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Como uma orquestra funciona ?

Uma das coisas mais fascinantes em uma orquestra é como é possível dirigir tantos músicos ao mesmo tempo com ordem, harmonia e beleza. Neste artigo vamos buscar ver como isto é possível e mais:

• O que é uma orquestra
• Origem das orquestras
• Tipos de orquestras
• Funcionamento de uma orquestra
• Orquestras brasileira

O que é uma orquestra?

Do grego a palavra orquestra significa ´lugar de dança´ . Bom, mas como assim ? Não me lembro de ver ninguém dançando em uma orquestra. Isso pode até acontecer, porém, somente em casos onde temos um espetáculo de dança em que uma orquestra esta tocando as músicas.

Por mais estranho que possa parecer, na Grécia antiga, esta palavra designava a parte da frete do palco do teatro. Era nesse local que ficava o coro e os(as) bailarinos(as).

Origem das orquestras

A formação das orquestras, como conhecemos hoje, foi somente a partir do século XIX, pois antes a música puramente instrumental não tinha tanta importância, quanto a vocal. Desta forma o surgimento de conjuntos instrumentais só começaram a surgir e bem lentamente a partir do século XVI.

Período barroco

Neste período que inicia com o século XVII, estes conjuntos instrumentais começaram a ser definidos como orquestra. Mesmo assim ainda não eram populares suas apresentações desligadas da parte vocal humana, pois geralmente acompanhavam óperas.

Jean-Baptiste Lully (1632-1687), compositor italiano, naturalizado francês, foi o primeiro a buscar a padronização das orquestras, definindo a direção das arcadas, em que os músicos precisam fazer em sincronia. Lully também foi o primeiro regente reconhecido, já que conduzia a orquestra marcando o tempo com um bastão batido no chão.

Os instrumentos mais vistos no barrco eram os violinos, as violas da gamba, o cravo, os instrumentos de corda dedilhados como alaúde e teorba, flautas doce, dentre outros.

Período clássico

Neste período que começa no século XVIII, os instrumentos sofrem modificações importantes em sua estrutura e as composições em sua forma. É neste período que as orquestras começam a ter a formação atual que conhecemos.

O termo ´sinfonia´ também surge no período clássico, e compositores como Mozart, Haydn e Beethoven despontam como gênios da música.

Um detalhe importante é que as salas de concerto eram menores que as atuais e claro o número de instrumentos executados também.

Período romântico

No século XIX, as orquestras crescem muito tanto em número de instrumentos, como também na potência sonora destes instrumentos, pois vários tiveram modificação na estrutura, bem como a inclusão de outros, como por exemplo os metais, incluido ai os naipes de sopro em geral.

Neste período os principais compositores eram Brahms, Mahler, Ravel, Richard Strauss, entre outros.

Séc. XX

No século XX atingimos o que é mais comum vermos. Neste século os instrumentos de percussão ganham importância e claro a adição de instrumentos eletroacústicos.

O tamanho das orquestras neste período são muito variadas, já que o repertório se tornou muito mais eclético. Os compositores do período que podemos destacar são: Camargo Guarnieri; Luciano Berio; Karlheinz  Stockhausen; dentre outros.

Atualmente as orquestras podem contar com um número de 80 a 100 músicos(as), com o tamanho sempre variando de acordo com o repertório escolhido.

Tipos de orquestra

Existem diversos tipos de orquestra e cada uma delas tem tamanhos diferentes e composições instrumentais diferentes. Entre elas, temos a orquestra sinfônica, orquestra filarmônica, orquestra de câmara, as orquestras de música antiga, as bandas sinfônicas etc. Então vamos a elas!

Orquestra sinfônica e orquestra filarmônica

Não há diferença prática entre uma orquestra sinfônica e uma filarmônica, ambas possuem o quadro completo com formação entre 80 e 100 músicos(as). O grupo de instrumentos utilizado é o mesmo e a disposição e organização, a mesma.

A justificativa para a diferença na denominação é o fato de a sinfônica ser mantida por orgãos governamentais e a filarmônica por instituições privadas sem fins lucrativos.

Orquestra de câmara

Esse tipo de orquestra, é composta por no máximo 20 músicos(as). O motivo é bem simples: Este tipo de orquestra foi idealizada para tocar em locais de menor dimensão, no caso as câmaras.

