um parar de funcionar, todo o sistema para. Esta ligação é chamada de em série.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig04.png
Possível mas incoveniente

Neste caso os transformadores terão a função de “casar” a impedância das saidas do amplificador com a impedância de entrada dos alto-falantes.

Na prática

Vimos então que há dois problemas básicos na montagem de sistemas de som ambiente:

  • a distância (distribuição uniforme do som);
  • as impedâncias entre o amplificador e os alto-falantes.

Existem portanto quatro sistemas diferentes de distribuição de som. Vamos falar deles agora:

1 – Linha direta de 8Z (ohm)

Na figura abaixo, podemos observar como os transformadores podem ser usados neste sistema que é recomendado para pequenas distâncias (entre 30 e 40 metros)

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig05.jpg
Sistema com linha direta de 8Z com 4 a 7 pontos de sonorização

Se por exemplo tivermos cinco alto-falantes usaremos cinco transformadores em que o primário tenha 40Z e o secundário, conforme o alto-falante (8Z por exemplo).

Cada transformador possui uma impedância nominal, muito maior que a resistência que o cabo oferece, o que faz com que as perdas sejam mínimas.

Já os cinco transformadores ligados em paralelo oferecem uma impedância resultante de 8Z, exatamente a impedância da saída do amplificador, havendo então o casamento da impedância.

No entanto, se considerarmos que a impedância não precisa ser exata, neste sistema com estes transformadores específicos, podemos ter de 4 a 7 alto-falantes.

Neste mesmo exemplo, se usarmos transformadores de 80Z (ohm), poderemos então alimentar entre 8 e 12 alto-falantes, como mostra a figura a seguir:

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig06.jpg
Sistema com linha direta de 8Z com 8 a 12 pontos de sonorização

Seguindo a lógica, com 120Z de primário nos transformadores, agora são de 13 a 17 alto falantes por linha, ou canal do amplificador.

b) A linha de 70 V

Já neste sistema temos a possibilidade de sonorizarmos a maior distância, neste caso se recomenda um máximo de 80 metros no máximo para cada linha. Creio que até uns 100 metros seja admissível, mas já haverá perda de desempenho.

Neste sistema é ligado na saída do canal do amplificador um transformador que faz a impedância de saída que é de 8Z por exemplo, subir para um valor que para efeito de cálculo corresponde a 70 volts.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é tranformador-1024x768.jpg

Depois basta em cada alto-falante ligar um transformador que recebe os “70V” e os converte novamente em 8Z.  É bom lembrar que deve-se escolher o tipo apropriado de transformador não permitindo que a potencia somada destes transformadores não superem a potência de saída disponível em cada canal do amplificador. Um detalhe muito legal é que neste sistema já poderemos ter até 75 pontos de sonorização, ou seja, é um número bem grande de alto-falantes instalados.

A seguir temos uma figura ilustrando isso.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig07.jpg
Sistema com linha de 70V

Não devemos esquecer que todo o sistema deve ser bem isolado, pois neste caso podem ocorrer choques elétricos.

Este tipo de sistema também permite a ligação de alto-falantes com potências diferentes, atendendo de forma diferenciada cada ambiente.

c) A linha de 200V, (já se usou muito o termo 210V).

Este sistema tem as mesmas características que o anterior bem como comportamento, sendo que os cuidados são os mesmos, com atenção especial ao isolamento, pois neste caso estamos falando da possibilidade de choques bem mais fortes.

Como a impedância do sistema é bem mais alta, podemos ter instalações muito mais longas chegando à ordem de centenas de metros de cabos.

A figura a seguir ilustra este sistema:

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig09.png
Sistema com linha de 200V

d) A linha de 500V

Segue-se a mesma lógica que do sistema anterior, porém com transformador troco com saída de 500Z, o que irá permitir alcances realmente grandes. Os cuidados são os mesmos que nos dois sistemas anteriores.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig10.png
Sistema com linha de 500V

Uma informação importante que vale para todos os sistemas é a distribuição de potência que será feita de acordo com o número de pontos. Se temos um amplificador de 100W e dez pontos, teremos 10W em cada ponto, sendo assim, os transformadores devem ser capazes de resistirem a esta potencia como também os alto-falantes.

