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Breve guia das madeiras mais usadas em violões e guitarras

As pessoas que não tocam um instrumento geralmente acreditam que uma guitarra ou baixo são basicamente apenas uma placa com cordas.

Embora isso possa ser verdade de um certo ponto de vista, os músicos sabem que os instrumentos ganham vida em suas mãos. Cada instrumento tem uma voz e sentimentos únicos, e dois raramente são os mesmos – mesmo que pareçam iguais.

Nos instrumentos musicais cada parte importa. Cordas importam, ferragens importam, madeira importa, a forma que a madeira é tratada na fábrica importa, o que se usa para revestir o instrumento importa, dentre outras características.

Que tipos de madeiras são usadas para violões e guitarras ?

Nem todas as madeiras são adequadas para uso em todas as partes de um violão. O abeto vermelho, por exemplo, é frequentemente usado para partes superiores de violões, mas não é o material ideal para instrumentos elétricos como guitarras e baixos. Cada uma das principais madeiras para instrumentos musicais (também chamadas pelo nome em inglês, tonewoods) tem seu próprio uso e é escolhida por suas características.

Para ser uma boa madeira para um violão ou outro tipo de instrumento musical que usa cordas tensionadas, ela precisa ser forte o suficiente para aguentar estas tensões que são exercidas sobre a estrutura, mas também ter características tonais adequadas para aquele instrumento musical. Na maioria dos casos, a escolha pelo resultado tonal é mais importante em instrumentos que precisam de caixas de ressonância como o violão, a viola, o cavaco, o ukulele dentre outros.

Maple (bordo)

O maple é uma espécie de madeira muito dura, com boas qualidades tonais e boa sustentação. Os braços das guitarras são tradicionalmente feitas de maple, em parte por causa de sua resistência, mas também pela beleza O maple também é frequentemente usado como tampo para o corpo do violão, pois além de muito bonita esta madeira, como já falamos, permite um ótimo som.

Mogno ou Mahogany

Muitos corpos de guitarra e baixos são feitos em mogno. Porém é bom lembrar que existem catalogados 49 tipos de mogno, porém muitos já estão quase extintos devido ao corte descontrolado já que a madeira é muito popular na fabricação de móveis. Assim o mogno visto nas guitarras de hoje não são da mesma espécie que os vistos nas décadas de 1940 e 1950. Geralmente as guitarras Les Pauls combinam mogno com um tampo de maple.

Basswood

O Basswood vem de árvores chamadas Linden e tem como característica de ser uma madeira macia e fácil de trabalhar. Por se tratar de uma madeira sem muitos atrativos gráficos (veios muito aparentes), é uma boa escolha para instrumentos com pintura sólida. O Basswood possui um som quente e equilibrado, com excelente faixa intermediária e boa sustentação.

Alder

O Alder era muito popular nas décadas de 1950 e 1960, e muitas guitarras da Fender por exemplo eram feitas com esta madeira. Hoje a madeira é mais rara e mais cara naturalmente. É uma madeira leve, possui pelos padrões gráficos e produz um som quente com muitos agudos. Talvez por isso a preferência para a fabricação de guitarras Stratocasters que a Fender tinha.

Swamp Ash

Muitas fábricas americanas de violão usam o Swamp Ash porque a madeira é leve, bonita e tem um timbre agradável. O Swamp Ash tem um bom sustain, tons de graves firmes, e “mordidas” na faixa de médios e agudos.

Outras madeiras populares para violões, guitarras, baixos, etc.
Outras madeiras populares incluem a Korina, que foi popularizado pela Gibson no final dos anos 50. É bonita, leve, produz um som quente e equilibrado com boa sustentação.

O Ash japonês, apesar do nome não é realmente o mesmo tipo de madeira que os outros Ashs . Nesta espécie o som produzido em violões é equilibrado entre bons agudos, médios, graves e ótima sustentação.

Existem outras espécies como American Tulipwood (Poplar), Wenge, Phoenix, Paulownia e Agathis e todas com características tonais distinatas que não vamos agora detalhar.

