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Cavaco – Breve história no Brasil e como escolher um

Além da viola caipira que inclusive foi nosso ponto central de um artigo a pouco tempo, o cavaco ou cavaquinho é outro instrumento típico do Brasil, porém sua origem é de longe.

Neste artigo vamos falar da história deste instrumento e o que você deve observar para comprar o seu.

O cavaquinho, veio pelas mãos dos portugueses, aparentemente no século XVIII. O instrumento já era bem conhecido em portugal. Antes de chegar ao Brasil o instrumento era originario da reginhão do Minho no norte de Portugal, foi introduzido posteriormente na cultura popular do Braga e após isso levado para outros lugares, incluindo naturalmente as colônias portuguesas, que no caso o Brasil era uma delas.

Com 12 trastos na forma original o cavaquinho tem uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-lá-si-mi. Achou estranho ? Pois é, essa é a afinação mais usada desde sua origem. Pode ser encordoado com jogos de aço, mas também de tripa (Portugal). Sua afinação também pode ser em ré-si-sol-sol, mi-dó#-lá-lá, mi-ré-si-sol. No entanto aqui no Brasil como ré-si-sol-ré ou, mais raramente, em mi-si-sol-ré.

O Brasil foi o país que ampliou a linguagem do instrumento, com técnicas e interpretações que inclusive levaram a expressar o brilhantismo de mestres da música como Waldir Azevedo (1923 – 1980), que provavelmente foi o principal responsável por levar este instrumento a um patamar único dentro da música popular brasileira. Foi Waldir Azevedo que desenvolveu um repertório completo para este instrumento e consolidou o instrumento no Brasil.

Consolidação tão forte que hoje muitos acham que o cavaquinho é um instrumento de origem brasileira.

Não podemos deixar de citar alguns nomes importantes da música brasileira em que o cavaquinho é o instrumento principal.

  • Ratinho (1896 – 1972) – Precussor do Cavaquinho no mercado fonográfico brasileiro;
  • Jorge Filho o cavaquinista do grupo Época de Ouro – É um dos expoentes do Choro;
  • Waldir Azevedo (1923 – 1980) – Foi o responsável por elevar o patamar do instrumento, inovando e estabelecendo novas linguagens;
  • Waldir Silva de 1931 – 2013;
  • Bernardo Cascarelli – O Xixa;
  • Roberto Barbosa (1938) – Integrante do Grupo Demônios da Garoa e de imensa habilidade técnica;
  • Paulinho da Viola (1942) – Intensa contribuição ao repertório, valorizou muito o choro e o cavaquinho e elevou a importância do instrumento para o samba;
  • Henrique Cazes (1959) – Dedicado a educação e o desenvolvimento técnico do instrumento no Brasil;
  • Mauro Diniz (1959) – Ajudou na renovação do cavaquinho como instrumento de acompanhamento;
  • Luciana Rabello (1961) – Também com grande contribuição ao repertório musical com este instrumento.

Agora que já conhecemos um pouco mais sobre o instrumento, vamos falar de outra coisa: Como escolher um cavaquinho ?

A primeira coisa a fazer é definir o valor que você vai querer investir para a compra de seu cavaquinho. Cavaquinhos podem ter custos relativamente baixos, mas também podem representar um relativo investimento. Os modelos feitos por Luthiers por exemplo são mais caro devido a exclusividade, o nível de acabamento e os materiais que são utilizados.

Se você esta começando, a dica mais tradicional é buscar um instrumento de custo intermediário, algo entre R$300,00 e R$600,00, porém creio que na verdade devemos pensar diferente. Devemos pensar em qual o seu interesse com o instrumento primeiro, para depois definir um alvo de custo.

Se você deseja apenas um instrumento para diversão exporádica, então não precisa investir muito, os modelos intermediários como citei acima serão bem interessantes, como modelos mais simples também. Porém no caso dos modelos mais simples, deve-se entender que podem haver problemas com as dimensões e até a facilidade para tocar, pois muitos destes instrumentos são feitos de forma mais genérica em países que não têm a tradição de fabricar este tipo de instrumento.

Porém se você deseja ter o instrumento para enriquecer seu repertório, ai sim minha sujestão é escolher o melhor cavaquinho possível. Instrumentos acima de R$1000,00 já podem ser considerados sem problema algum.

Siga as dicas a seguir para buscar um instrumento de bom nível:

1- A dica mais óbvia é, se você vai comprar seu primeiro instrumento, procure ir a loja com alguém que já conheça o instrumento.

2- Cavacos não possuem tensor regulável, por isso observar o braço é muito importante. O ideal é prender a quarta corda no primeiro traste e ao mesmo tempo no décimo segundo traste. Obrserve se a distância entre a corda e o braço estão o mais “igual” possível em toda a extensão. Veja também se o braço não esta empenado, posicionando o cavaco como se estivesse mirando um alvo.

3- Observe a espessura do braço para saber se é grosso ou fino demais, para você, o que pode atrapalhar a execução dos acordes.

4- Veja o tipo de madeira que o cavaquinho é feito. O ideal é que seja feito com madeira maciça, mas isso é comum em instrumentos acima de R$500,00. Abaixo disso geralmente são feitos de laminados. (Aglomerado, jamais).

5- Instrumentos que possuem especificações técnicas são os confiáveis. Não compre instrumentos em que o fabricante ou importador não informe tais dados. No caso dos modelos feitos em luthiarias, a madeiras preferidas são o jacarandá, a faia, mogno (geralmente no braço), ébano na (escala), pinho no tampo.

6- A distancia das cordas em relação ao braço não deve estar muito alta.

7 – Toque o instrumento para sentir se o som te agrada. Diferentes madeiras, produzem sons diferentes, podendo valorizar agudos, como graves. Neste caso é seu gosto que vai mandar.

8 – Observe o tempo de garantia do instrumento. O ideal é que seja de pelo menos um ano. Porém devido aos fabricantes estarem deixando de fabricar o instrumento para terceirizar a fabricação, principalmente na China, a maioria tem oferecido apenas o três meses de garantia que a lei exige.

9 – Compre o cavaquinho pela utilidade e não pelo design. Se você vai na maioria das vezes tocar o instrumento de forma acústica, não compre um modelo fiber, ou sólido ou ainda com corpo vazado.

A título de ilustração, seguem alguns modelos de cavaquinho, geralmente encontrados no mercado:

cavaco
O clássico

 

cavaco
O Paulistinha – Modelo parecido com o clássico, porémm com cintura mais fina e menor tamanho.
Fiber – Normalmente com as laterais e fundos em fibra de vidro.
cavaco
Vazado – Captação, sempre ativa.

Se você não tinha um ponto de partida para a escolha de seu cavaco, então com estas informações acreditamos que agora você esteja bem a vontade para uma boa escolha.

Comente e compartilha suas experiências musicais e sobre o artigo.

Equipe Papo de Música.

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A Viola Caipira – História e como comprar a sua

Um dos instrumentos mais reconhecidos como Brasileiro, hoje não é só visto como um instrumento para a bela música caipira. Hoje vemos a viola fazendo parte de vários gêneros musicais.

… a viola hoje se aventura no rock, no choro, na música erudita e outros, inclusive na MPB geral …

João Araújo – Músico, produtor musical, gestor cultural, pesquisador

É tão brasileiro este instrumento que somente de uns 5 anos para cá encontramos no mercado violas caipiras fabricadas fora do Brasil com boa qualidade e mesmo assim, fabricadas por pedido de empresas baseadas no Brasil que acompanham a forma que o produto é fabricado lá fora.

Apesar disso, o país tem pouquíssimas fábricas que produzem ela no Brasil, devido exatamente aqueles famosos problemas que o pequeno industrial encontra no nosso país.

Há também muitos luthiers pelo Brasil que são especialistas na fabricação do instrumento como por exemplo o Ramon de São João Del Rei. Estes profissionais levam estes instrumentos a evidência no mercado mundial.

A viola é um instrumento que pode ser visto em diversas situações, mas principalmente na música caipira, que aliás, podemos dizer que a partir do gênero caipira, inspirou o desenvolvimento de outros como o sertanejo, o sertanejo universitário. Dois belos exemplos são o trabalho desenvolvido por João Araújo músico, produtor e gestor cultural da Viola Urbana, que muitos acham que se trata de um grupo, mas na verdade é uma empresa que tem como um dos trabalhos o projeto de pesquisa chamado Viola Urbana ao qual já gerou quatro cds e dois DVDs, visando a preservação musico-cultural, fora os 13 CDs e 5 DVDs e os demais trabalhos de terceiros, produzido por ele. No video abaixo vemos João Araújo tocando e cantando Menino da Cidade (música de sua autoria) no palácio das artes em Belo Horizonte.