Uma possibilidade bem interessante na montagem de um sistema de sonorização é a inclusão de um ajuste individual em cada caixa com a instalação de um potenciômetro de fio, caso a caixa ou alto-falante não possua um ajuste pré-instalado. A figura a seguir mostra como isso é feito através de um esquema.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é fig11.png
Agregando controles individuais de volume nos pontos de sonorização

Finalizando

O bom planejamento de um sistema de som ambiente, vai permitir um audio envolvente e que traz conforto, ou o estímulo que se deseja para o ambiente. Bons profissionais sempre estão abertos a aprender mais.

Nós da Papo de Música podemos te ajudar a planejar seus sistema de audio ambiente, te ajudando a escolher e comprar os equipamentos certos, bem como indicando como você deverá instalar este sistema. Toda a consultoria é gratuíta, porém feita a distância. Além disso temos um sistema completo parate ajudar a comprar os melhores produtos pelo menor preço. Converse conosco. Nos chame pelo telefone, ou pelo whatsapp, clicando no ícone que aparece no canto esquerdo da sua tela. Também não deixe de ativar o sininho que esta no lado direito e também compartilhar este artigo em suas redes sociais. Esta interação nos ajuda a crescer a visibilidade de nosso site e permitirá que você seja informado sempre que postarmos novidades em nosso site. Siga também nossas redes sociais.

Estamos sempre a disposição.

Uma informação importante, os esquemas elétricos e parte do conhecimento foram obtidos de Nelton C. Braga, conhecido editor e professor da área de eletrônica no Brasil: http://www.newtoncbraga.com.br .

colorful guitars hanging behind the glass window

Consultoria em compras – Uma nova maneira de comprar bem

Olá, Robson teclando,

Este vai ser um post que vai misturar informação, negócios e prestação de serviço. Vai ser uma postagem bem curta.

Em resumo para antes de começar – Você já ficou perdido na hora de comprar um instrumento musical, um microfone, um equipamento de audio profissional, ou quem sabe todo um sistema de sonorização, dentre outros ? A ideia aqui é te ajudar realmente a economizar, comprar bem melhor e planejar melhor.

Para quem não me conhece sou o desenvolvedor do site Papo de Música, Administrador de Empresas especializado em merketing e com longa experiência em administração de lojas de instrumentos musicais e audio profissional, bem como hábil em eletrônica, programação e técnico em instalação de sistemas de audio profissional. Também claro e óbvio, apaixonado por música.

Estou oferecendo para você consultoria gratuita em escolha, pesquisa e compra de equipamentos na área musical e audio profissional. Seja para comprar um simples encordoamento para seu violão, como instrumentos sofisticados ou ainda todo um conjunto de equipamentos para sonorizar sua casa, seu estabelecimento, Igreja ou seja qual for sua necessidade.

Para pedir a consultoria é simples, basta chamar pelo whatsapp clicando no link que esta no lado esquerdo de sua tela. Não há custo.

Apenas para você entender que não tem “pegadinha”, já que você deve estar se perguntando como ganho com isso:

Simples, sou parceiro de marketplaces renomados e com isso posso indicar os melhores produtos pelos melhores preços, o que leva a cada indicação minha que virar uma compra se transforme em comissão. A diferênça é que tudo que eu indicar para você, será de forma isenta, sem querer dar preferência para esta ou aquela marca. Mas não se preocupe, não estou aqui para ser o tipo de vendedor que fica tentando te empurrar produtos. Vendedor bom é aquele que soluciona problemas e ajuda o cliente a satisfazer necessidades específicas.

Ah, quando disse os melhores produtos pelos melhores preços, estou falando de centenas de milhares de produtos. Dos mais simples aos mais sofisticados.

Mas atenção, você não precisa se preocupar ou se constranger se você pedir a consultoria e não comprar nada (comigo). O principal objetivo é te ajudar planejar, comprar melhor e economizar. O nosso ganho vem como consequência.

Gostando da consultoria só vou pedir algo – ah isso eu vou pedir mesmo – que é compartilhar com outras pessoas o nosso site, e nossos serviços.

