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Quer aprender a consertar e cuidar muito bem de seu violão, guitarra e outros ?

Sim, é sobre isto que vamos falar neste artigo. Como consertar e conservar seu instrumento de corda. Neste artigo vamos te apresentar um curso que te faz no mínimo economizar muito, pois te permite aprender de forma prática e rápida a dar manutenção em seus instrumentos, sem precisar levar a um profissional. O curso tudo isso e sem necessidade de você investir em ferramentas caras. Você vai aprender a fazer tudo, precisando apenas de ferramentas comuns que na grande maioria das vezes já dispomos delas em casa.

E o mais legal é que com este conhecimento, você pode inclusive gerar uma renda extra e porque não, se gostar do ramo, se aperfeiçoar e montar sua própria oficina.

Clique para saber mais sobre o curso.!

Veja a seguir o conteúdo do curso e como ele é completo:

Módulo 1 – Conhecimentos Gerais

  • Introdução a tensores
  • Pontes, cavaletes e tarraxas
  • Escolhendo o encordoamento
  • Processos de limpeza, lustre e polimento

Modulo 2 – Regulagem guitarra ponte trêmulo ou fixa

  • Limpeza de potenciômetros, chave e jack (conteúdo bônus)
  • Limpeza das tarraxas e ponte
  • Limpeza do corpo
  • Cordas
  • Colocação correta das cordas
  • Afinação e conferencia do tensor
  • Ajustando a ponte
  • Ajustando a caixa de molas
  • Medição da altura das cordas
  • Ajuste da pestana
  • Ajuste dos captadores
  • Finalização e avaliação

Módulo 3 – Nivelamento de Trastes

  • Avaliação dos trastes do instrumento
  • Conferindo os trastes com Fret Rocker
  • Desmontando o instrumento
  • Decidindo o método de retífica
  • Conferindo o braço
  • Lixas
  • Marcando os trastes
  • Rebatendo os trastes
  • Isolando a escala
  • Colocação da lixa no bloco
  • Apoiando o braço do instrumento
  • Lixando
  • Refazendo o acabamento
  • Refazendo o abaulamento dos trastes
  • Refazendo o abaulamento dos trastes 2
  • Limpeza e lubrificação da escala
  • Polindo os trastes

Módulo 4 – Regulagem de Floyd Rose

  • Ajustes dos pivôs
  • Limpeza da ponte
  • Montagem dos carrinhos
  • Facas do pivôs
  • Molas
  • Colocando o braço
  • Colocando as cordas
  • Colocando as cordas 2
  • Afinando
  • Ajuste de molas
  • Ajuste do tensor
  • Ajuste de altura de cordas
  • Oitavas
  • Considerações Finais

Mas quem é o seu professor ?

Henrique Utsch, é Luthier a 12 anos, formado em manutenção e fabricação na Escola de Luthieria B&H, e em fabricação de instrumentos acústicos com o renomado Luthier Vergílio Lima. É técnico autorizado da marca Yamaha, e possui formação técnica em Mecânica e Mecatrônica Industrial, e além disso participou de vários cursos nas áreas de Eletrônica, Pintura, Corel Draw, Desenho técnico, Buzz Feiten Tuning System. Ao longo dos anos adquiriu muita experiência, consertando e fabricando instrumentos musicais. Já são mais de 20 mil instrumentos reparados ao longo de 12 anos, de várias marcas e modelos, e mais de 50 instrumentos fabricados pelas suas mãos. O seu lema “A arte aliada a técnica”, explica bem o foco que tem como profissional, produzir e consertar instrumentos valorizando a beleza e os padrões artísticos, sem esquecer da funcionalidade e tocabilidade.

Clique para saber mais sobre o curso.!

Além deste curso, ele ministra presencialmente em sua oficina mais quatro cursos profissionalizantes, que vai lhe colocar no caminho certo para o sucesso nesta profissão, caso você venha a sentir que este trabalho também é para você .

Você já conhece o trabalho do Henrique, comente abaixo neste artigo !

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Luthier: Conheça a profissão

photo of man making an acoustic guitar

Luthier é aquele profissional que constrói e conserta instrumentos musicais de forma artesanal. Se trata de uma atividade artesanal devido às características, muitas vezes únicas, de cada instrumento musical. A origem do termo, vem de um instrumento árabe chamado “alaúde” que em francês significa “luth”.