Música, letra, voz e viola 10 cordas: João Araújo. Arranjo para orquestra: Rodrigo Faleiros. Regência: Carlos Aleixo. Do DVD “Pesquisa Viola Urbana 3”, registrado em 2015 em Belo Horizonte. Saiba mais em: www.violaurbana.com

Outro bom exemplo é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, que também faz belas apresentações, batendo recordes de harmonia e número de músicos tocando viola ao mesmo tempo. Veja a seguir um belo video de um de seus concertos.

Por ser um instrumento presente em praticamente todo o país a viola caipira é conhecida por outros nomes. Provavelmente você já ouviu falar algum destes nomes também: viola cantadeira, chorosa, serena, viola de dez cordas, de pinho, de arame, de queluz, viola cabocla, sertaneja, nordestina, brasileira e vários outros.

No entanto não para por ai. Se considerarmos o termo viola como um grupo de instrumentos, no mundo, obviamente mais no Brasil e em Portugal, tem nomes como: buriti, branca, cabaça, caipira, cocho, doze cordas (não confundir com violão de 12 cordas e com a craviola de 12 cordas, que aliás, fungindo um pouco do assunto, violão de 12 cordas é um instrumento, craviola é outro, que também não é uma viola, apesar de a Giannini que inventou o produto, também desenvolveu uma craviola de 10 cordas com as mesmas possibilidades de afinação de uma viola tradicional.

E a lista segue: machête, nordestina, vindo de Portugal temos a amarantina, beroa, braguesa, campança, madeirense, tercera, terra, toeira.

Clicando abaixo no nome do arquivo, você poderá ter acesso a um arquivo em PDF de autoria de João Araújo – Viola Urbana, com uma tabela e um conjunto de fotos apresentamos os diversos instrumentos caracterizados como viola, mostrando características como afinação, número de cordas, dentre outras.

Mesmo tendo em mente que há diversos tipos de instrumentos, considerados viola, vamos seguir o artigo, chamando estes instrumentos pelo termo mais popular, viola caipira, ou simplesmente viola.

Mas antes apenas uma outra curiosidade: O termo viola caipira, pésquisado pela Viola Urbana, foi observado a partir de 1960, antes começando no início do século XX o nome mais oficial para o instrumento que temos mais costume de manusear hoje, deveria ser mais chamado de Viola Sertaneja ou Viola Cabocla.

Tudo tem um ponto de inspiração e para a viola caipira não foi diferente, como o Brasil foi anteriormente uma colônia de Portugal, era natural que muito de nossa cultura descenda deste país. E foi o que aconteceu com a viola caipira.

No passado em portugal, a partir do século XVI, o alaúde que era um instrumento mais comum entre os árabes mulçumanos, também presentes na região, foi sendo substituido pelas vihuelas e guitarras latinas, vindas da Itália e da Espanha, porém os portugueses não chamavam estes instrumentos por estes nomes.

A predominância destes instrumentos eram para 4 ou 6 cordas duplas (4 ou 6 ordens duplas), vindo a aparecer depois os de 5 cordas duplas (ordens duplas).

Para os portugueses, todos estes instrumentos eram chamados de viola. Guitarras (nada haver com as guitarras elétricas é claro) e violas passaram a ser diferenciadas a partir da virada dos séculos XVIII para o XIX com quando as guitarras passam a ter 6 cordas simples (6 ordens singelas).

A disseminação pelo instrumento no Brasil, pode ter sido feita basicamente pelos viajantes.

Depois disso a história do instrumento se tornou até com certo mistério, pois este instrumento também é muito envolto pelo folclore nacional, tanto é assim que encontramos ela em muitas manifestações brasileiras como a Catira, O Fandango, a Folia de Reis, detre tantas outras.

Mas é na música caipira, também chamada de música de raiz que a viola tem como seu “terreno natural”. A músicas deste estilo atravessam gerações e nunca desaparecem, apenas recebem acréscimos criativos que a renovam.

A moda de viola, é um dos rítmos atribuidos a execução de músicas com violas e provavelmente o mais antigo deles, pela similaridade dele com os rítmos encontrados na Europa da Idade Médial (com alaúdes, guitarras e violas …).

Como os portugueses chamavam tudo de moda, o termo moda para este primeiro rítmo “pegou” aqui.

A Viola Caipira

Quem não conhece nada de instrumentos musicais, pode achar que a viola é um derivado direto do violão, até porque a viola se parece com um violão. No entanto a escala e a caixa de ressonância são menores. A madeira da maioria das violas de qualidade são o pinho ou o jacarandá, naturalmente o jacarandá é mais raro, pois esta madeira é protegida por lei e no Brasil não pode haver corte.

No entanto, apesar das semelhanças com um violão, a viola tem características que a tornam única.

A primeira é a disposição de suas cordas, unidas em pares e totalizando 5 pares. Os dois pares agudos são afinados na mesma nota e altura. Já os três pares seguintes são afinados em oitavas diferentes (cada par é afinado com a mesma nota, porém com a diferença de uma oitava em altura. E as cordas são tocadas sempre em pares e não separadas.

O tamanho da escala e da caixa de ressonância são menores que do violão, como já citamos é a segunda diferença que a torna um instrumento único.

Uma terceira característica são as diversas afinações que geralmente formam acordes abertos como ré maior, sol menor, o que não é comum em outros instrumentos musicais.

Folclore

Viola Capira é um instrumento que tem a cultura popular quase que literalmente grudada ao corpo. E muitos detalhes sobre ela vem de lendas e histórias que não possuem fundamentos firmes.

Por exemplo: A afinação conhecida como Cebolão em Mi, vem da afirmação que as mulheres choram ao ouvir as músicas, fazendo alusão a alguém que corta cebola.

A afinação Rio Abaixo, vem da lenda de que o diabo costumava descer os rios tocando uma viola nessa afinação e a medida que descia, seduzia as mulheres fazendo com que elas o seguissem. Há pessoas que consideram que o violeiro que toca nesta afinação tem um pacto “com o coisa ruim”.

A simpatia da cobra coral verdadeira (venenosa) também é outra lenda que envolve o instrumento, onde acredita-se que realizar esta simpatia, pode trazer o dom de ser um violeiro, pois a lenda também diz que a pessoa recebe o dom de Deus e se isso não acontece, faz-se a simpatia.

Outro mito envolvendo a viola é a crença de que o maior violeiro seja o diabo, por isso tem-se notícias de tantas pessoas que já realizaram os mais diversos reituais na cresça de fazer um pacto com o diabo para se tornarem um grande violeiro. A crença também diz que o diabo não leva nenhum violeiro com ele, pois a crença afirma que no céu os violeiros são muito queridos.

No nordeste vemos também o duelo entre violeiros, onde um violeiro toca diante de outro a fim de disputar quem toca melhor. Geralmente isso acontece porque sempre um violeiro busca dizer que é o melhor da sua região, e sempre tem outro para fazer o desafio.

Talvez muitos já devem ter visto alguns violeiros colocando um guizo de cascavel dentro da viola. Muitos dizem que é para gerar um efeito especial no som, outros que é para tocar melhor, mas a origem é que antigamente acreditava-se que tal artefato dava proteção à viola e ao violeiro, inclusive chegando a quebrar as cordas do instrumento de um adversário.

Caso não tenha clicado mais acima, então clicando aqui, você tem acesso a um PDF resultado de pesquisa de João Alves do Viola Urbana Produções que mostra os vários tipos de viola existente, bem como suas afinações, números de cordas dentre outras informações. Você vai conhecer instrumentos que provavelmente você nem imaginava existir.

A viola caipira não é só um instrumento, é cultura, folclore, tradicão, musicalidade. É difícil encontrar alguém que não tenha em sua mente uma música tocada com viola caipira que representou algo em sua vida.

Como comprar uma viola caipira

Tendo conhecido um pouco mais sobre o instrumento, agora podemos falar sobre a compra.

Vamos é claro tecer este artigo pensando no iniciante, naqueles que tem a vontade de aprender a tocar este instrumento, porém pensando também em enriquecer o conhecimento daqueles que já tocam e por isso ajudando a aconselhar por exemplo alunos ou pessoas que conhecem e desejam iniciar no instrumento.

A primeira informação que precisamos passar é que as violas são diferentes, existem muitos modelos com diferentes níveis e características, que vão agradar a uns e nem tanto a outros. Apenas um detalhe, uma viola nunca pode ser fabricada como se pensa na fabricação de um violão. A viola não é um violão com dez cordas. A viola é um instrumento totalmente distinto. E é isso que define uma viola de péssima qualidade, ou seja, uma viola fabricada como se fosse um violão adaptado.

