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Você sabe o que é frequência de batimento ?

Uma curiosidade rápida sobre sistemas de microfone sem fio.

Frequência de batimento, o que é isso e para que serve este conceito ?

Esta é uma condição que acontece, quando temos quatro ou mais sistemas de microfones sendo usados em um mesmo ambiente, pois teremos a possibilidade de termos uma frequência de batimento de um dos microfones, igual à frequência padrão de algum deles.

Bom, mas não se preocupe, vou explicar melhor.

Falando de ondas eletromagnéticas (ou outros tipos), batimento são variações periódicas que se originam da superposição de ondas de frequências diferentes.

Explicando um pouco mais, significa que o batimento gera frequências alteradas iguais a soma e a diferença das frequências já existentes.

Se tivermos três sistemas com frequências denominadas f1, f2 e f3, vamos ter o surgimento de três novas frequências baseadas nas seguintes relações: (f1 + f2 – f3), (f1+f3-f2) e (f2+f3 –f1). Estas três novas frequências são chamadas de batimento.

Desta maneira o quarto sistema em f4 que introduzirmos não poderá coincidir sua frequência com o resultado das três relações acima e nem com as frequências de f1, f2 e f3. Caso aconteça teremos problemas com interferência.

Hoje temos sistemas que conseguem escanear as frequências no ambiente e definir uma frequência livre para si. Mas quando não temos condição de ter sistemas com este recurso, o ideal é comprarmos sistemas de uma mesma marca e modelo, pois na grande maioria dos bons fabricantes, as frequências dos sistemas fixos já serão estrategicamente definidas para que interferências não aconteçam.

Vamos a um exemplo prático de como isso acontece:

F4 deve ser diferente de (f1 + f2 – f3), (f1+f3-f2) e (f2+f3 –f1)

Logo se f1 = 650,3 MHz; f2 = 650,5 MHz e f3 = 650,8 MHz

Teremos:

Batimento 1 = f1 + f2 – f3 = 650,3 + 650,5 – 650,8 = 650,0 MHz

Batimento 2 = f1 + f3 – f2 = 650,3 + 650,8 – 650,5 = 650,6 MHz

Batimento 3 = f2 + f3 – f1 = 650,5 + 650,8 – 650,3 = 651,0 MHz

f4 então deverá ser diferente de 650,0 MHz, 650,3 MHz, 650,6 MHz, 650,8 MHz e 651 MHz.

Se você já precisou usar mais de três sistemas sem fio e passou por problemas relacionados a interferência, agora já sabe porque provavelmente isto veio a contecer.

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Microfones – Três Lendas entre os profissionais

a close up shot of a condenser microphone

Vamos lá … diga a verdade … quando você pensa em microfones profissionais, qual marca vêm a sua cabeça ?

Tenho uma certeza de 99,9% que você pensou em Shure ! E claro, provavelmente o primeiro modelo que veio a sua mente foi o SM58LC.

Um ou outro pode afirmar que a marca mais popular do mundo é outra, mas esqueça, em se tratando de microfones a Shure dominou o mundo. É realmente a marca mais popular do mundo. É como a Apple para os smartphones. A marca é tão popular que muitas vezes as pessoas usam o termo “o meu SM58”, ou “o meu Shure” ao invés de “o meu microfone”.

Mas o que faz esta marca ser tão amada pelos músicos e profissionais do audio ?

Simples —- Produtos feitos com alto nível de qualidade. Poderia ficar escrevendo linhas e linhas de motivos, mas tudo se resume em qualidade. E por qualidade, devemos entender também por atendimento bem feito ao cliente.

Mas vamos então às nossas celebridades :

1. Shure SM57

Microfone de Estúdio Dinâmico Shure SM57

Achou que ia começar por outro modelo ?! Mas sinceramente, não podia deixar de falar deste camarada antes, pois é considerado o MIcrofone mais versátil do Mundo.

Shure SM57 é um microfone essencial em palcos e estúdios e tenho certeza que você já deve ter visto um baterista usando este microfone em sua caixa favorita, ou um guitarrista usando em seu amplificador. Isso se você não for um destes caras.

Além disso, este microfone é como um tanque de guerra. Foi projetado para tomar baquetadas, apanhar, cair e mesmo assim aguentar firme e forte.

É o típico microfone que você encontra as vezes com 20 ou mais anos de fabricação e ainda assim sendo vendidos com valores as vezes mais alto que os mesmos novinhos em folha. Ou seja, até o processo de envelhecimento destes microfones, tende a torná-los melhores com o tempo para certas aplicação.

Então por este motivo e suas características técnicas é que você deve considerar ter o seu, ou por que não os seus em seu mix de microfones.

Clique ou toque na foto para ir direto para a loja Shure oficial, conhecer mais e comprar !

2. Shure SM58LC

Microfone de Estúdio Dinâmico Shure SM58

Esta entre os melhores microfones vocais do planeta.

Nenhum é mais popular que o Shure SM58LC. Visto praticamente em todo o mundo.

E ele também é muito bom para estúdios. A pergunta é…

Por que ESTE microfone é dito ser melhor para vocais que o SM57?

As teorias são conflitantes, dificilmente encontramos um acordo entre as opiniões, mas a verdade é que provavelmente a questão seja mais psicológica do que prática. Ambos os microfones têm a mesma cápsula e o corpo fabricado com o mesmo material. A diferênça é realmente no globo onde o diafragma no SM57 pode ser posicionado mais próximo da fonte sonora. Isso é interessante para a captação de outras fontes sonoras que não a voz do(a) profissional.

Mas fora isso não há diferença técnica.

O que importa é que este foi o modelo que mais agradou os vocalistas, tanto nesta versão tradicional, quando nos modelos sem fio.

Clicando ou tocando na foto você poderá ir ao site oficial da Shure no Brasil para conhecer mais e comprar.

Mas para vocais em estúdio, apesar de o SM58LC ser extremamente conhecido e querido, o título de melhor não é dele, mas sim do próximo microfone da lista …

3. Shure SM7B

Microfone Dinâmico Shure SM7B

Shure SM7B é projetado para uma coisa: Gravar vocais. Inclusive e em especial vocais de rock.

Nele podem ser combinados três recursos que o torna campeão:

  • Graves;
  • presença de médio e
  • um pop filter já integrado.

Este modelo foi projetado para captar a voz humana. É um microfone especializado e excelente nesta função. Na verdade podemos dizer que é “o microfone”.

O uso mais lendário deste microfone foi na gravação do álbum Thriller de Michael Jackson.

E claro clicando na foto dele você também vai para a loja da Shure e conhece mais sobre esta lenda, além é claro de poder comprar com condições para lá de especiais.

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Sonorização ambiente bem explicada

SISTEMAS DE SONORIZAÇÃO DE AMBIENTES

Sonorização ambiente não é apenas um trabalho onde esticamos um par de fios e ligamos vários alto falantes. É muito mais que isso. A verdade é que muitas pessoas acreditam saber prestar este serviço, mas acabam cometendo erros que podem inclusive danificar os equipamentos. E mais um detalhe,estas pessoas têm boa intenção e realmente acreditam que estão fazendo o certo. Este artigo tem o objetivo de falar sobre esta atividade e corrigir muitos conceitos que são passados para frente de forma incorreta.

Muitos instaladores acreditam que estão fazendo o correto, as na verdade estão seguindo uma “receita de bolo”. É só aparecer algo diferente do esperado, que esta pessoa não conseguirá solucionar. E reforçando, estou falando de pessoas sinceras que acreditam estar fazendo o certo.  

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Antes de falarmos sobre os conceitos de sonorização ambiente, precisamos falar dos principais conceitos que geralmente a maioria compreende mal, ou simplesmente confunde totalmente. São como vícios que precisam primeiro ser eliminados. É como a pessoa que dirige, mas não tem carteira de motorista. Precisa antes tirar os vícios, para depois aprender a forma correta de dirigir. Algumas vezes tirar carteira de motorista nesta situação demora mais do que a pessoa que nunca pegou em um volante.

A Sonorização de ambientes, é uma atividade muito ampla e no mercado musical, sempre vai haver demanda para o profissional que deseja desenvolver uma atividade neste ramo. Lojas, escolas, hospitais, indústrias, aeroportos, portos, casas, bares, casas de shows, igrejas dentre muitos outros, são exemplos de locais em que esta atividade pode ser aplicada.