Popularmente no português encontramos outros nomes para a profissão, como “luteiro”, “guitarreiro”, “violeiro (que também é usado para quem toca violas caipiras”, dentre outros. A arte desenvolvida pelo luthier é chamada de luteria (do francês “lutherie”).

Mas o que faz e como trabalha um luthier?

Originalmente o profissional desta área trabalhava apenas com instrumentos com corpo de madeira, construindo ou reparando. Mesmo porque a maioria dos instrumentos tinham esta natureza. A profissão foi naturalmente evoluindo com o desenvolvimento ao longo dos séculos de sopros, teclas, percussivos mais elaborados, os instrumentos elétricos. 

O luthier praticamente faz de tudo referente ao ofício, pois por se tratar de algo praticamente artesanal, decisões de compras de matéria prima, ferramentas (compra ou fabricação), dados técnicos dos instrumentos que irá reparar ou produzir, técnicas a serem usadas, é tudo por conta dele. Salvo no caso de profissionais que trabalham em fábricas de instrumentos musicais por exemplo, onde neste caso estão inseridos em um sistema. 

Além disso, o luthier que vai construir instrumentos personalizados, precisa entender e saber coletar informações específicas sobre seu cliente. Inclusive características morfológicas, pois um instrumento personalizado precisa inclusive ser feito para ser o mais confortável possível para aquele cliente. 

Assim, este profissional precisa ser multidisciplinar, entendo de música, acústica, resistência dos materiais, carpintaria, desenho, elétrica, eletrônica, mecânica e outros assuntos. 

Onde trabalha um luthier?

Os luthieres em sua maioria são profissionais empreendedores, seja trabalhando sozinhos, como desenvolvendo um trabalho em equipe com funcionários ou aprendizes por exemplo. Há luthiers que caminham em direção da industrialização montando fábricas. Mas o mais comum são estes profissionais terem um ateliê próprio.

Mas há outras possibilidades como nos bastidores de orquestras e bandas, em escolas de música, conservatórios, grandes lojas de instrumentos musicais, fábricas de instrumentos musicais, importadoras de instrumentos musicais, faculdades.

Como é o mercado de trabalho?

Música é algo fascinante e eclético e amplo, está presente na vida de todas as pessoas praticamente. Crianças, jovens, adultos de todas as idades tem algum contato com a música. A maioria das pessoas já teve contato com pelo menos uma flauta doce ou um tamborzinho que seja. Tocar músicas é algo que vemos entre pessoas buscando apenas uma forma de recreação ou terapia, como os grandes profissionais. Em se tratando de mercado comercial, estamos falando de algo muito grande. Mesmo que em certas épocas muitos possam tentar considerar algo supérfluo, é difícil manter esta classificação, pois a música toca nossa alma. 

Por conta disso, o mercado para o luthier é amplo e grande. E com isso em tese não falta trabalho para este profissional. Desde serviços simples como a instalação de um captador elétrico simples em um violão, até a construção de um belíssimo e exclusivo instrumentos musical. O profissional que ingressa nesta carreira tem trabalho para todas as fases de seu desenvolvimento. 

Muitos artistas (vamos chamar o luthier desta forma), se tornam verdadeira e requisitadas “grifes” em que músicos o disputam para terem instrumentos fabricados por estes luthiers consagrados. É comum vermos instrumentos como violões que custam mais de R$15.000,00, guitarras e baixos também igualmente caros, dentre outros instrumentos.

Naturalmente o início não é tão glamouroso assim, mas como dissemos, há trabalho para todas as fases do desenvolvimento profissional. Um destes profissionais que trabalham em uma fábrica por exemplo ganham na faixa de R$1600,00 mensais com carteira assinada. Porém estamos falando de pessoas que estão em início de carreira, valendo também para os iniciantes autônomos. 

Como se tornar luthier?

Há várias formas de se tornar um luthier. Apesar do Ministério da Educação (MEC) reconhecer cursos para esta área como educação formal, a maioria dos profissionais são formados a moda antiga, onde há um mestre e seus aprendizes, ou através de cursos conhecidos como abertos, ou seja,, aqueles cursos que não precisam da certificação do MEC para funcionar, nem da certificação de uma associação ou sindicato profissional.