As características das madeiras também serão coerentes com a velocidade que a arvore cresceu, o tratamento que a medeira recebeu depois de cortada e também do local onde a árvore cresceu.

As madeiras da escala importam.

O material do braço da guitarra ou violão também é importante. Geralmente são usadas duas variedades de madeira. O jacarandá por exemplo, geralmente é usado em conjunto com o mogno no braço, pois é uma madeira resistente e oleosa, o que ajuda a suportar o contato frequente.

Devidos as restrições no abate de certas espécies como o jacarandá, fez com que outras madeiras se tornassem populares como o Pau-ferro e o Cocobolo.

O ébano é uma escolha lógica também para construir escalas, no entanto não é mais vista com frequência, exatamente porque é rara e bem cara.

A madeira usada na construção de violões mudou com o tempo?

As madeiras usadas hoje na fabricação já não são mais as mesmas, pois muitas madeiras usadas por exemplo na década de 1950, já está quase estinta hoje e por isso proibido o corte. Muitas espécies de jacarandá, mogno e ebony já fazem parte da lista de restrições.

Por conta disso a criatividade vem gerando instrumentos com materiais bem diferentes como guitarras em alumínio ou fibra de carbono.

Nos conte, de que é feito sua guitarra, baixo, violão … ? Comente .

Equipe Papo de Música.

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Quer aprender a consertar e cuidar muito bem de seu violão, guitarra e outros ?

Sim, é sobre isto que vamos falar neste artigo. Como consertar e conservar seu instrumento de corda. Neste artigo vamos te apresentar um curso que te faz no mínimo economizar muito, pois te permite aprender de forma prática e rápida a dar manutenção em seus instrumentos, sem precisar levar a um profissional. O curso tudo isso e sem necessidade de você investir em ferramentas caras. Você vai aprender a fazer tudo, precisando apenas de ferramentas comuns que na grande maioria das vezes já dispomos delas em casa.

E o mais legal é que com este conhecimento, você pode inclusive gerar uma renda extra e porque não, se gostar do ramo, se aperfeiçoar e montar sua própria oficina.

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Veja a seguir o conteúdo do curso e como ele é completo:

Módulo 1 – Conhecimentos Gerais

  • Introdução a tensores
  • Pontes, cavaletes e tarraxas
  • Escolhendo o encordoamento
  • Processos de limpeza, lustre e polimento

Modulo 2 – Regulagem guitarra ponte trêmulo ou fixa

  • Limpeza de potenciômetros, chave e jack (conteúdo bônus)
  • Limpeza das tarraxas e ponte
  • Limpeza do corpo
  • Cordas
  • Colocação correta das cordas
  • Afinação e conferencia do tensor
  • Ajustando a ponte
  • Ajustando a caixa de molas
  • Medição da altura das cordas
  • Ajuste da pestana
  • Ajuste dos captadores
  • Finalização e avaliação

Módulo 3 – Nivelamento de Trastes

  • Avaliação dos trastes do instrumento
  • Conferindo os trastes com Fret Rocker
  • Desmontando o instrumento
  • Decidindo o método de retífica
  • Conferindo o braço
  • Lixas
  • Marcando os trastes
  • Rebatendo os trastes
  • Isolando a escala
  • Colocação da lixa no bloco
  • Apoiando o braço do instrumento
  • Lixando
  • Refazendo o acabamento
  • Refazendo o abaulamento dos trastes
  • Refazendo o abaulamento dos trastes 2
  • Limpeza e lubrificação da escala
  • Polindo os trastes

Módulo 4 – Regulagem de Floyd Rose

  • Ajustes dos pivôs
  • Limpeza da ponte
  • Montagem dos carrinhos
  • Facas do pivôs
  • Molas
  • Colocando o braço
  • Colocando as cordas
  • Colocando as cordas 2
  • Afinando
  • Ajuste de molas
  • Ajuste do tensor
  • Ajuste de altura de cordas
  • Oitavas
  • Considerações Finais

Mas quem é o seu professor ?