Hoje existe muitas pessoas desempenhando esta atividade de forma amadora e com pouco conhecimento teórico. Na verdade posso afirmar que tem mais gente nesta condição do que pessoas realmente profissionais da área.

Muitas vezes as falhas no conhecimento de instalaçãodos equipamentos de sonorização ambiente provocam danos aos mesmos. E estes danos por serem frequentes acabam responsabilizando o técnico em eletrônica que conserta estes equipamentos e não sobre a pessoa que instalou o som.

Neste artigo queremos falar dos principais conseitos e corrigir aqueles que geralmente são percebidos de forma incorreta por uma boa parte das pessoas.  

Comecemos então pelos componentes mais básicos de um sistema de sonorização ambiente:

As caixas e arandelas para som ambiente com impedâncias de 4Z ou 8Z

Observou o termo “Z”, deixamos apenas a letra Z, de propósito, para explicarmos que esta unidade de medida é o ohm.

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Ohm é uma unidade de resitência elétrica, porém esta mesma unidade pode representar outra grandeza, a impedância, que é algo diferente da resistência elétrica.

E esta medida por exemplo tem a função de definirmos como ligar por exemplo, caixas acústicas à saida de um amplificador e usando que outros componentes de suporte.

Um grande número de caxas acústicas não pode ser ligado diretamente a um amplificador, salvo em casos especiais. E o conceito de impedância (Z), será de grande importância.

Para exemplificarmos, vamos pensar em um amplificador que é feito para uma impedância mínima conectada de 4Z (ohm) em cada canal. Significa que ali só podem ser conectadas diretamente duas caixas de 8Z(ohm) de impedância em cada canal, pois impedância é inversamente proporcional ao número de alto-falantes ligados em paralelo.

Neste caso teremos 8Z / 2 (alto-falantes) = 4Z, que é a impedância mínima admitida por este amplificador do exemplo.

O fato é que em um sistema de som ambiente, normalmente não são poucas caixas.

As vezes são dezenas de caixas em cada canal do (dos) amplificador(es).

Sendo assim, em um sistema com 16 caixas de 8Z (ohms) por canal, teremos então se não houver transformadores para realizar o “casamento” de impedância, o resultado final de 8Z / 16 auto-falantes, que vai resultar em 0,5Z. Isso se traduz em distorção do som e a queima do amplificador.

Impedância (Z) não é o mesmo que resitência (R)

Vamos agora “desconfundir” os conceitos de impedância e resistência !

O primeiro motivo da confusão é que a unidade de medida é a mesma, ou seja, o ohm.

O segundo problema que gera a confusão é que principalmente quando falamos de autofalantes, muitos podem pegar um multímetro, posiciona-lo na escala de ohmímetro e apenas tocar as pontas de prova nos terminais do alto-falante medindo ali a resistência da bobina, que ficará em algo próximo a 6,8 ohm. Isso já gera confusão já que o valor numérico é próximo dos 8Z (ohm).

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Então esqueça. Impedância não pode ser medida com ohmimetro, pois não estamos falando de resistência. Aliás é por isso que impedância é representada por Z e resistência é representada por R.

A impedância varia de acordo com a frequência aplicada. Como o sinal de audio musical tem sempre frequência variável, então a impedância é sempre variável em torno de um máximo e um mínimo. A resistência no entando é constante.

Em um auto-falante de qualidade de 8ohm (Z), teremos uma resistência R em sua bobina de algo na ordem de 6,8 ohm. Quanto mais baixa for esta resistência R em relação à impedância Z, melhor será o alto-falante.

Uma informação importante é que um auto-falante, é um componente de baixo rendimento energético, logo a maior parte de seu “trabalho” é convertido em calor. Por isso um excesso de energia fornecida poderá queimá-lo e deixar marcas aparentes na bobina.

Tendo isso em mente, quando falamos que um alto-falante é de 50Wx8Z (ohm), estamos falando que se trata de um cálculo otimizado para um sinal de áudio de por exemplo 20V a 2,5 A (ampere) .

Ou seja, os Watts do alto-falante é a multiplicação de tensão nele multiplicada pela corrente submetida (20V x 2,5 A = 50W) e a impedância do alto-falante é a tensão dividida pela corrente (20/2,5 A = 8Z (ohm)).

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No caso de um amplificador, podemos seguir este exemplo:

Vamos imaginar um amplificador que cada canal tem uma especificação técnica de 100W a 8Z. O que significa 100W a 8Z ?

É a energia de saída de cada canal do amplificador, submetida a um sinal senoidal (alternado) e carga artificial de 8 ohm, com o mínimo de distorção de:

28,6V e 3,5 A. Assim, 28,6V x 3,5 A = 100W e  28,6V / 3,5 A = 8Z

A prática:

Vamos então passar para a parte prática.

A instalação de som ambiente em escritórios, shoppings, supermercados, aeroportos, rodoviárias, dentre muitos outros tipos de locais exige várias habilidades, porém a principal é a noção de como casar as impedâncias, que em outras palavras é ajustar a impedância de um conjunto de alto-falantes, a impedância mínima admitida por um dos canais do amplificador utilizado. Devemos então considerar o seguinte:

Comprimento da linha:

A intensidade dos alto-falantes tende a cair a medida que a distância física aumenta. Este é o primeiro problema a ser resolvido em uma instalação de sistema de som ambiente.

A figura a seguir ilustra isto:

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As perdas no fio podem causar uma distribuição desigual no som.

O volume no último alto-falante será bem reduzido.

Para solucionar este problema enviamos o sinal sob alta impedância com um transformador junto ao amplificador que transforma a baixa impedância de saida do mesmo em uma impedância bem mais alta e com o uso de transformadores de linha junto a cada alto-falante, recebemos este sinal e transformamos novamente para baixa impedância a um nível compatível com os alto-falantes utilizados. Isso fará que a resistência típica dos fios que são maiores proporcionalmente ao comprimento deles, serão irrelevantes em relação à impedância dos primários dos transformadores e com isso as perdas se tornarão insignificantes, fazendo com que a intensidade de sinal em cada alto-falante seja praticamente a mesma. A próxima ilustração mostra um exemplo do que falamos de forma esquemática. 

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Transmitindo os sinais em alta-impedância, as pedas são minimizadas

Uma boa dica é sempre desenhar o sistema para que o uso de transformadores seja com unidades que tenham um valor mais comercial, pois assim, não será necessário fabricar os próprios transformadores deixando muitas vezes o custo do projeto mais alto e claro, o tempo de execução também maior. Sem falar na evetual necessidade detroca de algum transformador no futuro.

Depois falaremos de ainda mais prática, por enquanto seguiremos com a parte conceitual.

A impedância

Para explicarmos melhor, vamos considerar que para este exemplo, temos um amplificador de 4Z(ohm) de impedância de saida em cada um de seus dois canais.

Assim, a primeira coisa que devemos observar que cada conjunto de alto-falantes não resulte em uma impedância menor que a admitida por cada canal do amplificador.

Isso é importante para o sistema não funcionar sobrecarregado e correr o risco até de queima. Por outro lado se a impedância resultante dos alto-falantes for maior que a impedância mínima admitida, o rendimento vai se tornando menor.

O ideal é que a impedância dos alto-falantes estejam casadas com a admitida pelo canal do amplificador, ou seja, igual, 4Z.

As figuras a seguir ilustram isso:

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                            c) Inaceitável

A impedância do sistema (conjunto de alto-falantes) deve ser maior ou igual que a da saída do amplificador

Existe uma quarta possibilidade de ligação, como no exemplo da figura a seguir, onde em um amplificador de saída de 8Z é conectado a quatro alto-falantes de 2Z ligados em série. A impedância do sistema esta casada, porém não é possível o ajuste individual de cada alto-falante se houver necessidade e claro, se um parar de funcionar, todo o sistema para. Esta ligação é chamada de em série.

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Possível mas incoveniente

Neste caso os transformadores terão a função de “casar” a impedância das saidas do amplificador com a impedância de entrada dos alto-falantes.

Na prática

Vimos então que há dois problemas básicos na montagem de sistemas de som ambiente:

  • a distância (distribuição uniforme do som);
  • as impedâncias entre o amplificador e os alto-falantes.