É muito comum vermos isso em instrumentos de custo muito baixo (R$200 – a R$300,00), pois na maioria dos casos para reduzir os custos de produção o fabricante monta o produto em uma mesma linha de montagem, com pequenas variações.

Assim, se você quer comprar uma viola, lembre-se do velho ditado “o barato sai caro”, não só no sentido financeiro, mas também no sentido emocional. Quando você decide aprender um instrumento, você esta se desafiando e o objetivo de todos que se desafiam, ou desafiam a outro, é vencer o desafio. Os fracaços geralmente nos leva a desenvolver sentimentos ruins é por isso que precisamos sempre lutar para obter mais vitórias que derrotas. E a vitória pelo domínio de um instrumento nos leva a nos sentirmos mais cheios, pois representa não só o aprendizado, mas também o crescimento social e emocional. Por isso a viola de péssima qualidade pode significar um abalo na confiança de uma criança ou adolescente por exemplo, pois começou e não conclui, neste caso porque por estar com um instrumento ruim, não consegue se desenvolver na música. A questão é que o cérebro não entende isso como justificativa, o que gera a sensação de derrota.

Então o primeiro conselho é: Só compre quando tiver o dinheiro para uma viola adequada.

Violas para iniciantes

O ideal é a fabricação de uma viola por um bom luthier, porém vai acabar sendo algo que desanime a grande maioria dos iniciantes, já que o preço é proporcional ao nível de exclusividade. Instrumentos feitos sobmedida, artesanais são sempre mais caros. O preço, nunca menos que R$2500,00.

Para então aqueles que não podem investir em um instrumento destes, existem as opções fabricadas em série. No Brasil as marcas mais antigas em operação são a Rozini e a Giannini, esta última se considerarmos a chegada do fundador tem mais de 120 anos de história, apesar de não sabermos quando realmente a Giannini, foi estruturada como indústria.

A primeira fábrica é o que poderiamos chamar de a grande guerreira, pois ainda em 2020 consegue manter uma linha de produção nacional inclusive para os instrumentos iniciantes. A segunda, Giannini, já não mais fabrica produtos iniciantes no Brasil, porém nem por isso perde em qualidade, pois seus donos por conhecer pessoalmente as empresas que fabricam para eles fora do país, conseguem ter instrumentos próximos de nosso padrão de qualidade, notadamente melhor que o padrão dos orientais em se tratando de instrumentos distantes da cultura deles.

Hoje podemos acrescentar outras marcas de instrumentos que fogem a este tradicionalismo e capazes também de agradar muito. A Eagle por exemplo dona da marca Hofma, possui instrumentos de ótima qualidade. A história da empresa é um pouco diferente. Neste caso foi uma família Sul Coreana que veio para o Brasil e montou uma fábrica de instrumentos musicais em 1983. Desde então são presentes no país com muito destaque, tanto em cordas como em sopros.

Madeiras da Viola

Por estarmos falando de instrumentos com caixa de ressonância, as madeiras usadas na construção são de grande importância para o resultado final do som. As principais madeiras usadas são maple, agathis, spruce principalmente para o tampo, imbuia, jacarandá. As madeiras podem ser maciças como laminados.

Geralmente para instrumentos até R$1000,00 encontramos laminados no tampo e fundo. Mas laminado não significa MDF, MDP ou aglomerado, estes tipos de materiais não são adequados para a construção de instrumentos musicais.

Fabricantes que não apresentam especificações das madeiras não devem ser considerados como uma opção a se comprar. Cuidado com isto !

Tensor

Tensor é uma haste metálica que fica interna ao braço e pode ser regulável ou não. Para violas não tem jeito, precisa ser regulável. Primeiro porque um instrumento destes pode ser afinado em tons diferentes, isso significa que a tensão que as cordas vão exercer sobre o braço vai variar e com isso é necessário equilibrar esta tensão para que não empene o braço da viola.

Tensores dentro de braços – Fonte: StewMac

Segundo porque este tipo de instrumento sofre muito com as variações climáticas, pois é construido para resistir a altas tensões (força que as cordas exercem ao estarem afinadas) o que torna o instrumento muito sensível a dilatação ou contração da madeira, causadas pelo clima local.

Um violão de cordas de nylon por exemplo pode até não precisar de um tensor regulável, pois a tensão que estas cordas exercem é menor e uma variação climática pode não ser tão importante neste caso.

Encordoamento para Viola

Para quem já toca, já deve ter visto a seguinte situação: o terceiro par de cordas, tem com frequência a mais fina quebrada. A pergunta é: Posso trocar só ela e continuar usando as demais ?

Existem acalouradas discussões sobre o assunto, mas vou dar minha opinião com base nos mais de 30 anos de contato com o meio musical (não necessariamente como pesquisardor por todo este tempo). Não repare falar desta forma, mas apesar de ser algo simples, creio ser importante mostrar que já tive a chance de observar o que acontece.

O ideal é trocar todo o encordoamento. Na verdade nos referimos a qualquer corda que quebre, apenas demos o exemplo da mais fina do terceiro par, pois é a que mais frequentemente dá problema.

Mas se o motivo seja um acidente, ou seja, na hora que você esta encordoando, comete um erro e a corda venha a estourar ? Apesar das recomendação ser a mesma, podemos ser um pouco flexíveis neste caso e falar que somente aquela corda pode ser substituida, porém respeitando a mesma marca e bitola.

Na falta das cordas de mesmo modelo, se a corda com problema for plana, ou seja, sem revestimento, pode-se usar uma outra marca, porém na mesma bitola. Neste caso uma corda de violão ou de guitarra também podem servir.

Mas o ideal é ter sempre como padrão a troca completa em caso de problema em uma das cordas.

Um dado importante é como acontece com outros encordoamentos, quando afirmamos que o jogo de cordas é 0.009 ou 0.010, estamos dizendo que a bitola da primeira corda tem esta medida.

Viola elétrica ou viola acústica ? O que é melhor ?

Esta ai um classificação que gera muita confusão. Algumas pessoas, inclusive, profissionais da área podem ficar em dúvida. Muitas vezes a pessoa entende que a viola elétrica é um instrumento que só pode ser tocado conectado a um sistema de som como uma caixa amplificada ou uma mesa de som, porém não é isso.

Quando falamos que uma viola é elétrica, estamos dizendo que ela possui algum sistema instalado para transmitir seu som para um sistema de audio, porém é somente isso, não significa que ela tem “menos” som que um modelo acústico.

Na verdade o corrreto é chamar a viola elétrica de viola acústica eletrificada (ou eletrônica), pois estamos sempre falando de uma viola que possui uma caixa de ressonância que emite sons acústicos, mas também pode ser “plugada” em um sistema de som.

O modelo acústico apenas não tem a parte eletrônica instalada nela.

Existe o modelo de corpo sólido ou de corpo vazado, ai sim neste caso praticamente não há som acústico, mas apenas o som obtido em um sistema de som. Em se tratando de viola, isto é algo raro de se ver.

Então ao procurar uma viola, lembre-se que o modelo elétrico tem a função extra de poder ser ligada em uma caixa amplificada por exemplo.

10 dicas práticas para escolher uma viola

Apesar de termos expressado acima muitas dicas sobre o que vem a ser uma boa viola, em resumo podemos dar dez dicas para você escolher uma boa viola.

1- Quando for comprar sua primeira Viola é sempre bom levar alguém que entenda do instrumento.

2- Comece testando o braço de sua futura Viola. Prenda a 6ª corda no 1º traste e ao mesmo tempo prenda o 12º traste. Desta forma observe a distância da corda em relação ao braço. A distância deve ser o relativamente igual.

Depois apote o braço como se fosse uma espingarda e “fazendo mira”. Se observar o braço envergado para frente ou para tras, pode significar duas coisas: ou defeito ou necessidade de regulagem. Na maioria dos casos o problema é apenas regulagem. O ideal é na loja buscar o instrumento o mais regulado possível. Mas instrumento de corda é como comprar um terno, geralmente precisa de um alfaiate para ajustar, no caso um luthier.

3- Poderíamos sigerir que você procure violas com braços mais finos, porém isso depende. Depende do tamanho de suas mãos, principalmente no volume. Assim a melhor viola pode ser com braço mais largo.

4- As melhores madeiras para viola segundo os especialistas são o agathis, maple, spruce (no tampo), imbuia, jacarandá, porém nada impede de outros tipos de madeira agradar. O importante é observar se o som da viola te agradou e se o fabricante mostra expressamente quais os tipos de madeiras são usados na fabricação.