Henrique Utsch, é Luthier a 12 anos, formado em manutenção e fabricação na Escola de Luthieria B&H, e em fabricação de instrumentos acústicos com o renomado Luthier Vergílio Lima. É técnico autorizado da marca Yamaha, e possui formação técnica em Mecânica e Mecatrônica Industrial, e além disso participou de vários cursos nas áreas de Eletrônica, Pintura, Corel Draw, Desenho técnico, Buzz Feiten Tuning System. Ao longo dos anos adquiriu muita experiência, consertando e fabricando instrumentos musicais. Já são mais de 20 mil instrumentos reparados ao longo de 12 anos, de várias marcas e modelos, e mais de 50 instrumentos fabricados pelas suas mãos. O seu lema “A arte aliada a técnica”, explica bem o foco que tem como profissional, produzir e consertar instrumentos valorizando a beleza e os padrões artísticos, sem esquecer da funcionalidade e tocabilidade.

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Além deste curso, ele ministra presencialmente em sua oficina mais quatro cursos profissionalizantes, que vai lhe colocar no caminho certo para o sucesso nesta profissão, caso você venha a sentir que este trabalho também é para você .

Você já conhece o trabalho do Henrique, comente abaixo neste artigo !

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Luthier: Conheça a profissão

Luthier é aquele profissional que constrói e conserta instrumentos musicais de forma artesanal. Se trata de uma atividade artesanal devido às características, muitas vezes únicas, de cada instrumento musical. A origem do termo, vem de um instrumento árabe chamado “alaúde” que em francês significa “luth”.

Popularmente no português encontramos outros nomes para a profissão, como “luteiro”, “guitarreiro”, “violeiro (que também é usado para quem toca violas caipiras”, dentre outros. A arte desenvolvida pelo luthier é chamada de luteria (do francês “lutherie”).

Mas o que faz e como trabalha um luthier?

Originalmente o profissional desta área trabalhava apenas com instrumentos com corpo de madeira, construindo ou reparando. Mesmo porque a maioria dos instrumentos tinham esta natureza. A profissão foi naturalmente evoluindo com o desenvolvimento ao longo dos séculos de sopros, teclas, percussivos mais elaborados, os instrumentos elétricos. 

O luthier praticamente faz de tudo referente ao ofício, pois por se tratar de algo praticamente artesanal, decisões de compras de matéria prima, ferramentas (compra ou fabricação), dados técnicos dos instrumentos que irá reparar ou produzir, técnicas a serem usadas, é tudo por conta dele. Salvo no caso de profissionais que trabalham em fábricas de instrumentos musicais por exemplo, onde neste caso estão inseridos em um sistema. 

Além disso, o luthier que vai construir instrumentos personalizados, precisa entender e saber coletar informações específicas sobre seu cliente. Inclusive características morfológicas, pois um instrumento personalizado precisa inclusive ser feito para ser o mais confortável possível para aquele cliente. 

Assim, este profissional precisa ser multidisciplinar, entendo de música, acústica, resistência dos materiais, carpintaria, desenho, elétrica, eletrônica, mecânica e outros assuntos. 

Onde trabalha um luthier?

Os luthieres em sua maioria são profissionais empreendedores, seja trabalhando sozinhos, como desenvolvendo um trabalho em equipe com funcionários ou aprendizes por exemplo. Há luthiers que caminham em direção da industrialização montando fábricas. Mas o mais comum são estes profissionais terem um ateliê próprio.

Mas há outras possibilidades como nos bastidores de orquestras e bandas, em escolas de música, conservatórios, grandes lojas de instrumentos musicais, fábricas de instrumentos musicais, importadoras de instrumentos musicais, faculdades.

Como é o mercado de trabalho?