Existem portanto quatro sistemas diferentes de distribuição de som. Vamos falar deles agora:

1 – Linha direta de 8Z (ohm)

Na figura abaixo, podemos observar como os transformadores podem ser usados neste sistema que é recomendado para pequenas distâncias (entre 30 e 40 metros)

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Sistema com linha direta de 8Z com 4 a 7 pontos de sonorização

Se por exemplo tivermos cinco alto-falantes usaremos cinco transformadores em que o primário tenha 40Z e o secundário, conforme o alto-falante (8Z por exemplo).

Cada transformador possui uma impedância nominal, muito maior que a resistência que o cabo oferece, o que faz com que as perdas sejam mínimas.

Já os cinco transformadores ligados em paralelo oferecem uma impedância resultante de 8Z, exatamente a impedância da saída do amplificador, havendo então o casamento da impedância.

No entanto, se considerarmos que a impedância não precisa ser exata, neste sistema com estes transformadores específicos, podemos ter de 4 a 7 alto-falantes.

Neste mesmo exemplo, se usarmos transformadores de 80Z (ohm), poderemos então alimentar entre 8 e 12 alto-falantes, como mostra a figura a seguir:

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Sistema com linha direta de 8Z com 8 a 12 pontos de sonorização

Seguindo a lógica, com 120Z de primário nos transformadores, agora são de 13 a 17 alto falantes por linha, ou canal do amplificador.

b) A linha de 70 V

Já neste sistema temos a possibilidade de sonorizarmos a maior distância, neste caso se recomenda um máximo de 80 metros no máximo para cada linha. Creio que até uns 100 metros seja admissível, mas já haverá perda de desempenho.

Neste sistema é ligado na saída do canal do amplificador um transformador que faz a impedância de saída que é de 8Z por exemplo, subir para um valor que para efeito de cálculo corresponde a 70 volts.

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Depois basta em cada alto-falante ligar um transformador que recebe os “70V” e os converte novamente em 8Z.  É bom lembrar que deve-se escolher o tipo apropriado de transformador não permitindo que a potencia somada destes transformadores não superem a potência de saída disponível em cada canal do amplificador. Um detalhe muito legal é que neste sistema já poderemos ter até 75 pontos de sonorização, ou seja, é um número bem grande de alto-falantes instalados.

A seguir temos uma figura ilustrando isso.

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Sistema com linha de 70V

Não devemos esquecer que todo o sistema deve ser bem isolado, pois neste caso podem ocorrer choques elétricos.

Este tipo de sistema também permite a ligação de alto-falantes com potências diferentes, atendendo de forma diferenciada cada ambiente.

c) A linha de 200V, (já se usou muito o termo 210V).

Este sistema tem as mesmas características que o anterior bem como comportamento, sendo que os cuidados são os mesmos, com atenção especial ao isolamento, pois neste caso estamos falando da possibilidade de choques bem mais fortes.

Como a impedância do sistema é bem mais alta, podemos ter instalações muito mais longas chegando à ordem de centenas de metros de cabos.

A figura a seguir ilustra este sistema:

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Sistema com linha de 200V

d) A linha de 500V

Segue-se a mesma lógica que do sistema anterior, porém com transformador troco com saída de 500Z, o que irá permitir alcances realmente grandes. Os cuidados são os mesmos que nos dois sistemas anteriores.

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Sistema com linha de 500V

Uma informação importante que vale para todos os sistemas é a distribuição de potência que será feita de acordo com o número de pontos. Se temos um amplificador de 100W e dez pontos, teremos 10W em cada ponto, sendo assim, os transformadores devem ser capazes de resistirem a esta potencia como também os alto-falantes.

Uma possibilidade bem interessante na montagem de um sistema de sonorização é a inclusão de um ajuste individual em cada caixa com a instalação de um potenciômetro de fio, caso a caixa ou alto-falante não possua um ajuste pré-instalado. A figura a seguir mostra como isso é feito através de um esquema.

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Agregando controles individuais de volume nos pontos de sonorização

Finalizando

O bom planejamento de um sistema de som ambiente, vai permitir um audio envolvente e que traz conforto, ou o estímulo que se deseja para o ambiente. Bons profissionais sempre estão abertos a aprender mais.

Nós da Papo de Música podemos te ajudar a planejar seus sistema de audio ambiente, te ajudando a escolher e comprar os equipamentos certos, bem como indicando como você deverá instalar este sistema. Toda a consultoria é gratuíta, porém feita a distância. Além disso temos um sistema completo parate ajudar a comprar os melhores produtos pelo menor preço. Converse conosco. Nos chame pelo telefone, ou pelo whatsapp, clicando no ícone que aparece no canto esquerdo da sua tela. Também não deixe de ativar o sininho que esta no lado direito e também compartilhar este artigo em suas redes sociais. Esta interação nos ajuda a crescer a visibilidade de nosso site e permitirá que você seja informado sempre que postarmos novidades em nosso site. Siga também nossas redes sociais.

Estamos sempre a disposição.

Uma informação importante, os esquemas elétricos e parte do conhecimento foram obtidos de Nelton C. Braga, conhecido editor e professor da área de eletrônica no Brasil: http://www.newtoncbraga.com.br .

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Os cabos de Audio

O mundo quer se tornar wi-fi, wireless. Nada de fios, tudo conectado.

Temos que admitir, esta realidade ainda não é 100% possível. Você ainda vai ter que usar cabos por muito tempo em várias situações, incluindo em seu estúdio, seja ele improvisado, home ou profissional.

Além disso, em nossas montagens sempre teremos momentos em que será necessário usar equipamentos mais antigos e até equipamentos bem mais antigos e analógicos. Cabos serão inevitáveis.

O cuidado e a boa escolha dos cabos representam muita diferença tanto nas gravações em estúdio como nos ensaios e apresentações.

Segue então nosso guia sobre cabos de audio, para te ajudar a escolher e manter seus cabos.

A diferença entre cabo de áudio analógico e digital 

Para começar vamos definir a diferença entre cabos de audio analógiocos e cabos de audio digitais.

Os dois tipos de cabos transmitem informações de audio é claro, porém a diferença é que o analógico transmite sinais elétricos variáveis proporcionalmente às ondas sonoras originais. Já os cabos digitais são feitos para transmitir sinais binários (zero ou um).

Cabos balanceados e não balanceados 

Vamos a primeira de todas as dúvidas quando o assunto é cabo de audio:

O que são cabos balanceados e não balanceados ?

  • Cabos Não-balanceados são menos resistentes a interferências de radio frequências e ruidos vindo por exemplo da rede elétrica comum. Se você olhar um cabo não balanceado cortado, apenas verá dois fios dentro do isolante do cabo, ou seja o positivo e o negativo ou terra. Geralmente nos cabos de audio o poditivo é um fio devidamente encapado e uma malha externa que é envolvida pela capa externa do cabo.
  • Cabos Balanceados tem a função de cancelar as interferências já citadas acima. Neste caso teremos um fio condutor positivo, o fio negativo e envolvendo eles uma malha que faz o aterramento. por outro lado são projetados para cancelar essas interferências e hums elétricos. Eles fazem isso com a ajuda de um fio adicional dentro – então dois fios condutores e um fio terra. Com a ajuda desse segundo fio, os dois fios eliminam o barulho.

Conexões balanceadas e não-balanceadas

Outra dúvida muito comum é se cabos balanceados sempre fazem conexões balanceadas.

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A resposta é não! Não porque para que haja o balanceamento, todos os pontos do circuito devem estar balanceados. Isso significa que a saida do equipamento que você esta utilizando, os cabos e a entrada do mixer por exemplo, devem ser todos balanceados.

Isso significa que uma conexão de uma guitarra não será balanceada, simplesmente porque a guitarra não é na grande maioria dos casos. Quando a guitarra é ligada em um cubo e este cubo possui uma saida balanceada, ai sim você consegue ter um sistema balanceado.

Então o equipamento é balanceado quando:

Possui entradas e saidas XLR, ou outro tipo de conexão que contenha o positivo, o negativo e o terra (hot, cold and ground) e claro, quando o manual do equipamento afirma isso.

Qual a importância disto ?

O primeiro motivo é exatamente para garantir a qualidade do audio, pois no sistema balanceado a menos perda de sinal, além de menos ruidos. Isso é especialmente importante nas gravações.