Existem profissionais que aprenderam até “sozinhos”, apenas buscando conhecimento em várias fontes. Esta é uma profissão democrática onde a competitividade feroz não acontece. Um luthier geralmente está “navegando em um oceano calmo azul”, pois há realmente muito espaço e respeito no mercado.

Nós por exemplo temos uma sugestão muito legal de curso para quem quer iniciar sem por enquanto sair de sua casa. Este é um curso para quem quer inicialmente aprender a regular e reparar seus próprios instrumentos ou de pessoas próximas e depois aprofundar mais na área. Clique na imagem abaixo para conhecer:

 Hoje também temos instituições de nível técnico que oferecem o curso de luthieria e também um curso de nível superior e presencial na Universidade Federal do Paraná. Com certeza uma ótima opção para buscar diferenciação no mercado. O curso na UFPR tem uma duração de três anos.

No entanto como você pode ver, e isto na minha opinião é uma grande oportunidade, há pouca formalidade na profissão, o que faz com que alguém que deseje se desenvolver no ramo, tem gigantescas chances de se tornar muito bem sucedido. 

Apenas como uma útil curiosidade e falando sobre o curso da UFPR, este foi inaugurado em 2009 e é composto de três módulos de disciplinas:

– Módulo de Humanidades: Língua Estrangeira Instrumental; História da Arte; Cultura Musical e Identidade Regional e Nacional na América Latina; Educação Musical.

– Módulo Profissionalizante Fixo: Restauração; Constituição, Tecnologia e Economia da Madeira; Química dos Vernizes; Organização e Empreendedorismo; Tópicos Especiais em Instrumentos Musicais; Construção e Entalhe; Arquetaria; Instrumentos de Sopro em Madeira e Organeria; Eletricidade, Eletrônica e Computação Aplicadas.

– Módulo de Ciências Exatas: Acústica e Desenho Técnico.

Espero que nosso artigo seja útil para você que deseja desenvolver uma nova profissão, ou um novo hobby. Luthieria é uma carreira profissional, uma arte e um hobby. Uma atividade apaixonante.  ,

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Breve guia das madeiras mais usadas em violões e guitarras

As pessoas que não tocam um instrumento geralmente acreditam que uma guitarra ou baixo são basicamente apenas uma placa com cordas.

Embora isso possa ser verdade de um certo ponto de vista, os músicos sabem que os instrumentos ganham vida em suas mãos. Cada instrumento tem uma voz e sentimentos únicos, e dois raramente são os mesmos – mesmo que pareçam iguais.

Nos instrumentos musicais cada parte importa. Cordas importam, ferragens importam, madeira importa, a forma que a madeira é tratada na fábrica importa, o que se usa para revestir o instrumento importa, dentre outras características.

Que tipos de madeiras são usadas para violões e guitarras ?

Nem todas as madeiras são adequadas para uso em todas as partes de um violão. O abeto vermelho, por exemplo, é frequentemente usado para partes superiores de violões, mas não é o material ideal para instrumentos elétricos como guitarras e baixos. Cada uma das principais madeiras para instrumentos musicais (também chamadas pelo nome em inglês, tonewoods) tem seu próprio uso e é escolhida por suas características.

Para ser uma boa madeira para um violão ou outro tipo de instrumento musical que usa cordas tensionadas, ela precisa ser forte o suficiente para aguentar estas tensões que são exercidas sobre a estrutura, mas também ter características tonais adequadas para aquele instrumento musical. Na maioria dos casos, a escolha pelo resultado tonal é mais importante em instrumentos que precisam de caixas de ressonância como o violão, a viola, o cavaco, o ukulele dentre outros.

Maple (bordo)

O maple é uma espécie de madeira muito dura, com boas qualidades tonais e boa sustentação. Os braços das guitarras são tradicionalmente feitas de maple, em parte por causa de sua resistência, mas também pela beleza O maple também é frequentemente usado como tampo para o corpo do violão, pois além de muito bonita esta madeira, como já falamos, permite um ótimo som.