O tampo e o fundo da viola podem até ser laminados, aliás a maioria das violas abaixo de R$1000,00 serão assim, mas jamais devem ser de aglomerado, MDF, MDP.

5- A distancia entre as cordas e o braço é um fator importante, geralmente o ideal é uma distância de até 4mm entre o décimo segundo traste e a parte inferior da corda.

6- Passe o polegar e o indicador em toda a extensão das laterais da escala, verificando se o viola possui algumas rebarbas nos trastes.

7- O tampo e o fundo são confeccionados geralmente com duas peças unidas ao centro. Verifique muito bem se existe uniformidade na sua confecção.

8- Observe se as tarraxas estão bem fixadas. E no caso dos instrumentos elétricos, se o jack e o pré-amp/equalizador, estão bem fixados.

9- Passe as mãos em cima do tampo e observe se o mesmo está nivelado. Coloque a mão na parte interna da caixa, abaixo do mosaico da Viola e verifique se possui o reforço. Se não tiver, em pouco tempo, o tampo da viola vai empenar abaixo da tala da escala.

10- Não compre uma viola porque você gostou do design ou da cor dela, compre uma viola porque você percebeu que ela se encaixa no estilo de música que você gosta de tocar.

Esperamos que estas informações ajudem a todos a conhecerem mais sobre as violas e também a escolherem bem seu instrumento e porque não, para aqueles que ainda não pensaram em aprender a tocar viola caipira, passem a considerar aprender. Por que não ?

E você ? Já toca ? Esta buscando seu primeiro instrumento, ou busca um novo ? O que achou ? Compartilhe conosco ?

Robson – Equipe Papo de Música e com grandes contribuições e instruções de João Araújo – Viola Urbana Produções.

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Heavy Metal faz bem para a saúde !

Esta ai um assunto que a alguns anos atrás poderíamos presenciar até atitudes de preconceito por parte de muitas pessoas.

Popularmente chamados de metaleiros e metaleiras, as pessoas que tocam ou curtem músicas heavy metal e suas variações, eram vistos como grupos rebeldes, avessos às regras da sociedade e o tempo todo fazendo algo para protestar.

A verdade é que toda expressão artística pode ser vista como uma forma de protesto, ou uma forma de expressar para a sociedade que fazemos parte de um grupo.

O nome protesto parece forte, mas protesto é simplesmente a defesa de uma visão específica.

Mahatma Karanchand Gandhi, advogado, estudioso de ética política, nacionalista e anti colonialista, um dos grandes herois indianos, se contrapôs aos britãnicos através da expressão do amor, da não violencia a fim de promover a independência da Índia da colonização Britânica.

Este artigo foi inspirado em uma postagem de um músico experiente, amigo nosso de São João Del Rei, Raphael Nery que indicou um artigo tratando do assunto e achamos interessante aprofundar um pouco mais no assunto, citando é claro a postagem deste blog.

Creio ser interessante citar uma experiência própria deste que vos escreve. Bom sou coltecano, para muitos este nome não tem muito sentido, mas explicando, coltecano é o termo que se usa para quem estuda ou estudou no Coltec, uma escola técnica que funciona dentro da Universidade Federal de Minas Gerais.

Mas o que tem haver o Coltec com o Heavy Metal e o que isso tem haver com este artigo ?

Esta escola como toda a UFMG, tinha e tem uma vocação para atrair talentos não só em suas áreas específicas, mas também com consciência crítica e independente. Por conta disso a expressão artística tanto no Coltec, quanto em toda a UFMG é generalizado e não só visto nos cursos voltados para a arte, como na Faculdade de Música da UFMG.

No Coltec havia um movimento grande de alunos adeptos do movimento Heavy Metal (musicalmente falando), e essa influência que para muitos era considerado como um problema, era na verdade um dos motivos de a escola ter um alto grau de união entre os alunos, ao ponto de até hoje os alunos e ex-alunos, se reunirem em um festival anual chamado Dia do Filho Pródigo . Eu estive na escola entre os anos de 1992 e 1994 e até hoje é a escola que mais gerou lembranças para mim.

Mas e ai, o que isso tem haver com o Heavy Metal ? Simples, apesar de todo peso das músicas, a expressão agressiva que o estilo passa, quem curte este estilo musical é geralmente o contrário, demonstrando fortes habilidades de convível social, tranqulidade e saúde mental. E esse assunto foi alvo de estudo de algumas instituições de pesquisa.

A baixo vamos apresentar estudos científicos buscando provar os benefícios que este gênero musical provoca nas pessoas adeptas a ele. Estes estudos foram obtidos pela equipe de outro blog, o Mundo de Músicas que fazemos questão de citar, pois realizam também um grande trabalho de divulgação cultural e prática para as pessoas amantes da Música.

Publicado no Journal of Community Psychology um estudo promovido pela University of South Australia, declarou que ouvir música Heavy Metal melhora a saúde mental do indivíduo.

De acordo com o estudo, sons mais agressivos, possuem um efeito positivo em pessoas de 18 a 24 anos, que também estão envolvidas com o gênero musical Heavy Metal. Este engajamento tanto musical como social, dentro de sua comunidade promove uma mentalidade benéfica a seus elementos.

Os adeptos do gênero musical, segundo os estudos, concluiu que estes jovens tendem a sentir-se protegidos dentro da comunidade, o que ajuda a não se envolverem com drogas, violencia e claro, problemas com a polícia. E porque isso acontece ? Pelo simples fato dessas pessoas terem foco na busca de amigos. Em um abiente de amizade, a tendência é o crescimento e não a auto destruição. Drogas, violencia e crimes não têm espaço em ambientes positivos.

A inusitada conclusão da pesquisa, pois a primeira vista as músicas com som pesado do Heavy Metal levariam a gerar violencia, na verdade acontece exatamente o contrário. O estudo indicou que a sonoridade pesada ajuda os apreciadores a lidar melhor com os problemas pessoais, impulsionando ainda o amadurecimento dos jovens que enfrentam problemas de natureza social e familiar.

Ouvir Heavy Metal faz bem !

O psicólogo Nick Perham, professor da Universidade Metropolitana de Cardiff no País de Gales, buscou a entender como o Heavy Metal pode trazer benefícios a saúde.

Segundo seus estudos ele diz que a má reputação que muitos imprimem neste gênero musical é injusta, pois estas músicas ajudam as pessas a serem mais generosas e fortalecem a capacidade intelectual do cérebro.

No estudo de Nick Perham, que foi publicado no “The Conversation” , importante portal de conteúdo acadêmico dos Estados Unidos em Julho de 2019, ele integrou uma série de estudos de pesquisadores ao redor do mundo, para expressar suas conclusões. Conclusões estas que afirmam que os fâs de Heavy Metal são mais abertos a novas experiências do que outros, seguindo também as afirmaçãoes da Associação de Psicologia dos EUA.

Oficina G3 – Banda Heavy Metal Gospel

Segundo mais pesquisas, pessoas com depressão e/ou com ansiedade excessiva, tendem a procurar este estilo musical, por se tratar de sons complexos e ajudam a aliviar a dor emocional que sentem.

Um estudo da Royal Society diz que a idéia que as letras da músicas deste gênero terem conteúdo violento, vão por consequência incitar a violência, é falso.

Na mesma linha outra pesquisa publicada no jornal “Self and Identity”, concluiu que os seguidores do heavy metal a longo prazo se tornam pessoas mais felizes e ajustadas. O estudo chega a afirmar que inclusive estas pessoas terão índices de felicidade e equilíbrio maior que os fãs de outros gêneros musicais.

Enter Sandman – Metallica

O Psicólogo Dr. Nick Perham ainda citou o seguinte:

Apesar das letras muitas vezes serem violentas em algumas canções de Heavy Metal, as pesquisas publicadas recentemente mostraram que os fãs não são sensibilizados com a violência, o que põe em dúvida os efeitos negativos anteriormente assumidos da exposição a longo prazo a essa música. De fato, os estudos mostraram que os fãs a longo prazo eram mais felizes durante a sua juventude e melhor adaptados na meia-idade em comparação com os seus colegas que não são fãs. Outra constatação é a de que o Heavy Metal não aumenta a raiva em quem ouve, mas sim as suas emoções positivas, sugerindo que ouvir música extrema representa uma maneira saudável e funcional de processar a raiva.

O Heavy Metal promove em seus ouvintes e músicos um aumento de sensações positivas, além de tender a estas pessoas a uma melhor capacidade intelectual, facilitando uma participação mais eficiente nas atividades acadêmicas.