Cabos balanceados são então praticamente uma obrigação, quando se tem um sistema balanceado.

Agora, caso você não tenha equipamentos balanceados, procure ter o mínimo de cabos. Nada de cabos longos, pois isto vai favorecer às interferências e ruidos.

Não há um padrão realmente definido, mas para sistemas não balanceados, tente ter o máximo de cabos com medida não extrapolando os 1,8 mts.

Tipos de Cabos de Áudio 

Vamos agora explorar as características dos pricipais tipode de cabos de audio.

Cabos analógicos

Cabos XLR

Cabos XLR devem ser sempre cabos balanceados, eu disse devem, porque há casos de fabricantes que usam condutores não balancados com conectores XLR. Isso parece ser algo estranho, mas acredite, tem fabricante que faz isso sem informar o cliente. Lógico que o problema não é vender um cabo com conexão XLR sem ser balanceado, mas sim vender um cabo deste sem informar o cliente.

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Cabos XLR geralmente são usados para conectar:

  • Microfones
  • Alto-falantes
  • Sistemas PA
  • Instrumentos equipados com conexões XLR
  • Etc.

Cabos TRS

TRS (Tip-Ring-Sleeve) são conectores que possuem 3 fios por dentro (2 condutores e 1 terra), são cabos balanceados também. Existem mixers com conexões para este tipo de cabo que muitas vezes são confundos como não balanceados. Observe que neste caso o que muda é penas o formato do conector, mas a função é a mesma.

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Cabos TRS podem ser balanceados ou desbalanceados. Por exemplo quando temos um cabo deste em um fone de ouvido stereo, já podemos considerar que é uma aplicação desbalanceada, pois neste caso a malha é o negativo comum aos dois canais do sistema, onde um dos fios é do canal esquerdo, o outro fio do canal direito e por fim a malha como o polo negativo.

Explicando melhor .

Cabos TRS (popularmente conhecidos como P10 stereo, P2 Stereo, P1 Stereo) serão balanceados quando você os usa como cabos mono entre dispositivos balanceados. É quando você usa um par deles, um para o canal esquerdo e um para a direita. Dessa forma, em cada cabo, um dos fios do condutor será para o sinal e o outro ajudará a cancelar o ruído.

Quando você usa um único cabo TRS em estéreo (esquerda e direita juntos no mesmo cabo), Ambos os fios do condutor serão usados para o sinal. Um fio irá transportar o sinal esquerdo e o outro fio o sinal direito. Portanto, não há fio para o cancelamento de ruído. Este será um cabo não balanceado.

Cabos TS

Conectores TS (popularmente conhecidos como P10 Mono, P2 mono, P1 mono)) (Tip-Sleeve) são sempre não-balanceados. Eles possuem apenas um condutor e um terra.

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Cabos TS são também mono. Eles são úteis para equipamento que possui saída mono: guitarras, pedais de efeitos mono, etc.

Como não são balanceados, busque sempre cabos o mais curtos possível.

Cabos RCA

Conectores RCA geralmente são usados em pares pois conectam dispositivos stereos. Suas cores básicas são o vermelho e o branco, sendo o vermelho para o direito e o branco para o esquerdo.

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Cabos RCA são similares a cabos TS. Cada cabo RCA tem 1 condutor e 1 terra. Isso significa que são sempre não-balaceados.

Então a mesma dica se aplica: mantenha eles o mais curtos possível.

Os conectores RCA são geralmente usados para conectar CDjs, toca discos, mixers, até tape decks e outros dispositivos.

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Cabos digitais

Cabos digitais são mais encontrados em home studios, nas conexões entre as interfaces e computadores. E é bom lembrar que apesar de muitos falarem que cabos digitais não são sensíveis ao comprimento, não espere isto, pois sim, cabos muito longos podem também apresentar falhas.

Cabos MIDI

Cabos MIDI são usados para sincronizar e comunicar instruções entre o equipamento. São cabos que ao invés de transmitir sinais de audio, transmitem instruções, como por exemplo de um teclado arranjador para um computador. Ou o módulo de uma bateria eletrônica para um computador. Claro que o computador precisa ter um interface instalada.

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Cabos USB

Cabos USBs têm basicamente a função de conectar de forma mais eficiente dispositivos a um computador e/ou interface. Eles transmitem sinais digitais em formatos específicos de cada tipo de dispositivo e softwares embarcados. Hoje existem inúmeros dispositivos do meio musical usando este tipo de conexão. Podemos citar mixers, contorladores, teclados, sintetizadore, módulos de efeito, dentre muitos outros.

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Eles fazem a troca de informações entre equipamentos e computadores. Os cabos USB também podem transportar informações MIDI.

Converter Não-balanceado para Balanceado

Muitas vezes é necessário baancear um sitema. Isso é muito comum, quando queremos que instrumentos musicais como violões, guitarras e baixos sejam balanceados, ou ainda porque o mixer esta muito longe do palco por exemplo.

A forma mais prática de fazer isso é usando um aparelho chamado direct box, ou DI Box.

Este aparelho pode ser na versão passiva, onde apenas faz o balanceamento, mas também pode ser ativo, onde possui uma fonte de energia e com isso dá um reforço no sinal que for aplicado nele.

Mas a principal função do aparelho é reduzir o sinal, para equipamentos não balaceados poderem ser usados em entradas balanceadas, reduzir ruidos e também permitir o uso de cabos longos.

Espero que este artigo tenha ajudado no domínio dos principais conceitos que envolvem os cabos de audio.

Agradeço se você deixar um comentário para melhorarmos o conteudo do artigo sempre.

Robson Oliveira. – Equipe Papo de Música.

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Mixagem ao vivo

Quando você ouve o termo “mixagem ao vivo”, o que vem a sua cabeça ?

Geralmente a imagem que vemos é de um técnico de som dentro de uma cabine ou um cercado, operando um grande console ou mesa de som controlando um gigantesco sistema de som, em um grande evento como um show de música.

Realmente não esta errada esta imagem. Uma das melhores visões para a atividade de mixagem é também esta.

No entanto na maioria dos casos, esta atividade pode estar sendo executada em um ambiente pequeno, como uma pequena Igreja ou um teatro, com um pequeno e analógico console de mixagem e um grupo reduzido de pessoas.

Apesar de termos falado de duas situações bem diferentes para a atividade de mixagem, em ambos os casos quem opera o sistema, ou o técnico de som, precisa ter os mesmos conhecimentos. A parte teórica não muda.

Vamos então falar sobre esta atividade.

Objetivos de uma boa mixagem

O primeiro e mais óbvio objetivo da mixagem é fazer com que todos escutem com clareza tudo que esta sendo apresentado no palco por exemplo.

Para atingir este objetivo principal precisamos dar atenção a alguns fatores para que tenhamos aquele som de primeira. São eles:

  • Dimencionamento. Calcular adequadamente o que é necessário para termos um sistema que consiga garantir que todos ouçam com perfeição;
  • Instalação bem feita e adequada do sistema.
  • Conhecimento de como operar os equipamentos;
  • Conhecimento técnico e artístico por parte do técnico de som;
  • Boa análise da situação acústica do ambiente;
  • Preparar o sistema em tempo hábil;
  • Dentre outros.

Mas além do que citamos, tem mais algo que é muito importante para a boa mixagem.

O tecnico precisa conhecer o som que é produzido de forma não amplificada nos equipamentos e instrumentos musicais que serão conectados ao sistema de som. Além disso ele precisa ter noção dos diversos tipos de timbres vocais. Tudo isso para que ele possa combinar adequadamente os sons de forma proporcional ao que acontece sem amplificação.

Por isso o técnico de som precisa ter contato constante com o palco por exemplo.

O que é preciso para ser um bom técnico de mixagem?

É muito comum vermos por ai pessoas que se auto intitulam técnicos de som, mas muitas vezes não sabem o que estão fazendo. Muitos nem por questões de orgulho, mas sim por falta de conhecimento mesmo e as vezes por subestimar a atividade, pensando que não precisa de estudo e prática para fornecer um bom trabalho.

Esta é uma atividade que vai muito além de apenas saber aumentar e diminuir o volume de cancais em uma mesa de som, ou atuar nos controles de grave, médio e agudo.