Mogno ou Mahogany

Muitos corpos de guitarra e baixos são feitos em mogno. Porém é bom lembrar que existem catalogados 49 tipos de mogno, porém muitos já estão quase extintos devido ao corte descontrolado já que a madeira é muito popular na fabricação de móveis. Assim o mogno visto nas guitarras de hoje não são da mesma espécie que os vistos nas décadas de 1940 e 1950. Geralmente as guitarras Les Pauls combinam mogno com um tampo de maple.

Basswood

O Basswood vem de árvores chamadas Linden e tem como característica de ser uma madeira macia e fácil de trabalhar. Por se tratar de uma madeira sem muitos atrativos gráficos (veios muito aparentes), é uma boa escolha para instrumentos com pintura sólida. O Basswood possui um som quente e equilibrado, com excelente faixa intermediária e boa sustentação.

Alder

O Alder era muito popular nas décadas de 1950 e 1960, e muitas guitarras da Fender por exemplo eram feitas com esta madeira. Hoje a madeira é mais rara e mais cara naturalmente. É uma madeira leve, possui pelos padrões gráficos e produz um som quente com muitos agudos. Talvez por isso a preferência para a fabricação de guitarras Stratocasters que a Fender tinha.

Swamp Ash

Muitas fábricas americanas de violão usam o Swamp Ash porque a madeira é leve, bonita e tem um timbre agradável. O Swamp Ash tem um bom sustain, tons de graves firmes, e “mordidas” na faixa de médios e agudos.

Outras madeiras populares para violões, guitarras, baixos, etc.
Outras madeiras populares incluem a Korina, que foi popularizado pela Gibson no final dos anos 50. É bonita, leve, produz um som quente e equilibrado com boa sustentação.

O Ash japonês, apesar do nome não é realmente o mesmo tipo de madeira que os outros Ashs . Nesta espécie o som produzido em violões é equilibrado entre bons agudos, médios, graves e ótima sustentação.

Existem outras espécies como American Tulipwood (Poplar), Wenge, Phoenix, Paulownia e Agathis e todas com características tonais distinatas que não vamos agora detalhar.

As características das madeiras também serão coerentes com a velocidade que a arvore cresceu, o tratamento que a medeira recebeu depois de cortada e também do local onde a árvore cresceu.

As madeiras da escala importam.

O material do braço da guitarra ou violão também é importante. Geralmente são usadas duas variedades de madeira. O jacarandá por exemplo, geralmente é usado em conjunto com o mogno no braço, pois é uma madeira resistente e oleosa, o que ajuda a suportar o contato frequente.

Devidos as restrições no abate de certas espécies como o jacarandá, fez com que outras madeiras se tornassem populares como o Pau-ferro e o Cocobolo.

O ébano é uma escolha lógica também para construir escalas, no entanto não é mais vista com frequência, exatamente porque é rara e bem cara.

A madeira usada na construção de violões mudou com o tempo?

As madeiras usadas hoje na fabricação já não são mais as mesmas, pois muitas madeiras usadas por exemplo na década de 1950, já está quase estinta hoje e por isso proibido o corte. Muitas espécies de jacarandá, mogno e ebony já fazem parte da lista de restrições.

Por conta disso a criatividade vem gerando instrumentos com materiais bem diferentes como guitarras em alumínio ou fibra de carbono.

Nos conte, de que é feito sua guitarra, baixo, violão … ? Comente .

Equipe Papo de Música.

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Comprei um violão novo, e agora o que fazer ?

Olá, essa pergunta é pra você que comprou um violão, guitarra, baixo, viola, e agora?

O que fazer?

A pergunta é boba, pode parecer óbvia a resposta…. tocar né! Porém eu vou mostrar pra vocês, que não é bem assim.

De cara, muitos que compram o instrumento novo, os levam para casa, afinam e já saem tocando, ou tentando tocar.
Principalmente os iniciantes, que naturalmente têm mais dificuldade pra executar as notas, precisam entender que os instrumentos musicais são muito sensíveis a variações climáticas, e que também as cordas que estão no instrumento, não duram para sempre e possuem sim, prazo de validade, mesmo que estejam com aspecto de novas.

Vejam só nesse vídeo abaixo, uma explicação mais detalhada sobre as cordas.

O que quero dizer pra vocês, é que, independente se é novo ou velho, independente da marca e modelo de instrumento, ele precisa de cuidados básicos. E o que chamamos de, cuidados básicos, é o serviço que realizamos aqui de REGULAGEM.