Orquestras de música antiga

Orquestra de Câmara, pode ser chamada de outra forma, quando seu repertório é de composições feitas entre o século IX e fim do século XVIII. Elas podem ser chamadas de conjuntos de música antiga.

Normalmente são menos músicos e é comum o uso de instrumentos antigos, geralmente originados da época em que o repertório foi criado.

As bandas sinfônicas

As bandas sinfônicas geralmente são formadas por músicos(as) que fazem uso de instrumentos de metais, madeiras e percussão, não querendo dizer que instrumentos clássicos com o cellos e piano não possam fazer parte.

Estas bandas geralmente tem menos integrantes, não superando 50 músicos(as) e o repertório geralmente é mais moderno e popular.

Funcionamento de uma orquestra

Uma orquestra pode ter até 100 músicos(as) no palco, tocando a mesma música, assim a figura do maestro ou regente é de importância fundamental, pois é ele que conduzirá todo este contingente.

Toda orquestra terá seu maestro. O Maestro é a pessoa que conduz a orquestra, hoje o instrumento de condução é uma batuta. Ele sempre se posiciona a frente dos músicos e fica de costas para o público.

É o maestro que tem a responsabilidade da interpretação da peça, é ele que tem a visão geral de tudo, ele decide dinâmicas, timbre, as mudanças no andamento. Ele mantém o rítmo da música.

Uma outra figura importante é o primeiro violinista, sempre é o último músico a entrar no palco, se assenta na primeira cadeira a direita do maestro. É facilmente reconhecido, pois é o músico que o maestro aperta a mão. Também é conhecido como spalla.

O spalla é o(a) responsável pelos solos das obras, pode assumir a regência como substituto(a) e é o(a) intermediário(a) entre músicos(os) e maestro (maestrina).

Organização da orquestra

A forma que os(as) músicos(as), são distribuidos no palco é outro fator importante. A disposição geralmente respeita os seguintes naipes:

• Cordas: violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e harpas;
• Madeiras: flautas, oboés, clarinetes e fagotes;
• Metais: trompas, trompetes, trombone e tubas;
• Percussão: tímpano, marimba, xilofone, pandeiro e muitos outros!

A figura a seguir mostra como estes naipes se organizão no palco.

organização da orquestra
Fonte: https://www.historiadasartes.com/som-camera-acao/musica/os-conjuntos-musicais/#jp-carousel-2028

A disposição segue uma lógica por motivos acústicos e por facilidade de serem conduzidos e ao mesmo tempo executados por cada músico(a). Imagine a confusão que seria se os violinos por exemplo, fossem dispostos de maneira aleatória.

Além disso instrumentos com mais potência, precisam ficar atrás dos de menos potência para não sobressairem e impedir que todos os instrumentos sejam ouvidos. Assim, as percussões por exemplo jamais poderiam ser colocadas a frente.

Orquestras brasileiras

O Brasil é um país em que a arte aflora. A tradição musical do Brasil apesar de relativamente recente em relação a paises europeus, é muito forte, pois a arte sempre esteve presente em toda a sua história. Por isso apesar de todas as dificuldades, podemos ver grandes trabalhos no país. A seguir citamos cinco grandes exemplos que temos no Brasil.

1 – Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) que foi criada no Rio de Janeiro em 1940, época em que Brasília ainda não existia.

2 – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, foi criada recentemente, em 2008, toca geralmente na Sala Minas Gerais no Palácio das Artes em Belo Horizonte e também em outras cidades.

3 – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), foi criada em 1954, possui grande reconhecimento internacional e por isso uma da mais famosas. A sala São Paulo é seu ponto fixo, apesar de ser uma orquestra intinerante.

4 – Orquestra Jazz Sinfônica: foi criada em 1989, e seu repertório é basicamente formado por música popular brasileira e outros trabalhos internacionais. Geralmente se apresenta na sala São Paulo, no Theatro Municipal de São Paulo e no Ibirapuera.

5 – Orquestra Sinfônica do Paraná, que foi criada em 1985, geralmente se apresenta no Teatro Guaira e seu repertório é bem eclético.

No Brasil á muitos outros ótimos exemplos, como a Orquestra Amazonas Filarmônica, as Orquestra de Câmara da USP, Música Antiga da USP, Sinfônica de Heliópolis, dentre muitas outras.

Assistir estas orquestras são verdadeiras aulas de música e de ótimo gosto musical . Não interessa qual seu estilo musical, para a sua carreira musical, é muito importante estar presente neste meio, nem que seja como ouvinte.