Para ser um bom técnico de mixagem, é preciso inicialmente saber como cada equipamento funciona. Parece uma informação meio óbvia, mas citamos isto, pois muitos “técnicos” acham que manual de instruções não tem valor nenhum.

Conhecimentos teóricos básicos de acústica, eletricidade e eletrônica, pois isto vai garantir que toda operação seja feita com consciencia e não por estinto.

É muito frequente a falta de preparo teórico de quem atua nesta área. Muitos que trabalham nesta área, buscam conhecimento através da tentativa e erro. É muito comum por exemplo, por causa disso, vermos danos em caixas acústicas, por conta desta falta de preparo teórico prévio.

É muito comum estarmos em um evento e percebermos total desarmonia no som, onde por exemplo escutamos sons distorcidos, ou instrumentos mixados de forma desproporcional. Isso acontece exatamente por causa desta falta de conhecimento de quem esta operando o sistema.

Mixagem ao vivo: iniciantes e veteranos

Os iniciantes da atividade ou profissão, em qualquer dos casos precisam estudar e praticar. E a melhor forma de fazer isso quando não há ainda muitos serviços a serem contratados é buscar experiência, ajudar a sonorizar festas de amigos, eventos comunitários, ajudar na sonorização de sua Igreja, dentre outras possibilidades. E sempre estudar é claro.

Quanto aos veteranos, é simples: atualizar, depois atualizar, continuar atualizando e quando achar que já sabe tudo, buscar mais atualização. Sempre ficar em movimento. Sempre buscar conhecer mais pessoas do ramo, sempre participar de eventos.

Como na informática, que aliás hoje é muito ligada ao nosso meio, a evolução é rápida. E deixar de se atualizar, pode representar um problema sério no médio e longo prazo para sua carreia.

Quando se recorre a um técnico de mixagem ao vivo?

Em teoria podemos dizer que em todos os momentos que temos a necessidade de utilizar um sistema de sonorização, precisamos de um técnico. Porém esta necessidade em se contratar um ou não, é proporcional ao tamanho do evento. Ou o tamanho da organização que precisa deste profissional.

É claro que na realidade muitas vezes, não é viável ter um profissional contratado para esta função. Mas quem disse que por causa disso não é importante alguém que quer apenas saber mixar o sistema de som de sua Igreja, ou alguém que têm um restaurante com música ao vivo, ou seja qual for a situação por mais simples que seja, não é legal adiquirir tais conhecimentos.

Na Igreja o Pastor ou o Padre, ganham em envolver mais os membros da Igreja. O dono do restaurante, ganha em entreter mais seus clientes e com isso maior fidelização. O ganho com a atividade não foi gerado diretamente com ela, mas sim com os benefícios de se ter uma sonorização profissional em seu estabelecimento ou evento. Por menor que seja.

Quando é importante a presença de um técnico em mixagem profissional, o promotor do evento deve compreender que o técnico de mixagem precisa se dedicar a função. Não faz sentido tentar fazer com que este profissional seja também o responsável pela instalação do sistema, pois este acumulo de atividades pode representar um trabalho de mixagem deficiente e acabar com o evento se algo sair errado.

Por conta desta situação, neste mercado não é raro, uma banda já com certo desempenho, contratar seu próprio técnico, pois assim o trabalho se torna personalizado, exatamente suprindo as necessidades daquela banda, grupo ou artista.

Desta forma podemos dizer que o técnico de mixagem tem sempre espaço para atuar, seja como profissão, seja apenas como uma atividade de auxílio a outra que ele desempenha. Mas sempre haverá demanda e benefícios diretos ou indiretos.

Como nos tornamos um bom técnico de mixagem?

Nos tornamos bons (boas) ténicos (as) de mixagem, quando entendemos que precisamos nos dedicar a teoria e a aplicação desta teoria na prática. Estamos acostumados a ver a palavra teoria como algo ruim, chato. Na verdade a teoria nada mais é do que a prática registrada na forma de conhecimento.

Estudamos algo de maneira teórica primeiro para podermos aplicar o conhecimento de forma mais acertiva. Para passarmos por menos problemas do que as pessoas que vieram antes de nós. Então sim. Para sermos bons técnicos de mixagem, precisamos estudar conceitos teóricos sim, como acústica, música, noções de eletro eletrônica, dentre outros assuntos.

Mas realmente não adianta nada se não aplicarmos esta teoria. Por isso aos iniciantes sempre buscar oportunidades para praticar, mesmo que com baixo ganho financeiro, ou até nenhum ganho. Para os veteranos, continuar consistente em buscar novos clientes.

Por falar em formação, temos duas sugestões para lhes passar, a primeira é um presente. Uma apostila que deixamos também disponíveis em outros links e nosso site, mas você pode baixar ela clicando aqui. Esta apostila é de um profissional do ramo, que não se identificou e permite a distribuição dela a vontade, desde que não seja vendida, mas sempre ofertada de forma incondicional. Ele produziu ela pensando na sonorização de Igrejas, porém se aplica todas as situações onde é necessário o audio profissional.

Agora para você que deseja investir com mais força nesta atividade, e perceba que não estou falando somente para aqueles que querem ter a mixagem como profissão principal, mas também todos aqueles que tem envolvimento com o som de suas organização, sejam empresa, Igrejas, associação comunitária, dentre outras. Apresentamos o curso Fórmula de Mixagem.

Apesar deste curso abordar assuntos relacionados a mixagem em estúdio, consideramos ele, como sendo o mais completo do Brasil, pois te leva a dominar todos os conceitos relacionados a mixagem, que por consequência te torna um especialista no assunto, tanto para aplicações em estúdio como aplicações ao vivo.

O Fórmula de Mixagem é o resultado de mais de 17 anos de experiência condensado em vídeos didáticos abordando assuntos estratégicos na arte da Mixagem de forma prática e musical para entendimento super fácil. Você não precisa ser um cientista para fazer uma boa mixagem, você precisa apenas gostar de música. É um curso que aborda desde os primeiros passos na mixagem, passando por vários níveis até chegar aos módulos avançados, São mais de 48 horas de materiais já gravados, e constantemente atualizados para você ter sempre o melhor conteúdo, com o que tem de melhor nesse universo do áudio. Você ainda conta com o melhor suporte de cursos desse gênero, participando de uma comunidade privada com vários profissionais buscando o mesmo objetivo que você. Muitos de nossos alunos em pouco tempo tornam-se experts e acabam ajudando novos alunos também em nosso grupo privado. Sem dúvidas o FM é o melhor investimento hoje nessa área no Brasil. Você não vai encontrar nada parecido no mercado.

Jorge – Som Binário.

Clique aqui ou na imagem a seguir para seguir para a página do curso e conhecer mais e os planos de matrícula.

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Robson Oliveira. Equipe Papo de Música.

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Como escolher um microfone – O guia prático

Esteja você montando um karaokê para os amigos, indo ministrar uma palestra, realizar um culto ou um casamento, cantar em uma festa, ou indo com sua banda participar de um grande festival de música, ou seja lá o que for que precise amplificar vozes e/ou instrumentos, lá estará o microfone. Não tem jeito, esta é uma peça essencial.

Você pode até utilizar o microfone interno do smart phone para uma live, ou um rápido pod cast, mas o microfone é essencial para que os trabalhos sejam profissionais.

Neste artigo vamos falar sobre este importante equipamento e como escolher o correto para o que você precisa, além de desmistificar de uma vez por todas aqueles termos técnicos que muitas vezes não encontramos uma boa explicação sobre o que são.

A primeira coisa é definir os objetivos para cada microfone que você precisa, ou melhor, definir quais os usos para microfones que você terá e a partir disto definirmos quais microfones a serem usados.

Vamos supor que você faça parte de uma banda de cinco integrantes brincipais e quatro backvocals. Vamos supor que na sua banda, você seja o vocalista e um dos guitarristas, mas também teremos o baixista, o violonista, o tecladista e claro o baterista, não esquecendo das quatro backvocals.

Tendo em mente esta configuração começamos a listar o que precisamos em termos de captação de som por microfones. Vamos então chegar ao seguinte:

  • 1 microfone para vocal principal;
  • 4 microfones para as back vocals;
  • 1 microfone para o cubo de baixo;
  • 1 microfone para o cubo de guitarra;
  • 1 kit de 7 microfones para a bateria;
  • 2 microfones para vocal de reserva.