No serviço de regulagem, além de verificarmos a condição do instrumento, podemos melhorar sua tocabilidade e ADEQUAR essa tocabilidade a pessoa que vai executar o instrumento.
Nada a ver com aquela coisa que alguns fazem de colocar cordas de nylon em violão de aço. Colocar cordas 09 em violão….., afff, isso não existe.

Regular corretamente um instrumento é, ajustar corretamente o tensor, o ângulo de pressão do cavalete e rastilho ou ângulo da ponte, ajustar a angulação e altura da pestana ou nut, colocar as cordas de forma correta, lubrificar as peças e PRECISA VIU, mesmo quando novo.
Tensor não fica no lugar certo pra sempre, a altura das cordas se modifica dependendo do comportamento da madeira, as cordas envelhecem a madeira fica ressecada, e etc.

Não é raro as pessoas nos procurarem, depois de mais de um ano da compra do violão, reclamando da qualidade do mesmo, dizendo que não afina, está duro pra tocar, ou achando que não sabem tocar direito, e etc, quando o problema era só uma regulagem bem feita, e um jogo de cordas novos.

Isso sim faz diferença! Então faça-se um favor, leve seu violão, guitarra, baixo , cavaco, viola a um luthier e pare de sofrer. Concentre-se em tocar e não se matar de dor e cansaço.

Nossa Luthieria fica em Belo Horizonte, na rua professor morais 43, savassi.
Um grande abraço
Henrique Luthier

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Escolhendo os trastes.

Olá!

Nesse post vamos falar sobre os trastes.

Traste é aquela vareta, geralmente de material metálico, que separa as casas do braço do instrumento.

Ele é muito importante, pois além de definir a separação de notas, é nele que executamos as mais variadas técnicas ao executarmos as músicas.

Os trastes podem ser feitos de vários materiais, aqui listamos os mais comuns como:

Níquel-prata: É uma liga constituída geralmente de 18% de nickel, 80% de cobre, e alguns outros materiais como zinco, chumbo e cádmio.

É o material mais comum e mais utilizado hoje em dia nos instrumentos.

Inox: É o famoso aço inoxidável e sua grande vantagem é a durabilidade, pois é mais resistente ao desgaste provocado pelas cordas. Também quando bem polido, fica muito liso e favorece os bends.

Bronze, latão: É pouco utilizado, mas tem o seu grande diferencial na sua cor dourada. O que pode garantir um charme a mais em alguns instrumentos, mas infelizmente não resiste muito ao desgaste das cordas.

Cada material tem um tipo de comportamento diferente, e pode ser mais ou menos indicado dependendo do instrumento e do tipo de corda que ele utiliza.

Os trastes também são feitos em vários tamanhos de altura e larguras, porém não existe uma tabela real de padronização, cada fabricante produz trastes com os tamanhos que escolhe e dependendo do material pode haver variação.

Aqui nos classificamos da seguinte forma:

Fino: No que se refere a largura, um traste fino tem geralmente a largura abaixo dos 2mm e são encontrados trastes com até 1,30mm. São geralmente encontrados em instrumentos mais antigos e também em instrumentos menores como cavaco, bandolim.

Médio: Geralmente estão entre as medidas de 2,03mm até 2,75 , esses são os mais usados, pelos fabricantes tradicionais de guitarra, baixo e violão como fender, gibson, martin, taylor , etc.

Jumbo: De 2,75 até 3.0, são os mais utilizados em guitarras como Ibanez, Jackson, Ltd. 

Dependendo também do tipo do instrumento e do tipo de tocabilidade do músico, podemos selecionar alguns tamanhos diferentes.

Os mais largos geralmente favorecem a tocabilidade mais virtuosa, como técnicas de ligado, tapping, velocidade.

Já os menores são mais confortáveis para acordes por exemplo, mas é claro que devemos ressaltar que em instrumentos pequenos como cavaquinho, bandolim e etc, não existe muito espaço entre as casas do instrumento, o que dificulta a utilização de trastes mais largos.

Porém, isso é apenas a nossa percepção, cada músico pode ter uma visão diferente e isso é absolutamente normal, pois fatores como técnica, força, influenciam na tocabilidade.