O que aprendemos com estes estudos:

Primeiro que certas afirmações da sociedade são apenas fruto de uma tendência preconceituosa, mas uma tendência a gerar opiniões voltadas mais para o lado comercial do que realmente o lado artístico.

Além disso as pessoas tendem a associar o que vêm com certos comportamentos desconectados. O que causa a violencia por exemplo não é uma expressão agressiva, como acontece em shows de heavy metal, mas sim o constante “aprisionamento das pessoas”, por condições que a própria sociedade gera.

No heavy metal por exemplo as pessoas tendem a liberar sentimentos guardados e por isso se tornam mais tranquílas. É exatamente o contrário do que a opinião leiga nos faz pensar.

E o que você acha deste artigo ? Gosta de heavy metal ? Quais suas bandas preferidas ? Comente sua experiência ?

Robson Oliveira – Equipe Papo de Música.

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História do Ukulele

Ukule é o nome de origem havaiana, porém o instrumento não foi necessariamente criado no Havai, apesar de ter sido adaptado para os gostos locais, o instrumento era mais conhecido como manchete e foi criado na Ilha de Madeira em Portugal. O manchete e por consequência o ukulele, é um instrumento que descende de outros instrumentos criados na Europa.

O instrumento chegou ao Havai pelas mãos de imigrantes portugueses ao longo do século XIX. Estes imigrantes foram para o Havai em busca de trabalho em fazendas de cana de açucar.

No idioma local ukulele significa pulga saltitante e o motivo por ter sido chamado desta forma ninguém sabe ao certo. A versão mais aceita é que devido o longo percurso entre Portugal e o arquipélogo Havaiano, algo em torno de quatro meses de navegação, um imigrante que tinha e tocava um manchete, ficou tão feliz por ter avistado terra, que quando o navio aportou em Honolulu, este imigrante pulou para fora e começou a tocar freneticamente, o que fez os nativos assimilarem aquela cena com pulgas saltitantes.

Rapidamente o instrumento se tornou popular no arquipelogo, agradando os nativos e inclusive o próprio Rei David Kalakau. De forma inteligente, ao perceber que o Havai estava recebendo muitos missionários europeus que tinha não só o objetivo de evangelizar os havaianos, mas também implementar uma forte influência europeia na cultura local, o Rei passou a usar o instrumento para valorizar a cultura local, usando o instrumento, já rebatizado para ukulele, nas cerimônias reais e na música tradicional, a Hula.

Rei David Kalakau

Quando o trabalho nos campos de cana de açucar, foi se tornando escasso, muitos portugueses, se mudaram para a capital havaina e passaram a ganhar a vida construindo o instrumento, culminando com exportações para as Américas.

O Ukulele no século XIX não foi tão bem apresentado ao mundo pelos portugueses que viviam no Havai, nem pelos próprios havaianos. Foi só no início do século XX que o instrumento ganhou fama, começando por uma famosa exposição chamada Panama Pacific International Exposition uma feira mundial que celebrava a construção do Canal do Panamá e a reconstrução da Cidade de São Francisco (EUA), vitima de um grande terremoto em 1906. Nesta feira pela primeira vez, havainos tocaram o instrumento fora do arquipélogo.

Naturalmente o instrumento se espalhou pelo Estados Unidos e depois para todo o mundo.

A popularidade do instrumento explodiu, quando entre os anos de 1915 e 1920 os fabricantes viram as oportunidades que o instrumento oferecia, passando a ser fabricado também em Nova York, de lá a popularidade foi as alturas.

Foi a partir dai que o instrumento foi se modernizando, onde começou a surgir os modelos soprano e tenor, além de padrões diferentes de cores.

A alta demanda, fez com que o volume de instrumentos fabricados, fosse gigantesco, o que baixou os preços e com isso, muitas pessoas tinham acesso, principalmente aqueles que queriam um instrumento para iniciarem no mundo da música.

Mesmo assim, entre os anos 1930 até os anos 1960, o instrumento perdeu popularidade, o pop-rock provavelmente foi o motivo.

No entanto no Japão e no Canadá o instrumento se manteve popular, onde era até ensinado nas escolas, no caso do Canadá.

Atualmente o ukulele, esta novamente popular, tem mais variedades ainda como o de seis cordas, modelos com eletrônica, há até um modelo barítono. A Eagle dona da marca Shelby de instrumentos musicais, possui vários modelos deste instrumento no Brasil

A internet tem seu grande papel nessa retomada, os blogs e as vídeo-aulas mostram o valor desse instrumento. Essa popularidade fez com que surgissem diversas marcas boas de ukulele. O instrumento ainda é associado a cultura do Havaí, mesmo com sua popularidade ele não mudou muito daquilo que os havaianos se apaixonaram nos anos 1800.

No Brasil o instrumento ficou muito conhecido por causa do saudoso cantor Israel Kamakawiwo e da banda Beirut. Vários músicos brasileiros utilizaram o instrumento em seus repertórios.

E você já tocou um ukulele ? Tem um ukulele ? O que acha do instrumento ?

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História dos Violões Yamaha

Os violões Yamaha existem há mais de 60 anos e a própria empresa há mais de 100 anos. Em 1887, Torakusu Yamaha fez seu primeiro órgão de palheta e começou a receber pedidos para construir outros. Em 1897, a Nippon Gakki Co. Ltd. foi fundada com Torakusu como presidente da empresa.

Nos mais de 40 anos seguintes, a Yamaha produziu órgãos, pianos, gaitas, móveis, fonógrafos e, finalmente, seu primeiro violão em 1942. Em 1965, um ano depois que os Beatles fizeram sua lendária aparição no Ed Sullivan Show, a Yamaha iniciou a produção de instrumentos de corpo sólido. As guitarras. Em 1966 no ano seguinte, vieram os baixos elétricos.

Na década de 1970, a Yamaha começou a chamar a atenção de grandes artistas como Carlos Santana e Bob Marley por causa da excelente qualidade e design do instrumento. As guitarras da Yamaha estavam sendo construídas para produzir um tom quente poderoso com uma sustentação incrível. Além disso, o “Broad Bass” foi lançado em 1977 e rapidamente chamou a atenção de baixistas famosos de todo o mundo, incluindo Paul McCartney.

No final dos anos 80, a Yamaha abriu uma fábrica em North Hollywood, Califórnia. Lá eles começaram a produzir violões, e para isso buscavam convidar músicos profissionais, para ajudá-los e aconselhá-los sobre o que eles gostariam de ver em seus violões.

Aliás uma das razões do sucesso dos instrumentos Yamaha e o design de cada modelo. Falando de violões, cada instrumento deve ter um tom e resposta equilibrados aos graves e agudos que se complementam.

Um exemplo do design Yamaha é a articulação do “pescoço” do instrumento no formato de calda de andorinha, introduzido na década de 1970, que porporciona uma melhor junção do “pescoço” com o corpo do instrumento. Tal junção também em madeira, ajuda na transmissão das vibrações entre as partes, produzindo um tom equilibrado.

A Yamaha também produz com um blend de madeiras de qualidade, com o objetivo de produzir um ótimo som em cada violão, onde os agudos duram mais e o músico consegue ter maior controle das notas.

Outra característica importante é o cuidado com a laca que é aplicada na proteção das madeiras utilizadas nas partes externas. Com isso eles buscam manter um ótimo relacionamento de colaboração com os produtores de laca, a fim de que seus violões recebam este material praticamente personalizado para eles.

É por causa deste histórico que muitos artistas não abrem mão de um instrumento Yamaha, tanto para palco como para estúdio. Alguns dos grandes artistas que tocaram com instrumentos Yamaha ao longo dos anos são Michael Anthony, John Denver, John Lennon, Bob Marley, Brian May, Paul McCartney, Jimmy Page, Carlos Santana, Bob Seger, Billy Sheehan, Paul Simon, Bruce Springsteen, e James Taylor.

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Os cuidados com seu violão durante o verão.

O verão já chegou e, para muitos músicos e também entusiastas, isso significa sair para fazer música ao sol. Mas com o clima mais quente e para muitos com todas as viagens com seu violão, é importante lembrar que seu violão precisa de cuidados. Mudanças de temperatura e umidade podem afetar seu violão e, em alguns casos, podem causar danos. Então, como você cuida do seu violão durante o verão ou quando viaja? Continue lendo para conhecer algumas boas dicas.

Não deixe seu violão no carro quente.