São um total de 16 microfones, mas e ai quais microfones vamos escolher.

No artigo vamos apresentar tudo que é importante para que você seja capaz de fazer a escolha para o exemplo acima e para a sua necessidade específica. Pois ali demos um exemplo de som ao vivo, mas e para um estúdio ? E se você deseja gravar para seu canal no Youtube ? Dentre outras situações. Ao final você vai poder tomar estas decisões de escolha.

Quais são os diferentes tipos de microfones?

Depois de definido o objetivo para o uso do ou dos microfones é hora de falarmos dos tipos de microfones. Vamos lá.

Dinâmico

Microfone dinâmico é aquele que mais vemos. Geralmente um bastão com um globo arredondado, na maioria das vezes prateado (fosco ou brilhate), não querendo dizer que não há modelos de cores diferentes. Raul Gil por exemplo usa um todo dourado, dizem que é de ouro. Seja ele sem fio ou com fio, o funcionamento básico é o seguinte:

Uma pequena bobina dentro de uma cápsula se move com as ondas sonoras e este movimento produz uma pequena corrente elétrica que é transmitida por um cabo até o pré-amplificador e então amplificado o som. No caso do sem fio, o sinal é levado para o circuito transmissor que o converte em um sinal de rádio que é transmitido para o receptor que por sua vez já converte o sinal novamente em sinais elétricos que são amplificados e novamente convertidos em som pelos alto falantes. A curiosidade é que o microfone dinâmico não precisa de uma fonte de energia, ele já produz a corrente elétrica na cápsula.

Mas ai vem a pergunta: E o microfone sem fio que precisa de baterias ? Sim, o sem fio precisa, porém apenas para o funcionamento do transmissor. O Microfone sem fio tradicional, nada mais é do que um microfone dinâmico acoplado a um transmissor, que pelas dimensões reduzidas pode ser instalado no corpo do próprio microfone.

O microfone dinâmico serve para os vocais no palco, para um palestrante, para captar o som de guitarra ou baixo nos seus cubos, entrevistas, captar tambores de baterias, dentre muitas outras possíveis aplicações.

O custo destes microfones são normalmente menores, apesar de que no Brasil temos microfones dinâmicos de alto custo. Para uso geral podemos dizer que encontramos microfones com fio variando de R$100,00 a R$2000,00 e sem fios variando de R$350,00 a R$4000,00.

Existem outras variações, mas as mais comuns são os microfones para aplicação em baterias acústicas e os microfones mais específicos para captação de instrumentos como o SM57 da Shure e similares, muito usados para captar violões acústicos e cubos de guitarra.

Condensador

Este microfone possui um sistema de funcionamento diferente. A sua “cápsula”, entre aspas propositalmente, pois não se trata de uma, é na verdade um capacitor com o formato adequado para a captação de audio. É chamado de condensador, exatamente por causa da captação feita por este capacitor, que também é chamado de condensador.

Como o próprio nome do componente diz, o capacitor ou condensador, vai condensar energia em seu corpo, isto é feito através de placas extremamente finas e no caso do microfone estas placas são sensíveis às ondas sonoras que ao movimentarem também geram a variação elétrica traduzível em som ao passar pelo sistema de audio.

A diferença neste caso é que para que isso aconteça, o microfone deve ser alimentado por uma fonte de energia. Sabe aquele termo “phantom power” que você já ouviu falar ? Pois é isso é uma das denominações de fonte de energia para aplicação com estes microfones. Geralmente a tensão utilizada, varia de 48V a 52V, porém podemos ter microfones alimentados com uma única pilha de 1,5V ou através de uma conexão USB que não vai acima de 5V.

A fonte conhecida como “phantom power” geralmente é encontrada já embarcada em mesas de som e outros dispositivos como interfaces de audio e mixers já amplificados.

Microfones condensadores são de uso mais fixos, geralmente para captação em estúdios de gravação, estúdios de filmagem, ou mesmo externamente, mas adequadamente posicionados. Também muito usado em aplicações podcasts. Na exemplo da banda que demos acima, os microfones condensadores por exemplo farão parte do kit de microfones para bateria, pois são muito úteis para captar o som dos pratos.

O que são padrões polares ?

Para muitos não devo conseguir passar como enxergo este termo “polar”, pois por ter tido um contato com a geografia, consigo visualizar de uma forma que o termo já é auto explicativo. Para alguns ao lerem já entenderam o que eu falo.

Mas mudando a forma de ver, podemos dizer o seguinte, o padrão polar de um microfone, se refere a forma que ele capta os sons a sua volta.

A visualização de como serão as fontes de audio que você deseja captar é que vão determinar os padrões polares que os microfones escolhidos deverão possuir.

O formato mais comum e utilizado por exemplo é o cardioide. E vamos começar a explicação através dele como primeiro exemplo. Microfones usados para vocais por exemplo em palcos são cardióides ou super cardióides.

Vamos então começar:

Padrão cardioide e super cardioide.

O Padrão cardioide capta a frente do microfone e nas laterais, porém tendendo a captar apenas o que esta próximo. O super cardioide tem a mesma função, porém a captação frontal é mais definida e a lateral mais limitada.

As figuras abaixo mostram o formato de captação destes padrões, observe o formato semelhante a um coração, que é exatamente o motivo de ter este nome.

Padrão omnidirecional

Neste caso a captação é em todas as direções, são microfones que permitem gravar todo o ambiente com o máximo de estabilidade, ou seja, considerando o microfone como o ponto central, todos e tudo que estiver posicionado no mesmo raio em relação ao centro, serão captados com mesmo nível.

Um microfone deste é muito útil quando se deseja captar um grupo grande de pessoas cantando por exemplo, ou até em algum local onde não há como posicionar um microfone para cada um.

A figura abaixo mostra as características deste padrão.

Figura 8 ou bi direcional

Neste caso o microfone vai captar em dois lados, o que permite por exemplo gravar um dueto entre dois cantores por exemplo. Microfones condensadores tradicionais de estúdio podem ter esta função.

A figura a seguir mostra como é este padrão.

Padrão ultra direcional

Neste caso o objetivo é captar a maiores distancias e o mais direcional possível, sem sofrer com interferências laterais ou traseiras. O microfone capta o som de onde esta sendo apontado. São conhecidos como shot guns e muitos para melhor o nível de captação filtrando por exemplo o som de correntes de ar, utiliza-se um revestimento conhecido como “peludo” ou “priscila”. Muitas vezes estes microfones são usados com um suporte chamado “vara de boom”, muito frequente em gravações de videos como filmes, comerciais, novelas, etc.

As figuras abaixo mostram isto.

O que é resposta de frequência?

Poderíamos tecer longas explicações sobre o tema, mas falar de resposta de frequência é simples.

Vamos começar entendendo o seguinte: nós normalmente conseguimos perceber sons que estão dentro da faixa de 20 Hz até 20 kHz, porém nossa capacidade de dividir a frequências que estamos ouvindo para sermos capazes de entendermos como uma mensagem, por exemplo a fala, não acontece em toda esta faixa de frequência. Se alguém gravar uma mensagem e esta gravação for convertida a uma frequência média de 20 Hz, nós não seremos capazes de entender o que aquele som nos diz. Isto porque não temos a sensibilidade suficiente para perceber as variações de frequência neste nível.

A mesma coisa acontece com um microfone, supondo que um microfone responda em uma faixa que comece nos 50hz e vá até os 12kHz. Isto significa que sons nesta faixa de frequência serão captados, porém as frequências inferiores e as superiores, poderão ter uma maior dificuldade de ser percebida corretamente, ou seja, o microfone não conseguirá reproduzi-la em corrente elétrica de uma forma que ao ser amplificada, será ouvida com o mesmo timbre que a emissão natural.

Isto explica o que é a resposta de frequência e nos apresenta um outro conceito que é a sensibilidade.

A sua escolha de microfone deverá ser de acordo com o quem ou quem se quer captar. Para captar um bumbo de uma bateria, o microfone geralmente é dinâmico, cardioide e com maior sensibilidade nas frequências mais baixas (mais graves). No caso da voz humana, deve-se optar por uma resposta mais ampla e ótima sensibilidade nos graves, médios e médios agudos.

O que é sensibilidade e SPL ?