Música é algo fascinante e eclético e amplo, está presente na vida de todas as pessoas praticamente. Crianças, jovens, adultos de todas as idades tem algum contato com a música. A maioria das pessoas já teve contato com pelo menos uma flauta doce ou um tamborzinho que seja. Tocar músicas é algo que vemos entre pessoas buscando apenas uma forma de recreação ou terapia, como os grandes profissionais. Em se tratando de mercado comercial, estamos falando de algo muito grande. Mesmo que em certas épocas muitos possam tentar considerar algo supérfluo, é difícil manter esta classificação, pois a música toca nossa alma. 

Por conta disso, o mercado para o luthier é amplo e grande. E com isso em tese não falta trabalho para este profissional. Desde serviços simples como a instalação de um captador elétrico simples em um violão, até a construção de um belíssimo e exclusivo instrumentos musical. O profissional que ingressa nesta carreira tem trabalho para todas as fases de seu desenvolvimento. 

Muitos artistas (vamos chamar o luthier desta forma), se tornam verdadeira e requisitadas “grifes” em que músicos o disputam para terem instrumentos fabricados por estes luthiers consagrados. É comum vermos instrumentos como violões que custam mais de R$15.000,00, guitarras e baixos também igualmente caros, dentre outros instrumentos.

Naturalmente o início não é tão glamouroso assim, mas como dissemos, há trabalho para todas as fases do desenvolvimento profissional. Um destes profissionais que trabalham em uma fábrica por exemplo ganham na faixa de R$1600,00 mensais com carteira assinada. Porém estamos falando de pessoas que estão em início de carreira, valendo também para os iniciantes autônomos. 

Como se tornar luthier?

Há várias formas de se tornar um luthier. Apesar do Ministério da Educação (MEC) reconhecer cursos para esta área como educação formal, a maioria dos profissionais são formados a moda antiga, onde há um mestre e seus aprendizes, ou através de cursos conhecidos como abertos, ou seja,, aqueles cursos que não precisam da certificação do MEC para funcionar, nem da certificação de uma associação ou sindicato profissional.

Existem profissionais que aprenderam até “sozinhos”, apenas buscando conhecimento em várias fontes. Esta é uma profissão democrática onde a competitividade feroz não acontece. Um luthier geralmente está “navegando em um oceano calmo azul”, pois há realmente muito espaço e respeito no mercado.

Nós por exemplo temos uma sugestão muito legal de curso para quem quer iniciar sem por enquanto sair de sua casa. Este é um curso para quem quer inicialmente aprender a regular e reparar seus próprios instrumentos ou de pessoas próximas e depois aprofundar mais na área. Clique na imagem abaixo para conhecer:

 Hoje também temos instituições de nível técnico que oferecem o curso de luthieria e também um curso de nível superior e presencial na Universidade Federal do Paraná. Com certeza uma ótima opção para buscar diferenciação no mercado. O curso na UFPR tem uma duração de três anos.

No entanto como você pode ver, e isto na minha opinião é uma grande oportunidade, há pouca formalidade na profissão, o que faz com que alguém que deseje se desenvolver no ramo, tem gigantescas chances de se tornar muito bem sucedido. 

Apenas como uma útil curiosidade e falando sobre o curso da UFPR, este foi inaugurado em 2009 e é composto de três módulos de disciplinas:

– Módulo de Humanidades: Língua Estrangeira Instrumental; História da Arte; Cultura Musical e Identidade Regional e Nacional na América Latina; Educação Musical.

– Módulo Profissionalizante Fixo: Restauração; Constituição, Tecnologia e Economia da Madeira; Química dos Vernizes; Organização e Empreendedorismo; Tópicos Especiais em Instrumentos Musicais; Construção e Entalhe; Arquetaria; Instrumentos de Sopro em Madeira e Organeria; Eletricidade, Eletrônica e Computação Aplicadas.

– Módulo de Ciências Exatas: Acústica e Desenho Técnico.

Espero que nosso artigo seja útil para você que deseja desenvolver uma nova profissão, ou um novo hobby. Luthieria é uma carreira profissional, uma arte e um hobby. Uma atividade apaixonante.  ,