Além disso os trastes podem variar em altura. Você pode ter um traste fino e mais baixo, ou fino e mais alto. A mesma coisa acontece com os trastes médios e jumbos. Quanto mais alto é o traste mais distante as cordas e a mão do músico ficam da escala, e isso pode ser bom ou ruim dependendo da técnica do músico. Trastes mais altos são mais fáceis de dar bends, realizar técnicas de velocidade, porém para músicos que fazem mais força ao tocar pode gerar desafinação, pois a pressão nas cordas pode provocar mini bends. 

O pior inimigo do traste é a ferrugem e oxidação das cordas, pois cordas enferrujadas ficam mais abrasivas e acabam por desgastar as varetas com maior facilidade e velocidade.

Com o tempo esse desgaste pode causar trastejo e imprecisão de afinação.

Outra coisa é que, existem fabricantes, que não adotam o procedimento de nivelar os trastes ao fabricar o instrumento, ou não se preocupam em coloca-los corretamente, o que acaba por gerar também essa imprecisão de afinação e trastejo. Então em alguns casos mesmo com o instrumento novo, pode ser preciso realizar uma correção.

Isso pode ser corrigido através de um serviço de desbaste e nivelamento. 

Nesse serviço nos colamos e lixamos as varetas para retirar as imperfeições e nivelamos todas no mesmo nível, com o auxílio de um gabarito e taco retificado. 

Além disso arredondamos e fazemos novamente o polimento das varetas para deixá-las com a aparência de novas e lisas.

Mas existe um limite para esse serviço e em alguns casos é necessário a troca dos trastes, o que é um serviço bem mais complexo, e consequentemente mais caro. por isso fica a dica, se você não quer ter problemas com os trastes do seu instrumento, evite cordas velhas. Sempre que puder use cordas novas.

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Até a próxima!

Henrique Luthier

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Caiu quebrou ! Tem jeito ? Vale a pena consertar ?

Olá pessoal!
Essa é mais uma postagem, que poderíamos ficar discutindo eternamente, mas vamos falar de forma rápida, para facilitar a sua decisão, sobre o conserto do headstock de instrumentos.

Que os instrumentos musicais, tais como guitarra, baixo, violão, cavaquinho, viola e etc, em sua maioria, construído por partes de madeiras coladas são frágeis e delicados, isso ninguém tem dúvida, mas pouca gente tem noção que todos esses instrumentos já suportam altas cargas de tensão, derivadas do tensionamento de cordas, e que simplesmente não se quebram a toa.

Se quiser conhecer mais sobre o tensionamento de cordas, veja esse vídeo abaixo.

Mas seguindo o raciocínio, um instrumento afinado como um violão por exemplo, está naturalmente submetido a uma tensão de cordas em torno de 60 kilos. Quando esbarramos o instrumento em algum lugar, ou o colocamos sob uma situação de estresse, como calor, umidade, por mais que o instrumento seja bem feito, ele vai sofrer. Ao menor esbarrão , esse tensionamento já natural das cordas, se multiplica, e cria uma força tão grande, que o instrumento não é capaz de aguentar e pode vir a quebrar.

O local e região que mais sofre com esse tensionamento, é a cabeça ou headstock do instrumento, onde as tarraxas geralmente estão instaladas.

A quebra nessa região, é difícil de ser recuperada, pois o ângulo na cabeça, dificulta o acesso de grampos e ferramentas em geral, sendo necessário o uso de ferramentas específicas e gabaritos,  para garantir o reparo correto.

Aqui em nossa luthieria, nos sempre pensamos em recuperar essa região de forma a garantir a estabilidade do instrumento, a resistência e manter o acabamento o mais próximo do original possível. 

Veja o exemplo das restaurações, nas fotos:

Você pode perceber pelas fotos, que as colagens estão alinhadas, não há sinais visíveis de colas ou trincas, os instrumentos estão todos visualmente preservados e tem novamente, a resistência necessária para aguentar o tensionamento de cordas tranquilamente, sem variação de afinação.

Uma coisa que você precisa evitar, é levar seu instrumento a um “profissional” que não tenha referências e não seja de confiança pois, não são raros os casos e relatos, de instrumentos que foram levados a pessoas sem capacidade profissional e ao invés de resolverem o problema, a situação acabou sendo piorada.