A sensibilidade é simplesmente então o quão baixo, no sentido de intensidade, o som captado é e consegue ser transmitido ao sistema de reprodução ou gravação. Com isso como falamos mais acima, varia com a frequência captada. Um microfone que capta frequências muito baixas por exemplo com um intensidade também baixa, pode não ser tão bom para a captação de frequências agudas, principalmente se pouco intensas.

O SPL, é o nível de pressão sonora. É como se falassemos de nossos tímpanos, ou seja, qual o nível de pressão sonora, medido em decibéis, pode ser captado sem distorções em relação ao som natural. Uma pressão sonora acima da capacidade do microfone resulta em captação distorcida.

Mais uma vez exemplificando com o bumbo da bateria, podemos dizer que é necessário que o microfone tenha uma resistência (SPL) mais alto, pois apesar da frequência baixa, o nível em decibeis será alto.

Com estas informações você já será capaz de escolher os microfones mais adequados para seu uso. Como sugestão extra e como um presente, temos um e-book no formato de apostila com mais de 170 páginas, escrita por um engenheiro de som que não se identificou, e deixou que ela pudesse ser distribuida livremente, desde que sem alterações e jamais vendida, ou distribuida de maneira condicional a alguma ação do leitor. Clique aqui para baixar ela.

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Instalação de som em Igrejas, salões, teatros, casas de shows

Leia que no final tem um presente muito legal para você que gosta de música e quer aprender a instalar equipamentos de audio profissional ! Nós falamos presente, não é para lhe oferecer algo pago !

O título parece que se restringe às Igrejas e ambientes específicos, mas sinceramente, o que vamos apresentar aqui, para dizer a verdade servirá para a instalação de audio profissional em qualquer ambiente. É um verdadeiro curso que pode inclusive profissionalizar alguém, se esta pessoa se dedicar a estudar.

Se tem algo que nos incomoda ao entrarmos em algum lugar, seja para assistir a uma apresentação de teatro, um show de música, uma palestra e é claro, para um momento de adoração e louvor a Deus, seja qual for a sua crença, é o som mal regulado, com equipamentos mal instalados, ou desproporcionais ao ambiente.

Saber como escolher corretamente os equipamentos, distribuir e instalar estes equipamentos, regulá-los e se necessário realizar reparos básicos, pois reparos mais profundos, nós sabemos que é necessário conhecimento técnico em eletrônica, que não é a parte central deste artigo, é um diferencial para todos que de alguma forma precisa de equipamentos de audio profissional, seja para desempenhar sua profissão, seja apenas para entretenimento.

O presente

O presente é um e-book completíssimo sobre o assunto, feito por um dos colaboradores do blog Som Ao Vivo, onde o autor oferece o conhecimento de graça e inclusive permite o compartilhamento, desde que citando a fonte. O E-book foi escrito a um certo tempo, mas não vimos nenhuma informação que poderíamos chamar de desatualizada.

Estamos realmente oferecendo o conteúdo da forma que o autor pediu, ou seja, sem necessidade que você preencha um formulário antes para que receba em seu e-mail. Basta clicar no link que o e-book é baixado automaticamente.

Curso completo de Sonorização Ao Vivo.

Lógico que se for de seu gosto, ative as notificações de nosso site, caso ainda não tenha feito, geralmente no primeiro acesso o sistema lhe pergunta, deve haver um sininho vermelho no lado direito inferior do site.

E claro compartilhe nosso site com seus contatos, inclusive este artigo, pois temos certeza que será muito útil. E também porque vamos sempre buscar oferecer conteúdo muito útil para download.

Também visite o blog ao qual citamos, pois há muita informação interessante. Neste caso, basta clicar aqui .

Nos diga o que você achou do e-book.

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Montando um estúdio em casa.

Com a tecnologia melhorando, gravar e publicar suas próprias músicas agora é mais fácil do que nunca.
 
A primeira coisa necessária é um computador de bom nível para poder ser usado como gravador multipista. Hoje gravadores multipista já não são mais tão populares exatamente porque esta função esta sendo substituida pelos computadores, sejam eles portateis, sejam eles do tipo desktop ou gabinete. A sugestão para um bom computador para gravação é que ele tenha um mínimo de 1TB de espaço para armazenamento de dados, 8 GB de memória RAM e um processador adequado, sugerimos no mínimo um i3 Intel, apesar de acharmos ser prudente ter alguma folga investindo em um i5 no mínimo.

Além de um computador, os requisitos básicos de um estúdio de gravação em casa são os seguintes:

• uma interface de áudio
• Software DAW (Estação de trabalho de áudio digital)
• Monitor de estúdio
• Um controlador de teclado ou teclado (naturalmente com conexão USB pelo menos
• um ou mais microfone de gravação
• um ou mais fones de ouvido

Manteremos as coisas simples e faremos uma recomendação para o produto que consideramos melhor na relação custo benefício em cada uma dessas categorias (lembrando que não vamos sugerir o mais barato).

A melhor interface de áudio para um estúdio em casa

Interfaces de áudio são componentes do computador para permitir a entrada e saída de som do seu computador. A maioria dos computadores possui algum tipo de interface de áudio embutida (por exemplo, a saída de fone de ouvido), mas geralmente eles não oferecem qualidade de som suficiente ou apresentam o tipo certo de conectores para fazer a gravação adequada, por isso é aconselhável comprar uma interface externa.

A interface de áudio mais popular do mundo é a Focusrite Scarlett 2i2. Ela se conecta ao seu computador através da conexão USB e possui uma útil ferramenta “Easy Start” para configurar tudo sem problemas. Possui dois pré-amplificadores de microfone para conectar microfones e duas entradas de instrumento para conectar, por exemplo, violão e guitarras. Funcionará com todos os softwares DAW populares.

Software DAW para um estúdio em casa

O software DAW permite gravar várias faixas de áudio umas sobre as outras e misturá-las com efeitos e EQ. A maioria das DAWs também oferece gravação MIDI, que difere da gravação de áudio, pois você está gravando informações sobre quais notas são tocadas, em vez do som real. Isso facilita muito a edição (e a correção de erros!) mais tarde. Nos temos um artigo explicando melhor a respeito dos softwares tipo DAW – segue link:

O Focusrite Scarlett 2i2 com duas DAWs incluídas: Pro Tools First e Ableton Live Lite. O Pro Tools First é uma versão reduzida do software usado na maioria dos estúdios de gravação profissionais, e o Ableton Live Lite é uma versão reduzida do software usado por muitos produtores de EDM. Fundamentalmente, ambos oferecem funcionalidade com bastante facilidade para gravar um álbum com som profissional.

Monitores de estúdio

Os monitores de estúdio são caixas projetadas especificamente para oferecer uma representação clara do som que os atravessa (ao contrário das caixas hi-fi, que visam tornar o som melhor do que é), assim monitores de estúdio visam a fidelidade e não a melhoria. A saida de sinal de sua interface será conectada ao monitor.

Não estamos sendo remunerados para fazer propaganda para ninguém neste artigo, por isso nossas sugestões são de acordo com nossa visão.Acreditamos que os monitores Yamaha HS5 (ativos) são a opção de melhor custo benefício. Eles são construídos acompanhando o padrão dos lendários monitores NS10M da Yamaha, vistos em estúdios profissionais em todo o mundo, e oferecem toda a clareza e precisão de que você precisa.

Teclado controlador básico.

A maioria dos softwares DAW vem com alguns instrumentos com sons graves, sons de bateria e muito mais, e se você quiser tocá-los, precisará de um teclado controlador. Geralmente vem incluso botões e / ou slides para controlar itens como os níveis de volume de suas diferentes faixas.

Uma ótima opção inicial é o Novation Launchkey 25, que possui duas oitavas de teclado (o suficiente para a maioria das linhas de baixo), além de 16 pads para tocar sons de bateria e 8 botões para ajustar os parâmetros em seu software.

Microfone condensador para estúdio

Microfone Yoga YGM 400 é a nossa susgestão, apesar de pouco conhecidos estes microfones possuem um nível muito bom comparável com modelos bem mais caros de outras marcas. É uma boa opção para começar mas sem economizar em qualidade. Já que modelos mais baratos geralmente não estarão em um nível tão adequado.