Fique a vontade, já estou a disposição !

p.s.:Não deixe de ativar o sininho vermelho que aparece no lado direito da tela, para você receber notificações sempre que postarmos novidades em nosso site.

a close up shot of a condenser microphone

Microfones – Três Lendas entre os profissionais

Vamos lá … diga a verdade … quando você pensa em microfones profissionais, qual marca vêm a sua cabeça ?

Tenho uma certeza de 99,9% que você pensou em Shure ! E claro, provavelmente o primeiro modelo que veio a sua mente foi o SM58LC.

Um ou outro pode afirmar que a marca mais popular do mundo é outra, mas esqueça, em se tratando de microfones a Shure dominou o mundo. É realmente a marca mais popular do mundo. É como a Apple para os smartphones. A marca é tão popular que muitas vezes as pessoas usam o termo “o meu SM58”, ou “o meu Shure” ao invés de “o meu microfone”.

Mas o que faz esta marca ser tão amada pelos músicos e profissionais do audio ?

Simples —- Produtos feitos com alto nível de qualidade. Poderia ficar escrevendo linhas e linhas de motivos, mas tudo se resume em qualidade. E por qualidade, devemos entender também por atendimento bem feito ao cliente.

Mas vamos então às nossas celebridades :

1. Shure SM57

Microfone de Estúdio Dinâmico Shure SM57

Achou que ia começar por outro modelo ?! Mas sinceramente, não podia deixar de falar deste camarada antes, pois é considerado o MIcrofone mais versátil do Mundo.

Shure SM57 é um microfone essencial em palcos e estúdios e tenho certeza que você já deve ter visto um baterista usando este microfone em sua caixa favorita, ou um guitarrista usando em seu amplificador. Isso se você não for um destes caras.

Além disso, este microfone é como um tanque de guerra. Foi projetado para tomar baquetadas, apanhar, cair e mesmo assim aguentar firme e forte.

É o típico microfone que você encontra as vezes com 20 ou mais anos de fabricação e ainda assim sendo vendidos com valores as vezes mais alto que os mesmos novinhos em folha. Ou seja, até o processo de envelhecimento destes microfones, tende a torná-los melhores com o tempo para certas aplicação.

Então por este motivo e suas características técnicas é que você deve considerar ter o seu, ou por que não os seus em seu mix de microfones.

Clique ou toque na foto para ir direto para a loja Shure oficial, conhecer mais e comprar !

2. Shure SM58LC

Microfone de Estúdio Dinâmico Shure SM58

Esta entre os melhores microfones vocais do planeta.

Nenhum é mais popular que o Shure SM58LC. Visto praticamente em todo o mundo.

E ele também é muito bom para estúdios. A pergunta é…

Por que ESTE microfone é dito ser melhor para vocais que o SM57?

As teorias são conflitantes, dificilmente encontramos um acordo entre as opiniões, mas a verdade é que provavelmente a questão seja mais psicológica do que prática. Ambos os microfones têm a mesma cápsula e o corpo fabricado com o mesmo material. A diferênça é realmente no globo onde o diafragma no SM57 pode ser posicionado mais próximo da fonte sonora. Isso é interessante para a captação de outras fontes sonoras que não a voz do(a) profissional.

Mas fora isso não há diferença técnica.

O que importa é que este foi o modelo que mais agradou os vocalistas, tanto nesta versão tradicional, quando nos modelos sem fio.

Clicando ou tocando na foto você poderá ir ao site oficial da Shure no Brasil para conhecer mais e comprar.

Mas para vocais em estúdio, apesar de o SM58LC ser extremamente conhecido e querido, o título de melhor não é dele, mas sim do próximo microfone da lista …

3. Shure SM7B

Microfone Dinâmico Shure SM7B

Shure SM7B é projetado para uma coisa: Gravar vocais. Inclusive e em especial vocais de rock.

Nele podem ser combinados três recursos que o torna campeão:

  • Graves;
  • presença de médio e
  • um pop filter já integrado.

Este modelo foi projetado para captar a voz humana. É um microfone especializado e excelente nesta função. Na verdade podemos dizer que é “o microfone”.

O uso mais lendário deste microfone foi na gravação do álbum Thriller de Michael Jackson.

E claro clicando na foto dele você também vai para a loja da Shure e conhece mais sobre esta lenda, além é claro de poder comprar com condições para lá de especiais.