Esperamos que este breve artigo possa, caso você não tinha conhecimento do funcionamento de uma orquestra, aberto o interesse para pesquisar sobre o assunto.

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Características que fazem um violino ótimo.

A busca por um bom instrumento sempre foi algo mais semelhante com uma maratona do que como uma rápida corrida de 100 metros rasos.

Mais dificil ainda quando a pessoa esta começando a aprender o instrumento. Muitas vezes são os pais que vão em busca do instrumento. Essa busca começa na infancia.

Principalmente nesta situação, ao se buscar um bom instrumento, a primeira coisa que se vê é que os violinos parecem todos iguais, sem grandes diferenças entre um modelo e outro.

Comparar um instrumento iniciante com um outro modelo de alto custo, não é difícil, a diferença é gritante. Porém a dificuldade acontece quando falamos de instrumentos de entrada, começando pelos que são realmente mais baratos e indo até instrumentos que atingem um máximo de R$1500,00, ai sim a dificuldade de comparar e identificar o que tem de mais interessante em um modelo em comparação com outro.

A estética melhor é uma maneira de escolher o instrumento certo, apesar de também ser uma característica importante.

Conhecer algumas noções básicas sobre a construção de violino pode ajudá-lo a tomar uma boa decisão de compra e fornecer ao músico aluno um violino que oferecerá anos de satisfação.

Noções básicas de materiais

Os violinos são criados a partir de madeiras especiais selecionadas por suas qualidades ressonantes. Sempre que o arco faz vibrar as cordas, as vibrações são transferidas para todo o instrumento. E quanto mais ele é tocado, melhor será seu som. O instrumento se abre e atinge todo o seu potencial.

O abeto é uma madeira densa, permitindo que seja laminada em espessuras muito finas, mas forte o suficiente para manter sua integridade. Esses recursos a tornam a madeira certa para o tampo frontal do violino e muitos outros instrumentos de cordas.

A construção em madeira maciça é muito importante; mas você deve entender que “sólido” não significa uma peça. O tampo e o fundo de um violino de qualidade podem ser unidos a uma ou duas peças.

“Sólido” ou “maciço” significa que essas peças são criadas a partir de uma prancha de madeira, não de painéis de aglomeradors ou uma sobreposição de laminas finas.

Em um violino de qualidade, normalmente os lados (nervuras) e o braço são fabricados em maple que é outro material forte que ressoa bem, mantendo sua integridade estrutural. As outras partes do instrumento, como o braço, apoio para o queixo, tarraxas e pinos, são tradicionalmente fabricadas em ébano ou em alguma outra madeira muito densa.

A madeira depende muito dos gostos e preferências do fabricante do instrumento, mas os tipos de madeira usados ​​na construção determinam se o instrumento produzirá um som agradável e de qualidade.

Feito a mão

Outro aspecto que determina a qualidade de um violino é o quão artesanal foi a construçao. A forma como um instrumento é contruido é um fator muito importante. Quando construído corretamente, com um toque artesanal, um violino pode ser tocado e usado por centenas de anos.

Existem dois “estágios” envolvidos na construção do violino. O primeiro envolve a criação básica das várias peças do instrumento. E embora isso tenha sido, e seja, tradicionalmente realizado à mão, por um Luthier (um fabricante especial de instrumentos de cordas); também pode ser realizado em um ambiente de fábrica.

A segunda etapa é realmente o processo final de “montagem”, onde o instrumento é concluído e pronto para tocar. Isso envolve a caixa de ressonância, instalação das cordas e outros toques finais delicados que são extremamente importantes para o som que o violino produzirá.

Violinos podem ser construidos por luthiers, porém o custo se torna realmente alto, além do fato de um instrumento levar até mais de um mês para ficar pronto.

Mas os violinos também podem ser fabricados em série, reduzindo muito seu preço. No entando procure não escolher os instrumentos extremamente baratos, abaixo de R$300,00, pois a economia geralmente não acompanhará o benefício.

Esta lista poderá ajudá-lo a determinar a qualidade de um violino. :

  • Não deve ranger quando você pressiona suavemente a parte superior ou lateral do violino
  • O violino deve ter uma aparência muito simétrica – de cada lado uma imagem espelhada do outro
  • O braço deve ser posicionado perfeitamente reto, não inclinado de forma alguma
  • Observe o design, você precisa escolher um instrumento que é visualmente adequado para você.
  • Juntas devem ser apertadas, sem espaços visíveis
  • Os materiais utilizados e o artesanato envolvido são as duas principais características que determinam a qualidade de um violino.