Pense no seu violão como seu animal de estimação. Se estiver muito quente para deixar seu cachorro no carro, também não deixe seu violão lá. Ao viajar com um violão em um dia quente de verão, a exposição ao calor extremo dentro de um carro pode amolecer as colas de madeira de um violão e a ponte se soltar sob a força da tensão das cordas. Em casos extremos, outros componentes do violão podem até começar a se soltar também, como por exemplo o tampo, a escala.

Se você precisar manter seu violão no carro em um dia quente, tente encontrar uma vaga de estacionamento com sombra. Se não encontrar, procure colocar aqueles protetores reflexivos e deixe as janelas com frestas.

Tenha cuidado ao viajar de avião com seu violão.

Idealmente, você só deve levar seu violão em um avião (despachando como bagagem) se tiver um estojo aprovado pelos órgãos de segurança áereo portuários.,Marcas como SKB são adequadas a estes padrões. Eles são construídos para proteger do seu violão resistindo a quedas e impactos sem danificar seu instrumento, e são equipados com travas que não precisarão serem quebradas por órgão como a Polícia Federal ao realizarem revistas.

Várias companhias aéreas permitem o transporte de instrumentos musicais dentro da cabine, porém isso pode significar que o instrumento poderá ser sua única bagagem de mão. Por isso a importância de ter um estojo adequado caso você viage com frequência.

Nos Estados Unidos por exemplo, através de seu órgão de segurança de vôo, Transport Security Administration (TSA), fornce informações para viajantes a este respeito. Segue o link: www.dot.gov/airconsumer/air-travel-musical-instruments .

No Brasil não encontramos informações oficiais a este respeito. Por precaução, vale a pena perguntar a companhia aérea que você estiver utilizando.

Use um detector/medidor de umidade (higrômetro).

Entender as condições de umidade ao redor do seu violão e como elas podem afetar seu instrumento é o primeiro passo para entender como cuidar do seu violão. Dependendo das condições do verão em que você mora, pode ficar muito úmido lá fora.

Um ar condicionado tende a diminuir a umidade relativa, o que pode ajudar, quando estiver guardado, porém nem sempre isso é possível nós sabemos. De qualquer maneira, certifique-se de usar um higrômetro digital (eles são mais precisos). Ele pode ser mantido na sala onde você guarda seus instrumentos, ou, melhor ainda, dentro do próprio case.

Use pequenos pacotes de sílica ou carvão de bambú no case para absorver a umidade excessíva. Uma outra forma é secar o interior do estojo (sem o violão é claro) com um secador por um tempo de 10 minutos. Os pacotes de sílica ou carvão de bambú devem ser trocados a cada 60 dias no máximo.

Para locais em que o clima esta muito seco, como por exemplo Brasília em algumas épocas do ano, é preferível deixar o instrumento sempre guardado no case, pois não só a umidade danifica, mas também a baixa umidade.

O uso de umidificadores é recomendado.

Limpe seu violão com frequência e troque suas cordas periodicamente.

O clima quente propicia mais transpiração e por consequência mais sujeira e oxidação nas cordas. Excesso de sujeira e oxidação nas cordas vai piorar o timbre do instrumento.

Condicione a escala de seu violão.

Depois de remover as cordas, cubra a boca do violão com uma toalha e limpe o braço da guitarra com lã de aço. Esfregue sempre longitudinalmente e com cuidado para não deixar a lã tocar o corpo do violão. Se aparentar seco, adicione óleo condicionador específico. A melhor forma de aplicar óleo é com um pano de micro fibra. Quando aplicar o óleo, você não deve perceber nada como se estivesse molhado, mas apenas o brilho caracterísito. Estes cuidados evitam rachaduras na escala.

E então, o que você achou ? Como você cuida de seus instrumentos de corda ? Tem algo a sugerir ?

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A crise das guitarras ?

Olá pessoal, hoje falaremos do mercado de guitarras.

Nos últimos meses fomos bombardeados com notícias de “falência” da Gibson, que o mercado da guitarra está em decadência e que o instrumento está em extinção, etc.

É claro que mediante essas notícias, podemos deduzir que as coisas já não estão boas como em outros tempos, mas será que estamos fazendo a relação correta dos fatos? Será que os tempos áureos das guitarras estão realmente acabando? 

No meu ponto de vista, nós aqui do Brasil estamos misturando um pouco as coisas, e nesse artigo eu  vou tentar separar os fatos para não haver bagunça.

Primeiramente, já, a vários anos no mundo, a guitarra deixou de ser destaque na música, isso porque os estilos musicais que a valorizam como o rock e blues já não são tão divulgados nas mídias como em outros tempos.

A falta de material novo, de destaque e diferenciado é evidente. As bandas antigas ainda permanecem fortes mas aos poucos vão se extinguindo e seu público também.

As bandas novas que aparecem, pouco parecem se importar com a essência da música e com o gosto dos ouvintes, parecendo mais um pacote pre moldado de mídia para se enquadrar aos padrões comerciais vendáveis.

Porém mesmo fora da mídia temos ótimos trabalhos acontecendo e músicos geniais fazendo a diferença e levando a música adiante mesmo que as vezes sem o devido retorno financeiro merecido.

Para conhece-los é preciso sair dos veículos tradicionais e ir buscar informação. Felizmente hoje em dia temos vários canais de divulgação de fácil acesso, sendo assim, se o público procurar, vai achar.

Agora falando mais do instrumento, ele ainda é muito forte em todo mundo, continua presente e participando de todos os estilos musicais, como pop, rock, sertanejo, axé, etc, mas aqui no Brasil tivemos uma queda brusca das vendas nas lojas, o que pode ser explicado pela crise financeira, o aumento do dólar e os nossos impostos. Some, a dificuldade financeira do brasileiro, com o aumento natural dos preços pela inflação e cotação do dólar, a tributação brasileira que em alguns casos chega a praticamente dobrar o valor de um produto(mais de 100%), o resultado não poderia ser outro. Não só na guitarra mas como no mercado em geral de música.

Nos últimos 5 anos, vários lojistas, importadores, e fabricantes fecharam as portas, ou diminuíram muito de tamanho, pois simplesmente o público não tem mais condições de adquirir novos produtos musicais.

É tão ridícula a situação que chega ao ponto de um jogo de cordas que custa de 3 a 4 dólares nos EUA, ser vendido aqui no Brasil por 40 reais. Faça uma conta básica 4 dolares convertidos para real seria algo em torno de 13 a 15 reais. Diferença de quase 30 reais sendo absorvida por frete, impostos e margem de lucro.

Quando comparamos então com um instrumento como a guitarra Gibson ou Fender, aí a diferença é absurda. 

Enquanto nos EUA você compra uma guitarra dessa marca por algo em torno de 800 dólares, por aqui não irá encontrar em uma loja com importação devidamente legalizada e nota fiscal por menos de 6 mil reais. Veja bem convertendo os valores a diferença passa de 3 mil reais. Mais que o dobro do valor do instrumento.

Vejo vários brasileiros colocando a culpa da “falência” da Gibson por causa de seu preço elevado, mas poucos sabem que a realidade é que um instrumento dessa marca só é tão caro aqui por causa dos impostos incidentes na importação e revenda do produto.

Nenhum lojista se arriscará a colocar na prateleira um produto de alto valor, pois além de demorar a ser vendido a margem de lucro de venda é baixa.

Para os bolsos dos americanos é perfeitamente adequado o valor do produto, e tem mais , além de instrumentos de ponta, ainda existem os mais baratos como as segundas linhas de instrumentos, no caso da Gibson temos a Epiphone e no caso da Fender tem a Squier, que são ainda mais baratos e se comparados aos padrões brasileiros é quase de graça.

Gibson passa por uma crise sim e realmente quase faliu, mas é muito mais uma crise de má gestão, de escolhas erradas do que efetivamente queda de vendas de guitarras. Lógico que aqui estamos falando de mercado global e não Brasil.

Portanto a confusão que eu vejo em várias discussões de brasileiros dizendo que a Gibson está falindo por ser cara demais, só se reflete infelizmente aqui em nossas terras.

Agora uma coisa precisa ser dita, já passou da hora dos músicos brasileiros se atentarem a evolução dos produtos musicais e de passarem a procurar qualidade ao invés de simplesmente um modelo pre moldado e comercial. No mundo das guitarras, existem opções muito além de Fender ou Gibson, e muito além de modelos como Strato, Tele e Les Paul.

É nítido o aparecimento de várias marcas com evoluções significativas, e novos designs e materiais, só que isso está acontecendo apenas lá fora, por aqui ainda só se fala de fender e gibson. 

Então meus caros amigos, a guitarra está evoluindo e tomando novos rumos, no mundo inteiro, infelizmente por aqui só vamos descobrir isso daqui a 30 anos. Mas minha dica é, larguem essas crenças mitológicas de instrumentos, e procurem fazer musica nova e boa!