Fones de ouvido para Home Studios

Bons fones de ouvido são como microscópios para o biologo, ou lupas para o relojoeiro. Com eles você consegue ouvir detalhes que podem não ser percebidos e fazer os ajustes, acréscimos e correções.

Nossa sugestão de fone de ouvido é o CD340 da Yoga. Também fugindo das marcas famosas neste caso, pois acreditamos que o resultado com este fone é compatível com o resultado obtido com os modelos mais sofisticados das marcas tidas como mais famosas no Brasil, sem o problema do alto custo. Como falamos. Não é uma opção barata, mas sim com ótimo custo benefício.

Acreditamos que com este artigo, você já tenha em mãos um bom guia para iniciar a construção de um ótimo home studio.

Por Robson Oliveira.

Equipe Sônica.

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Escolhendo o sistema de PA certo para você !

Por mais incrível que sejam os instrumentos que você está usando e por mais rigorosa que a sua banda seja, se você e sua não tocarem através de um sistema de PA decente, nada adiantará. Você precisa de um sistema que ofereça clareza sonora e volume suficiente para que todos na platéia ouçam todos os detalhes. Neste artigo, vamos ajudá-lo a “navegar” no diversificado mundo dos sistemas de som ao vivo (PA) e dar algumas dicas sobre como tomar a decisão certa, seja este o seu primeiro sistema de PA, seja você está atualizando o par antigo de caixas que você tem usado nos últimos 45 anos, seja para montar um sofisticado sistema.

O que é um sistema PA ?

Em síntese um sistema de PA serve para captador o seu som – o artista – e enviar para o seu público. Existem algumas maneiras diferentes de se fazer isso, mas o ideal é que sempre haja certos componentes básicos, que terão funções específica para a entrega de um bom resultado aos ouvintes.

O sistema de PA deve:

  • Transformar sons acústicos em sinais eletrônicos;
  • Misturar esses sinais eletrônicos e aplicar efeitos;
  • Aumentar a intensidade destes sinais através de um amplificador;
  • Enviar os sinais aplificados para os auto-falantes da caixas acústicas.

 

Geralmente, estas funcçoes são realizadas por uma combinação de um ou mais dos seguintes componentes:

 

Microfone: converte o som acústico (como sua voz) em sinais elétricos que poderão ser processados ​​e amplificados. Os microfones podem ser conectados (você precisa de um cabo para conectá-lo ao mixer) ou sem fio (o microfone transmitirá o sinal sem fio a um receptor, que está conectado ao mixer)

Mixer: permite combinar os vários sinais (de microfones, violões, guitarras, teclados, etc.) e definindo suas intensidades e equalizações específicas. Um mixer, também chamada de mesa som, ou misturador pode ser uma unidade separada ou incorporada a outro componente do PA, como por exemplo um mixer amplificado.

Amplificador de potência: aumenta o volume do sinal proveniente do mixer. Novamente, pode ser uma unidade separada (alimentando alto-falantes “passivos”) ou pode ser incorporada, como o caso de mixers amplificados, ou por outro lado uma caixa ativa, que nada mais é do que uma caixa acústica com um amplificador incorporado.

Alto-falante: os alto-falantes vibram efetivamente de forma a fazer com que o ar oscile mais ou menos, fazendo com que os tímpanos oscilem e o cérebro perceba o som. Em geral, quanto maior o alto-falante e mais força for usada para balançar o ar, mais alto será o som! Os alto-falantes podem variar em tamanho, desde o alto-falante do telefone até enormes configurações de alto-falante, como podem ser vistas em grandes sistemas como o Estádio de Wembley, o sistema de som da virada de ano em Copa Cabana, ou no Rock´n Rio.

A maneira como todos esses componentes são combinados varia entre os sistemas, e esses sistemas terão várias funções e recursos diferentes, sendo projetados para diferentes fins. 

Para identificar qual sistema é adequado para você, faça as seguintes perguntas:

 

  1. Quão alto (intenso) eu preciso que o sistema seja?
  2. Quantos instrumentos e / ou fontes acústicas eu usarei e precisarão ser amplificadas ?
  3. Precisa que seja portátil, ou espaço não é problema ?
  4. Quais recursos adicionais eu preciso?

Abordaremos cada uma dessas perguntas separadamente:

Quão alto (intenso) eu preciso que o sistema seja ?

A sonoridade é uma característica que depende da potência: em um nível simplista, quanto mais poderoso o amplificador, mais alta a saída. Há considerações em torno da eficiência do amplificador e do espaço livre (em que ponto a saída ficará distorcida), mas para ter uma idéia ampla de quão alto será um sistema, você pode avaliar a potência de um amplificador (ou um alto-falante com amplificador), conferindo quantos watts ele produz de potência.

 

A potência dos amplificadores é medida em watts. Para ter uma idéia, veja a lista a seguir, que apresenta cenários diferentes: 

  • Apresentação acústica em um bar com voz e violão: 100-200 watts
  • Show em local pequeno com banda: 300-800 watts
  • Show médio com banda de rock: 1.000-2.000 watts
  • Grande show local: 5.000-10.000 watts
  • Show em estádio ou grandes áreas abertas: 25.000 watts ou mais

No entanto, este é apenas um guia aproximado; locais diferentes responderão de maneiras diferentes a diferentes níveis de potência e, por exemplo, os shows ao ar livre precisarão de muito mais energia para gerar o mesmo tipo de volume. 

Também é importante notar que, se você estiver comprando um amplificador separado, precisará deixar alguma folga entre a potência de saída do amplificador e a capacidade dos alto-falantes. Na prática, uma boa regra é garantir que o seu amplificador tenha o dobro da potência dos alto-falantes. Portanto, por exemplo, se você deseja uma saída total de 500 watts, use um amplificador classificado como 1.000 watts. 

Uma maneira de evitar completamente a preocupação sobre qual amplificador corresponderá a quais alto-falantes é comprar caixas acústicas ativas, onde o amplificador está embutido na própria caixa. Em geral, a menos que você precise controlar o amplificador de um local diferente para as caixas acústicas, recomendamos sempre esse tipo de sistema.

Quantos instrumentos e/ou fontes acústicas eu usarei e precisarei amplificar ?

Se você vai colocar um violão e um vocal no sistema de PA, não precisa de muitas entradas, duas já são suficientes. No entanto, é sempre bom testar seu sistema no futuro; você pode ter um vocalista de apoio em algum momento ou precisará de uma certa percussão? Sempre obtenha mais alguns canais do que você pensa que precisará!

Precisa que seja portátil, ou espaço não é problema ?

Essa é a grande questão. Você vai carregar o sistema regularmente ou será fixo ? Portabilidade e qualidade de som podem ser inversamente proporcionais a medida que se necessita atingir um público maior. Os sistemas tudo-em-um (que incluem caixas, amplificadores e mixer no menor número possível de unidades separadas) são fáceis de mover e fáceis de configurar, mas não são tão versáteis quanto os sistemas com componentes separados.

 

Em geral, para bandas, artistas solo ou pequenos locais, faz sentido optar por caixas ativas (aqueles com amplificadores embutidos) ou mixers já com amplificadores integrados; portanto, a decisão é mais sobre a qualidade do som que você precisa, 

 

A configuração de PA mais básica é um mixer que alimenta um par de caixas ativas, e que vai ser adequado para a maioria dos locais pequenos e podendo inclusive caber no porta malas de um carro. Portanto, se você estiver apenas amplificando, por exemplo, um violão e um vocal e estiver tocando um pequeno pub, você pode simplesmente levar um alto-falante.

 

Agora se não for problema o espaço, prefira sempre por equipamentos modulados, ou seja, os amplificadores, o mixer, o equalizador, o compressor/gate, módulo de efeitos, as caixas acústicas, etc, separados e conectados entre si.

Quais recursos adicionais eu preciso ?

Dependendo da necessidade, recursos adicionais podem ser necessários, como conexão bluetooth, conexão wifi, transmissão de sinais não amplificados sem fio, controle remoto via smartphone ou tablet, etc. Neste caso, não há uma regra, mas sim, necessidades específicas que podem surgir, ou simplesmente para o conforto de quem esta operando os equipamentos.

Esperamos termos contribuido e estamos a disposição, caso deseje buscar mais informações e até consultorias. Agradecemos se você puder deixar um comentário. 

Equipe Sônica.