Hoje já existem marcas de instrumentos que constroem ótimos instrumentos com um custo acessível. Nós por exemplo, nesta faixa de preço, sugerimos os violinos da Eagle ou da Hofma

E você, já toca violino ? Qual seu violino ?

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Como fazer videos fantásticos para Youtube ?

Apesar do título convidativo, sabemos que tudo tem um começo e além de técnica a prática é que vai te levar a fazer bons videos. Porém, uma coisa é certa. Seus videos só vão crescer se você desenvolver a coragem e começar. Neste artigo você vai ver que não é difícil produzir bons videos, mesmo que você não tenha “um caminhão” de equipamentos para isto.

Vamos começar com um exemplo: Imagine a cena: um dos melhores violinistas de sua geração, experimentando dim sum (um tipo comida chinesa) e quase engasgando com pimenta, e você vendo isso. Logo em seguida, Ray Chen lhe mostra como dominar técnicas de staccato em uma rua de São Francisco nos EUA.

Naturalmente você não esta com ele no mesmo lugar. Você esta em sua casa, ou em outro lugar, seja com um computador, tablet ou smart phone por exemplo, assistindo este video via youtube. Isto denigre ou eleva a imagem que você tem de Ray Chen ?

Essas performances totalmente fora do padrão ajuda a explicar o enorme sucesso experimentado por violinistas como Lindsey Stirling, TwoSetViolin, que adotaram o youtube para divulgar suas performances. Para os fãs, o YouTube oferece acesso na primeira fila a seus músicos favoritos. Para músicos, é uma maneira poderosa de se conectar com o público. Os adolescentes, por exemplo, passam quase uma hora por dia assistindo a vídeos online, principalmente no YouTube, de acordo com uma pesquisa recente da Common Sense Media (Organização sem fins lucrativos de São Francisco, fomentadora de projetos em educação e cultura).

A não tantos anos atras os videos não eram tão importantes, mas hoje já estão se aproximando da essencialidade. Ou seja, breve usar videos para divulgaçãoserá essencial.

Naturalmente, criar videos no Youtube não é algo tão simples, ou melhor, é até simples, mas dá trabalho. Por isso ainda um percentual relativamente pequeno de músicos fazem uso desta ferramenta. O que acaba sendo uma oportunidade para quem se adiantar e colocar a “mão na massa”.

Então comece seguindo estes passos:

Criatividade

Os videos devem ser o mais inusitados possível. E claro, vale a primeira regra no Youtube: não seja chato. “Crie conteúdo que você ache divertido – mas de preferência que as pessoas também achem. Confira o que os outros estão fazendo para te dar uma direção. Mas não copie. Aquela história do apenas “fala diferente” não funciona.

Crie uma história, as pessoas gostam do formato história, gostam de fluides. Nada de fazer videos como aqueles trabalhos escolares que apresentávamos na turma, onde geralmente começavamos sempre assim: “Eu vou falar sobre … “. Faça um roteiro antes mesmo das primeiras filmagens.

Vídeos populares surgem da expontaneidade, ou seja, ao planejar o roteiro, você deve planejar a expontaneidade, isso significa que não precisa de perfeição, mas sim de emoção.

Não gaste muito em equipamentos

Não existe a necessidade de se investir nos equipamentos mais sofisticados caso não queira, ou ainda não possa. Mas investimento, deve haver. Mesmo que você comece com seu smartphone, comece investindo em conhecimento na área. Comece se habituando a gravar desde ensaios e apresentações até cenas de seu cotindiano. O objetivo é gerar intimidade com seu público.

Até uma câmera é opcional.

“Qualquer pessoa pode fazer um vídeo do YouTube com o telefone”.

Mas equipamentos de áudio – como microfones de lapela mais em conta – valem a pena, especialmente se você estiver usando uma câmera digital. Infelizmente é comum, vermos bons videos com som ruim. Os videos devem ter um bom som, pois isto estimula as pessoas a assistirem. As pessoas tendem a perdoar menos, quando o problema é som.

Cuidado com o tempo

Curtidas são a norma do Youtube, e para isso os videos devem prender a atenção dos espectadores. Pense sempre nisso, pois o Youtube vai dar mais atenção àqueles videos que mantém os espectadores por mais tempo e permita a inserção de anúncios de alguma forma. Videos com mpedia de 10 minutos são mais recomendados.