Aqui, chegam instrumentos, vindo de outros “profissionais”, que usaram parafusos para segurar a região, com retoques mal feitos, em que a região do quebrado é pintada de preto, para esconder o serviço e por falta de capacidade do luthier, em recuperar o acabamento original, etc. Enfim um show de horrores, então na dúvida, não deixe qualquer um fazer essa recuperação.

Devidamente esclarecida a questão que, é possível restaurar sim, a quebra do headstock , vamos aos outros pontos.

E quanto ao custo?

O serviço exige estrutura, não adianta tentar fazer no fundo de quintal. 

As etapas exigidas são:

-desmontagem completa do instrumento,

-recorte de madeiras,

-colagem com grampos e ferramentas específicas,

-lixamento,

-remodelação da madeira,

-preparação da pintura,

-pintura,

-polimento,

-montagem completa,

-nivelamento de trastes e regulagem,

Haja vista a quantidade de processos envolvidos, não há como ser barato.

Porém como temos uma estrutura completa, esse serviço se torna mais rápido e fácil de ser executado, assim o custo é bastante enxuto.

Veja só esse vídeo abaixo, mostrando exatamente como é feito todo o processo:

Sendo assim, para maioria dos instrumentos que são vendidos no mercado, o custo efetivo do reparo, não costuma superar o valor comercial do produto.

Vale lembrar também que costumamos entregar o instrumento já regulado, com cordas novas e pronto pra tocar, e esse custo de ajuste, regulagem é normal a todos os instrumentos que existem, pois precisam ser ajustados de tempos em tempos.

É claro que tem casos em que o conserto, é mais caro que o instrumento, pois alguns, são muito baratos e esses geralmente, são feitos de materiais alternativos, como compensado e mdf, o que torna o reparo inviável.

Então já sabe:

Precisou de um luthier bom em belo horizonte e região? 

Procure nossa Oficina de Luthieria

Abraços do Henrique Luthier

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Como limpar e conservar seu instrumento musical

Instrumentos Musicais feitos de madeira são muitos sensíveis. São construídos com várias partes coladas e que sofrem a tensão de cordas.

Pensando dessa forma identificamos que calor e umidade são os maiores vilões dos instrumentos musicais.

O calor, pode derreter as colagens das mais variadas partes do instrumento, por exemplo o cavalete do violão que pode soltar ao receber muito calor, uma maneira boa de evitar isso é não deixando o instrumento em locais quentes ou que recebam incisão de sol, se for necessário o transporte por exemplo em um porta-malas de carro, pode-se afrouxar as cordas do instrumento para evitar a pressão na colagem em um momento de extremo calor. Além de tudo o clima quente e seco pode causar rachaduras no instrumento.

A umidade, pode causar ferrugem nas partes metálicas e também alterar a resistência das colagens, alem de amolecer e dilatar a madeira. A melhor maneira é evitar locais como porões, guarda roupas, deixar longe de paredes úmidas e etc.

Cases e bags são ideais para proteger o instrumento no transporte, se você for transportar em em porta malas de carro, ônibus ou avião, de preferência ao case, se for transportar com você o instrumento, prefira o Bag que é mais leve e confortável. Nenhum dos dois é indicado para se deixar o instrumento guardado em casa, pois na maioria dos casos são feitos em tecidos que acumulam umidade e a transferem para o instrumento ocasionando empenamentos e descolagens.

Para deixar em casa o instrumento, o ideal é deixar em um suporte de chão com o apoio do braço fora de capas e cases. Se não tiver como guardar dessa forma (caso em casa tenha animais domésticos e crianças), pode-se deixa-lo em um case ou bag, observando de afrouxar as cordas do instrumento caso você não o esteja tocando frequentemente e de vez em quando deixando o case ou o bag abertos para não agruparem umidade.

Revisões periódicas são necessárias, recomendamos pelo menos uma revisão a cada 6 meses, mas você pode ajudar a manter seu instrumento em boas condições. A limpeza deve ser algo rotineiro, existem produtos específicos para limpeza da escala e limpeza da pintura do instrumento, no caso da pintura pode-se utilizar um lustrador ou desengordurante, de preferencia líquida e com um algodão fazer a aplicação e retirar o excesso com uma flanela e pano de microfibra.