E você o que acha desse assunto? Deixe seu comentário abaixo!

Um Grande Abraço e até a próxima.

Henrique Luthier BH.

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Como comprar seu primeiro violão ou guitarra ?

Escolher um primeiro instrumento musical parece algo simples. Na verdade até pode ser, porém, se você deseja realmente aprender a tocar, deve também respeitar este momento, pois compra um instrumento que não lhe cause satisfação ao usa-lo em seus estudos, pode te desencorajar a tocar. Vamos falar neste artigo especificamente da compra do primeiro violão ou guitarra. Mas a lógica pode valer para outros instrumentos musicais.

Estamos aqui para ajudar! Abaixo, listamos as perguntas mais importantes para você fazer e como encontrar as respostas certas para você.
 
Que tipo de guitarra ou violão você quer?
 
Em um nível muito básico, existem vários tipos de violões – Mas em resumo são os acústicos, os acústicos elétricos passivos, os acústicos pré-amplificados, os de corpo sólido, ou ainda os que possuem apenas um arco como corpo. Estes podem ser tradicionais ou baixos (baixolão).

Da mesma forma para as guitarras temos: As sólidas, as semi-acústicas e as acústicas, sendo que podem ser tradicionais e baixas (baixo elétrico)

Os violões são ótimos, pois não precisam de um amplificador separado; o som que eles produzem vem do corpo do violão (observe que um violão “eletroacústico” é apenas um violão com um captador para que possa ser conectado diretamente a um amplificador, embora também funcione sem um amplificador), podem também serem chamados acústicos elétricos passivos e acústicos pré-amplificados. Os violões podem ter cordas de aço ou nylon. Já os baixolões que citamos, em sua gigantesca maioria usam cordas de aço.

Um dado importante é que cordas de nylon são mais fáceis de tocar, além de serem menos desconfortáveis no início.
 
Guitarras elétricas têm cordas de aço, por isso podem ser mais difíceis de tocar e também requerem um amplificador separado. No entanto, eles oferecem uma gama mais ampla de tons quando conectados a um amplificador ou pedais de efeitos, incluindo o som clássico de rock distorcido ouvido em milhões músicas.
 
As guitarras baixo, ou simplesmente baixo, geralmente têm apenas quatro cordas, apesar de terem modelos de 5, 6 e até 8 cortas (não vi um de 7 ainda), que são afinadas uma oitava abaixo das guitarras elétricas ou violões. Eles também desempenham um papel diferente, na medida em que são principalmente um instrumento de apoio projetado para fornecer peso final a uma banda completa, o que significa que eles não são tão adequados para tocar por conta própria. Dito isto, o baixo é uma parte essencial de qualquer banda e os baixistas estão sempre em alta.
 
Para ajudá-lo a decidir que tipo de guitarra ou violão escolher, dê uma conferida no que seus artistas preferidos tocam – é um elétrico como Jimi Hendrix ou Kurt Cobain, ou um acústico como Ed Sheeran ou KT Tunstall? A maioria das guitarras vem em versões destra ou canhota, embora as guitarras canhotas geralmente precisem ser solicitadas, pois são de menor demanda.

Que estilo e forma você quer?
 
As guitarras têm todos os tipos de formas e tamanhos, desde as icônicas Fender Stratocaster e Gibson Les Paul até uma gama quase infinita de designs estranhos, maravilhosos e absolutamente horrendos. Fundamentalmente, o que você procura é muito uma questão de gosto. Pense nisso como comprar roupas; não há certo ou errado, apenas o que você acha adequado, parece bom e faz você se sentir confortável. Se você está comprando para outra pessoa, veja que tipo de guitarra as pessoas que elas admiram e escolha uma cor que elas gostem.
 
Guitarras, baixos, violões e baixolões também vêm com o que é conhecido como “cutaway” – uma seção do corpo da guitarra é removida para permitir que você toque as notas mais altas, o que significa que o instrumento é mais versátil.
 
Quando se trata de violões, observe que o tamanho afeta mais do que apenas a aparência do instrumento – um corpo maior será mais alto que um corpo pequeno -, portanto vale a pena levar isso em consideração também. Vamos publicar um artigo falando sobre cada estilo de violão e guitarra em breve. Aguarde.

Quanto você quer gastar?

Como na maioria das coisas, quando se trata de comprar uma guitarra ou um violão ou outro instrumento, você obtém o que paga. Existem alguns produtos extremamente baratos no mercado que podem parecer ser uma boa opção para começar, porém lembre-se, aprender a tocar um instrumento, significa também expressar sentimentos e tentar fazer isso com um instrumento que não consegue o mínimo de funcionalidade é simplesmente colocar um obstáculo em seu aprendizado. Não vale a pena. Lógico que isto pode fugir a regra, mas normalmente um violão de R$189,00 dificilmente atenderá. Mesmo sendo um instrumento mais em conta, procure ousar mais e colocar como piso o valor de R$350,00 em sua busca. Os instrumentos extremamente baratos geralmente são mal construídos, portanto, não serão confortáveis ​​de tocar e não durarão muito.

Acessórios
 
Há uma enorme variedade de acessórios disponíveis para violões, guitarras, baixolões e baixos, alguns poderiamos dizer que são “obrigatórios” e em várias lojas temos kits com o instrumento e tais acessórios.
 
Alguns acessórios que você deve considerar adquirir junto:
• Um suporte para que você tenha um lugar para colocar seu instrumento com segurança quando não estiver em uso
• Uma alça para tocar o instrumento em pé
• Uma bolsa Case ou Gig para manter o instrumento seguro quando você estiver se movimentando
• Uma palheta (ou duas) para ajudar com dedilhar e escolher
• Um pedal de efeitos (ou mais) para oferecer mais versatilidade tonal à seu instrumento (mais comuns quando estamos falando de guitarras e baixos.
 
O ideal é você pegar um instrumento e se apaixonar por ele. É aí que a mágica acontece e seu caminho para o estrelato realmente começa …

Já comprou seu primeiro instrumento ? Qual foi ? Já toca a muito tempo, nos conte, qual foi seu primeiro instrumento ?

Equipe Sônica.

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Captadores para violão ! A explicação definitiva !

Quando falamos em captadores, a primeira imagem que vêm a mente são os captadores de guitarra, que produzem aqueles sons clássicos de rock, cowntry, jazz ou heavy metal, que sempre lembramos. Porém tem uma outra categoria muito importante destes captadores, que são aqueles que equipam muitos violões, sejam eles simples, ou extremamente renomados como Taylor e Martin.

Aliás a guitarra surgiu a partir do momento que se buscou amplificar o som de um violão, através da criação de um “híbrido” de microfone e captador sob as cordas do mesmo. Neste momento surgiu a idéia da guitarra e do baixo elétrico. Mas estamos aqui para falar dos captadores para violão e por consequência de instrumentos que possuem o mesmo princípio de acústica, como cavaco, ukulele, violinos, violas caipira e de arco, cellos, baixolóes e baixos de orquestra, etc.

Hoje temos muitos fabricantes com diversos sistemas de captação. Cada sistema tem seu valor e utilidade. Muitas vezes um sistema considerado extremamente sofisticado, pode não servir para uma determinada aplicação ou necessidade.

Neste artigo, vamos mostrar os diversos tipos de capatação para instrumentos acústico com ênfase nos violões, suas vantagens e desvantagens, para que você ao investir em seu instrumento, saiba como buscar uma solução adequada para você.

A escolha deve ser baseada no tipo de ambiente que se toca, no equipamento que vai ser usado para amplificar o som, no custo que você poderá investir e o modelo de instrumento que você estiver utilizando.

Uma das maiores dificuldades do violão acústico captado é a microfonia gerada entre o som da caixa de ressonância do violão ou outro instrumento e o das caixas de som que estão sendo utilizadas no ambiente. Violões com caixas menores (e consequentemente com menos som acústico) tem esse problema reduzido.

Alguns modelos tem o corpo mais fino e não tem boca, sendo criados especificamente para reduzir o problema da microfonia. Vejam na figura abaixo o violão Godin Multiac ACS-AS Slim que é um bom exemplo de instrumento projetado para palcos. Seu som acústico não é tão bom, na verdade seu som acústico definitivamente não é bom, mas o resultado da sonoridade quando plugado é excelente.

Neste caso a captação foi projetada sem considerar o fator microfonia praticamente e para melhorar ainda mais o resultado a captação deste modelo é feita corda a corda individualmente.