Editar e depois editar um pouco mais

Edição cuidadosa é crucial. A boa notícia é que os programas de edição estão mais fáceis de usar do que nunca, e você já pode ter um inclusive no seu smartphone ou tablet. O Windows Movie Maker e o iMovie são programas gratuitos que podem ser usados nos computadore também. O importante no início é usar bem os recursos disponíveis para fazer boas edições.

Agora tem um investimento que não há como escapar. Editar leva tempo, muitas vezes a produção de um minuto de video, pode representar 4 horas de trabalho.

Existe a alternativa de contratar um editor profissional, porém o investimento pode não valer a pena, quando se trata de gravar com frequencia.

Abrace a imperfeição

Entenda, nada é perfeito, então lembre-se disto, comece rápido. Não se preocupe. Se você não começar, nunca vai se habituar e se aperfeiçoar.

Veja nesta produção de Lindsey Stirling, que mesmo em algo exaustivamente preparado, o que valeu foi a emoção e a expontaneidade.

E você já produziu videos ? Nos mostre, post seus links para também vermos.

Equipe Sônica.

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Como comprar o arco certo ?

5 fatores que farão você escolher o arco certo para seu instrumento.

Um arco é a chave que cada musico(a) usa para desbloquear o potencial sonoro de seu instrumento, uma metafora que tem suas bases. Em termos práticos, no entanto, encontrar o arco perfeito pode ser um pouco mais difícil.

Com opções que variam de materiais, idade, rigidez, peso e equilíbrio geral, a compra de um arco é algo que pode levar tempo na escolha.

A maioria dos especialistas concorda que todos os músicos (as) que tocam violino, viola ou cello – desde iniciantes até os mais virtuosos – acabam enfrentando problemas semelhantes ao comprar um arco.

“Os músicos(as) avançados geralmente procuram qualidades em um arco que um iniciante não reconhece”, disse James Mason, um fabricante de arcos e restaurador da loja de violinos David Kerr, em Portland, no Oregon – EUA. “Dito isto, segue o guia para te ajudar a encontrar o arco certo”.

Materiais

Os três materiais básicos usados ​​nas varas dos arcos: são pau brasil, pernambuco e fibra de carbono. No mundo o termo Brazilwood é um nome genérico dado a vários tipos de madeiras tropicais usadas para arcos mais em conta. Vem do Brasil e de outros países tropicais. Os arcos de violino de madeiras mais genéricas tem custo em torno de R$80,00 e são adequados para iniciantes ou possivelmente para iniciantes intermediários.

Desde o final do século XVIII, o Pernambuco é a madeira escolhida para os melhores arcos. É uma madeira densa e pesada que vem de várias áreas do Brasil e parece possuir a combinação certa de força, elasticidade e capacidade de resposta. Existem muitas subespécies e uma enorme variação na qualidade. Os principais fabricantes de arco gastam muito tempo procurando e escolhendo apenas os melhores “palitos” de pernambuco, rejeitando quase todo o resto. Devido à degradação ambiental, no estado de Pernambuco, a madeira agora é escassa e, como resultado, o governo do Brasil impôs severas restrições à exportação dessa madeira, tornando-a rara e cara.

Muitos musicos consideram o trabalho dos renomados fabricantes franceses do século XIX como responsáveis pelos arcos perfeitos. Por que será que os fabricantes posteriores não foram capazes de igualar seu trabalho? Alguns dizem que as espécies de pernambuco usadas por seus predecessores não existem mais e que se extinguiram no início do século XX. Outros acham que fabricantes como Tourte, Peccatte, Simon, Pajot e seus contemporâneos foram simplesmente os melhores fabricantes e pronto, simples assim. Certamente seus arcos são únicos. Muitos têm uma qualidade suave e flexível que torna o arco quase parte da sua mão; o som que esses arcos produzem pode ser cheio e rico. É muito comum ouvir elogios como “suave como manteiga” ao descrever um belo e velho arco francês. No entanto, outros músicos preferem arcos modernos que são mais rígidos, mais fortes e mais rápidos em resposta.

Nos últimos 20 anos, os arcos de fibra de carbono tornaram-se populares, em parte por causa da escassez de pernambuco – alguns dos melhores músicos do mundo preferem arcos de fibra de carbono mais novos e mais duráveis ​​que os modelos tradicionais de madeira de pernambuco. Arcos de fibra de carbono – fabricados com vários tipos de fibra de carbono colados com uma resina – possuem muitas qualidades encontradas no feito de pernambuco. Além disso, a fibra de carbono é durável e, por sua faixa de preço, vale o que custa.