Nunca faça isso ! Tenha certeza, um dia alguém vai se assentar em cima !

Para pinturas foscas não é recomendável nenhum produto, apenas utilize uma flanela úmida, e caso a sujeira for muito profunda um pouco de produto desengordurante deve fazer o trabalho.

Para escala, limpe o excesso de gordura acumulada dos dedos com uma estopa e aplique um óleo tipo peroba ou limão para proteção da madeira. Escalas envernizadas devem ser limpas com o mesmo produto de limpeza de pinturas, não utilize óleos ou produtos abrasivos.

E para as cordas, após cada vez que tocar, limpe com uma flanela seca, existem produtos específicos também para essa limpeza como das marcas dunlop, planet waves etc.

E lembre-se cordas velhas e enferrujadas alem de prejudicarem o timbre e a tocabilidade do instrumento, também espalham oxidação por todas as partes metálicas do instrumento, alem de danificar os trastes. Ao aparecerem sinais de oxidação, troque as cordas e evite futuros transtornos!

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Como escolher suas cordas ?

Olá, hoje o papo é CORDAS.

E você já parou pra pensar nesse assunto?

Menosprezado pela maioria esmagadora dos músicos, as cordas tem “segredos” que fazem total diferença no seu instrumento musical.

Pense bem, um instrumento é fabricado para receber as cordas e ser tocado. É na corda que todo o esforço e todo projeto do instrumento entra em ação.

Sendo assim, tudo que existe em um instrumento musical, passa primeiro pelo estudo das cordas e seu comportamento.

Veja o vídeo abaixo onde eu explico melhor esses comportamento.

O principal, é entender que a corda exige esforço do instrumento, e esse esforço tem que ser sustentado pelo instrumento. Sendo assim as recomendações que o fabricante de cada instrumento que é feito deve ser seguida a risca. Ou caso você queira fazer alguma mudança de tipo de corda ou calibre, é importante ter o parecer técnico de um profissional e caso seja possível realizar o ajuste de acordo com o tipo de encordoamento você escolheu.

Além disso, é indispensável aquele cuidado básico, pois nenhum instrumento é indestrutível e TODOS precisam de cuidados e ajustes básicos.

Se você quiser conhecer um pouco mais sobre esses cuidados acesse esse post do nosso Blog.

Se gostou deixe seu comentário e compartilhe com os amigos!

Até a próxima!

Henrique Luthier

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Como trocar as cordas do seu instrumento ?

Essa é uma dica muito importante para você se livrar de problemas e aprender de vez a trocar as cordas do seu instrumento musical, seja ele violão, guitarra, baixo, cavaquinho, entre outros.

Frequentemente desconsiderada por muitos músicos e amadores, colocar as cordas de forma errada no instrumento, trazem vários problemas a seu instrumento. Cito alguns:

– Desafinação constante:
 O instrumento não fica estabilizado em sua afinação, e constantemente é necessária a correção da afinação. Isso porque se a corda não estiver corretamente assentada no instrumento, ela poderá ficar com pontos de frouxidão ou escorregar pelo pino da tarraxa.

– Quebra de cordas:
A corda mal colocada, pode estourar facilmente por ter sido dobrada ou torcida o que não é ideal

– Quebra da Tarraxa:
 É mais comum do que você imagina, principalmente quando se coloca muita corda no pino, ele força o pino e a engrenagem da tarraxa e ao enrolar a corda a engrenagem e o pino podem quebrar.

Sendo assim, destaco a necessidade de se colocar as cordas corretamente.
É importante observar as características de cada instrumento, e respeitar a forma correta de se colocar em cada um.

Veja o vídeo abaixo para entender o processo correto:

Além disso destacamos também a necessidade de saber o correto tipo de encordoamento a ser utilizado para cada instrumento.

 É outra importante maneira de manter seu equipamento em ótimo estado. Se quiser saber mais acesse o link http://luthierbh.com.br/como-escolher-suas-cordas/

 Então é assim, cordas bem colocadas é essencial para todos os instrumentos!

Portanto fique atento, e mantenha seu instrumento em boas condições.

 Um Grande Abraço

Henrique Luthier