Outra solução bem interessante encontrada por algumas marcas, foi criar um instrumento que é composto do braço e um arco para permitir a montagem da escala e partes eletro-eletrônicas. Neste caso a acústica é praticamente zerada e problemas com microfonia não existem.

A foto abaixo é do modelo Yamaha Silent SLG 110N.


Antes de falarmos dos tipos de captadores, como tocamos no assunto microfonia, é sempre bom nós músicos ou entusiastas por instrumentos de cordas, principalmente violões ter para o caso de instrumentos com caixa de ressonância acústica, ter um redutor de microfonia, ou no feedback, para reduzir estes efeitos, como o mostrado a seguir:


Existem basicamente quatro tipos de captação e vamos agora explicar cada uma delas:

Captação pela boca

Esta captação é geralmente magnética, como um captador de guitarra, onde temos basicamente um imã no centro de um enrrolamento de fio de cobre, ao qual quando as cordas são tocadas, as vibrações induzem um correte elétrica variável, que ao ser enviada para um amplificador é traduzida no som do instrumento musical (violão, baixolão, ukulele, etc).

Captadores desse estilo são os precussores das guitarras na era da big band do início do século XX. Seu tom tem um pouco do brilho e calor de um captador de guitarra elétrica de bobina única (single coil), que muitos músicos apreciam.

Esses captadores, juntamente com os captadores piezo, são os tipos mais comuns, inclusive, porque em muitos casos podem ser instalados facilmente e até retirados facilmente sem mexer com a estrutura dos instrumentos.

É mais indicado para violões e outros instrumentos com cordas de aço.

VANTAGENS: Menor custo, geralmente fácil de instalar sem modificar o violão.

DESVANTAGEM: Propenso a feedback, por isso a necessidade do músico ter um redutor de ressonância sempre a mão, como o citado acima.

Nas figura abaixo mostramos um modelo da Fishman.


Captador Piezo de contato

Esta opção é muito prática e funciona muito bem como um captador definitivo, ou seja, instalado no interior do violão, ou de forma móvel, instalado por fora, apenas com um adesivo segurando ele sobre o tampo. Deve ser colocado próximo ao cavalete e pode ser simples, duplo, triplo ou quádruplo.


A sonoridade é bem fiel ao som do violão acústico, porém, como no magnético, cuidados para minimizar problemas como microfonia, devem ser tomados. Para violões com cordas de náilon seria melhor utilizar o captador de contato do que o captador magnético, porém neste caso este tipo de captador também serve para os instrumentos de cordas de nylon.

VANTAGENS: Tom brilhante e percussivo. Menos propenso microfonia que os captadores magnéticos, mas mesmo assim como afirmamos merece cuidados.

DESVANTAGENS: o tom pode ser anasalado se usado sem nenhum tipo de equalização, como por exempo uma caixa amplificada sem controles de grave, médio e agudos. 

Captação de rastilho ou captação piezo sob o rastilho

A captação de rastilho é uma peça que fica abaixo do rastilho e tem o princípio de funcionamento semelhante ao captador piezo, a diferença é que por ser comprida e estreita, dica abaixo do rastilho e em contato mais próximo com as cordas, ao invés de em contato direto com o tampo do instrumento. Este é o sistema mais difundido para captação de som de instrumentos de cordas, principalmente quando se fala em captação ativa, ou seja, aquela captação que é auxiliada por um pré-amplificador e equalizador que são também instalados no instrumento. No entanto ainda assim a forma mais popular de captação é de contato piezo. 

Existem modelos que são instalados isoladamente, e outros acompanhados do pré-amp com equalizador. Há ainda a captação individual das cordas, que é bem mais sofisticada. No início do artigo citamos um modelo de violão da Godin que usa este sistema. 

Vejam o exemplo desse conjunto Fishman de captação pelo rastilho, com equalizador e afinador.

Como falamos a captação pode ser apenas passva ou seja, sem o uso  do pré-amp equalizador, mas neste caso o ganho será menor. 

VANTAGENS: Ótima fidelidade ao som do instrumento tocado acústico, posibilidade de instalar um pré-amplificador com equalizador em conjunto, oferecendo grande controle sobre o som. 

DESVANTAGEM: Ainda propenso a feedback em instrumentos com caixa de ressonância., por isso também a necessidade do músico ter um redutor de ressonância sempre a mão.

Microfones condensadores

Microfones condensadores tem a vantagem de serem mais direcionais e captarem basicamente apenas o som de onde estão “apontados”.

Quem faz uso deste sistema não quer que o instrumento tenha qualquer sistema instalado, neste caso para garantir que o som será fiel ao do instrumento sem nenhuma interferência física ou elétrica. Geralmente usa-se este sistema para violões de cordas de nylon.

Esta captação é utilizada em estúdios e em palcos onde o músico pode ser mais intimista com a plateia. E claro sem haver outros instrumentos com grande volume sonoro sendo tocados. Sistema frequentemente utilizado em apresentação de música popular brasileira e/ou eruditas.

A parte incômoda é que se trata de um sistema mais caro, pois os microfones condensadores direcionais de boa qualidade são consideravelmente mais caros.  

VANTAGENS: Ótima fidelidade ao som do instrumento tocado acústico. Quase não acontece problemas de microfonia.

DESVANTAGEM: Custo e perda de mobilidade para o músico.

Nas figuras abaixo temos um microfone AKG condensador.


Esperamos que nosso artigo, possa ser um guia para auxiliar em sua escolha. Agradecemos por comentários e inclusive sugestões. Se cometemos algum erro, fique a vontade em interagir e nos falar também.

Robson Oliveira.

Equipe Sônica.

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Encordoamentos para meu violão ou guitarra: Qual comprar ?

As cordas para violões e guitarras, estão disponíveis em diferentes bitolas: quanto mais fino, será mais leve de tocar e mais agudo o som e quando mais grosso, mais pesado de tocar e mais grave. Cordas pesadas podem ajudá-lo a sustentar as notas por mais tempo e aumentar o volume, mas pode ser difícil ou até doloroso de tocar, pois são mais apertadas, de modo que possam cortar os dedos e dificultar os bends. As cordas de bitola leve tornam são mais fáceis de tocar acordes de pestana e excuções complexas de movimento rápido, mas quebram mais facilmente e são consideradas com um som mais agudo.

Escolher qual bitola de cordas você vai usar é como escolher sea palheta favorita – todos têm sua própria preferência inteiramente subjetiva. Algumas pessoas gostam de cordas mais pesadas para obter uma sensação robusta e um som “maior”, e algumas preferem se ater as bitolas mais leves, pois são mais fáceis para os dedos! Ambos têm suas próprias vantagens e desvantagens.

 

As bitolas padrões:

Bítolas de 0,009 – 0,042 polegadas, 0,010 – 0,046 polegadas e 0,011 – 0,052 polegadas são as medidas mais comuns para violões acústico e guitarras.

Um detalhe importante, é que no meio musical, para falar da bitola de um encordoamento, as pessoas falam por exemplo assim:  “as cordas de meu violão são 010” . Isso quer dizer que esta sendo informado que o violão eta com um encordoamento em que a primeira corda do kit tem a bitola de 0,010 polegadas.

Por que esses padrões são mais comuns ?

O primeiro motivo é que são mais fáceis para quem esta iniciando, pois oferecem mais conforto para tocar. Porém muitos instrumentos vem com encordoamentos 0,011, pois apesar de não ser uma bitola pesada, oferece uma “balanço” adequado entre conforto e sonoridade. 

 

As bitolas híbridas

São encordoamentos que misturam as características de duas bitolas diferentes. As três primeiras cordas com a medida de um conjunto e as três últimas com a medida de outro conjunto por exemplo, para por exemplo oferecer conforto ao tocar e graves mais profundos. Por exemplo, o conjunto Giannini 0,009 híbrido para guitarras, possui as primeira três cordas comas medidas 9/11/16 e as três últimas com 26/36/46 (que normalmente vêm no conjunto 010.

Quanto mais baixa a afinação, mais pesada será a sua bitola. Em última análise, as cordas que você mais gosta dependerão de sua preferência pessoal. Se você sente dificuldade ao tocar certo violão ou guitarra, procure trocar por cordas mais leves, se esta sentindo o som sem peso, ou esta muito leve, suba a bitola trocando por um encordoamento mais pesado.

É no entanto bom lembrar que quando você altera a tensão de seu encordoamento, talvez será necessário regular o instumento, principalmente no que diz respeito a atuação do tensor, que faz com que a escala não fique arqueada.

E então, qual tensão que você gosta para as suas cordas ? Tem algum modelo de sua preferência ? Gostou do post ? Tem algo a acrescentar ? 

Equipe Sônica.