Porém, nem todo mundo tem a mesmo opinião sobre os arcos de vara sintética, ao invés de madeira.

“É comum ouvir mpusicos dizerem que os arcos de fibra de carbono não têm o mesmo tom que os de madeira.

Ainda assim, os arcos de fibra de carbono e de fibra de vidro mais baratos não deformam como os de madeira, tornando-os atraentes para músicos que viajam muito ou tocam ao ar livre ou em calor ou frio extremos.

Balanço

A sensação do arco quando você o experimenta na loja tem muito a ver com seu ponto de equilíbrio. O peso típico de um arco é de 58 a 63 gramas para violinos; 70 gramas para um arco de viola; e 80 gramas para um arco de violoncelo.

Determinar se um ponto de equilíbrio é adequado para suas necessidades exige testes – e não está necessariamente relacionado ao ponto em que o arco se equilibra em um dedo estendido.

Rigidez

Assim como o equilíbrio, a rigidez adequada de um arco e sua capacidade de resposta, especialmente para movimentos de arco saltitante (ricochét ou sautillé). Aqui vale a opinião pessoal mesmo e não uma técnica de escolha. Assim, o que é crucial ao testar um novo arco é tocar da mesma maneira que você normalmente faz. Se você tem um arco fraco e aplica pressão suficiente ao tocar, acaba batendo nas cordas com o talão e definitivamente você não vai quer isso. Agora se estiver muito rígido, não haverá como executar os toques corretamente.

Preço

Enquanto muitos músicos (as) gastam muito dinheiro com um violino, viola, violoncelo ou baixo, muitos destes se incomodam ao pagar quantias altas por um arco. Muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que bons arcos não são baratos. Mas é tudo sobre perspectiva e prioridades “

Fatores especiais

Não é comum, mas se você sempre compra em uma loja e consegue que eles te emprestem o arco, para você testar por alguns dias, é o ideal.

O arco que você considera perfeito hoje, pode não ser o mesmo daqui alguns anos. Esteja sempre aberto a testar novidades.

Na loja

Então, como você deve encontrar o melhor arco? O primeiro passo é estabelecer um orçamento. Porém não deixe de experimentar arcos que vão além do seu orçamento, para poder analisar corretamente o que comprar.

Quando você for a uma loja de violinos, traga seu próprio instrumento e o arco atual como referência. Cada arco terá um desempenho diferente em diferentes instrumentos. Lembre-se de que você está procurando um arco que complemente seu instrumento. Um bom ponto de partida é observar seis arcos por vez. Depois de escolher um ou dois desse lote, peça para ver um pouco mais. Toque a mesma passagem breve com cada arco, um após o outro. Há uma boa chance de que um ou dois se destaquem.

As primeiras impressões são importantes. O arco não deve parecer muito leve ou pesado na mão. Não deve ser muito fraco ou macio: não deve colapsar facilmente no cabelo ao tocar ou flexionar muito lateralmente.

Toque uma combinação de estilos de curvatura, incluindo legato, spiccato, soutillé e assim por diante. Você pode usar Wieniawski’s Ètudes-Caprices, Op. 18, No. 4 , por exemplo, para lhe dar uma idéia de como o arco se comporta em passagens difíceis e rápidas do cruzamento de cordas. Se isso for muito difícil, use alguns dos exercícios de arco de Sevcik. Toque uma passagem em três pontos do arco. Você deve poder tocar confortavelmente com todas as partes do arco. Tocando devagar, ouça o som que cada arco produz e sinta como o arco vibra. Você notará diferenças sutis em clareza, plenitude de som, ruído de superfície e assim por diante.

O arco melhora ou piora o seu instrumento? Enquanto estiver na loja, use seu tempo com eficiência. Você está lá para encontrar um arco, não para executar ou praticar. Depois de escolher os dois ou três arcos de sua preferência, peça se possível (no Brasil sabemos que isso é difícil) para testá-los por uma semana. Experimente-os mais amplamente em casa, em seu conjunto ou orquestra, e mostre-os ao professor para comentários.

Agora mãos abra, comece sua busca. Nos dê sua opinião ? Qual arco você usa ?

Equipe Sônica.