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A Viola Caipira – História e como comprar a sua

Um dos instrumentos mais reconhecidos como Brasileiro, hoje não é só visto como um instrumento para a bela música caipira. Hoje vemos a viola fazendo parte de vários gêneros musicais.

… a viola hoje se aventura no rock, no choro, na música erudita e outros, inclusive na MPB geral …

João Araújo – Músico, produtor musical, gestor cultural, pesquisador

É tão brasileiro este instrumento que somente de uns 5 anos para cá encontramos no mercado violas caipiras fabricadas fora do Brasil com boa qualidade e mesmo assim, fabricadas por pedido de empresas baseadas no Brasil que acompanham a forma que o produto é fabricado lá fora.

Apesar disso, o país tem pouquíssimas fábricas que produzem ela no Brasil, devido exatamente aqueles famosos problemas que o pequeno industrial encontra no nosso país.

Há também muitos luthiers pelo Brasil que são especialistas na fabricação do instrumento como por exemplo o Ramon de São João Del Rei. Estes profissionais levam estes instrumentos a evidência no mercado mundial.

A viola é um instrumento que pode ser visto em diversas situações, mas principalmente na música caipira, que aliás, podemos dizer que a partir do gênero caipira, inspirou o desenvolvimento de outros como o sertanejo, o sertanejo universitário. Dois belos exemplos são o trabalho desenvolvido por João Araújo músico, produtor e gestor cultural da Viola Urbana, que muitos acham que se trata de um grupo, mas na verdade é uma empresa que tem como um dos trabalhos o projeto de pesquisa chamado Viola Urbana ao qual já gerou quatro cds e dois DVDs, visando a preservação musico-cultural, fora os 13 CDs e 5 DVDs e os demais trabalhos de terceiros, produzido por ele. No video abaixo vemos João Araújo tocando e cantando Menino da Cidade (música de sua autoria) no palácio das artes em Belo Horizonte.

Música, letra, voz e viola 10 cordas: João Araújo. Arranjo para orquestra: Rodrigo Faleiros. Regência: Carlos Aleixo. Do DVD “Pesquisa Viola Urbana 3”, registrado em 2015 em Belo Horizonte. Saiba mais em: www.violaurbana.com

Outro bom exemplo é a Orquestra Paulistana de Viola Caipira, que também faz belas apresentações, batendo recordes de harmonia e número de músicos tocando viola ao mesmo tempo. Veja a seguir um belo video de um de seus concertos.

Por ser um instrumento presente em praticamente todo o país a viola caipira é conhecida por outros nomes. Provavelmente você já ouviu falar algum destes nomes também: viola cantadeira, chorosa, serena, viola de dez cordas, de pinho, de arame, de queluz, viola cabocla, sertaneja, nordestina, brasileira e vários outros.

No entanto não para por ai. Se considerarmos o termo viola como um grupo de instrumentos, no mundo, obviamente mais no Brasil e em Portugal, tem nomes como: buriti, branca, cabaça, caipira, cocho, doze cordas (não confundir com violão de 12 cordas e com a craviola de 12 cordas, que aliás, fungindo um pouco do assunto, violão de 12 cordas é um instrumento, craviola é outro, que também não é uma viola, apesar de a Giannini que inventou o produto, também desenvolveu uma craviola de 10 cordas com as mesmas possibilidades de afinação de uma viola tradicional.

E a lista segue: machête, nordestina, vindo de Portugal temos a amarantina, beroa, braguesa, campança, madeirense, tercera, terra, toeira.

Clicando abaixo no nome do arquivo, você poderá ter acesso a um arquivo em PDF de autoria de João Araújo – Viola Urbana, com uma tabela e um conjunto de fotos apresentamos os diversos instrumentos caracterizados como viola, mostrando características como afinação, número de cordas, dentre outras.

Mesmo tendo em mente que há diversos tipos de instrumentos, considerados viola, vamos seguir o artigo, chamando estes instrumentos pelo termo mais popular, viola caipira, ou simplesmente viola.

Mas antes apenas uma outra curiosidade: O termo viola caipira, pésquisado pela Viola Urbana, foi observado a partir de 1960, antes começando no início do século XX o nome mais oficial para o instrumento que temos mais costume de manusear hoje, deveria ser mais chamado de Viola Sertaneja ou Viola Cabocla.

Tudo tem um ponto de inspiração e para a viola caipira não foi diferente, como o Brasil foi anteriormente uma colônia de Portugal, era natural que muito de nossa cultura descenda deste país. E foi o que aconteceu com a viola caipira.

No passado em portugal, a partir do século XVI, o alaúde que era um instrumento mais comum entre os árabes mulçumanos, também presentes na região, foi sendo substituido pelas vihuelas e guitarras latinas, vindas da Itália e da Espanha, porém os portugueses não chamavam estes instrumentos por estes nomes.

A predominância destes instrumentos eram para 4 ou 6 cordas duplas (4 ou 6 ordens duplas), vindo a aparecer depois os de 5 cordas duplas (ordens duplas).

Para os portugueses, todos estes instrumentos eram chamados de viola. Guitarras (nada haver com as guitarras elétricas é claro) e violas passaram a ser diferenciadas a partir da virada dos séculos XVIII para o XIX com quando as guitarras passam a ter 6 cordas simples (6 ordens singelas).

A disseminação pelo instrumento no Brasil, pode ter sido feita basicamente pelos viajantes.

Depois disso a história do instrumento se tornou até com certo mistério, pois este instrumento também é muito envolto pelo folclore nacional, tanto é assim que encontramos ela em muitas manifestações brasileiras como a Catira, O Fandango, a Folia de Reis, detre tantas outras.

Mas é na música caipira, também chamada de música de raiz que a viola tem como seu “terreno natural”. A músicas deste estilo atravessam gerações e nunca desaparecem, apenas recebem acréscimos criativos que a renovam.

A moda de viola, é um dos rítmos atribuidos a execução de músicas com violas e provavelmente o mais antigo deles, pela similaridade dele com os rítmos encontrados na Europa da Idade Médial (com alaúdes, guitarras e violas …).

Como os portugueses chamavam tudo de moda, o termo moda para este primeiro rítmo “pegou” aqui.

A Viola Caipira

Quem não conhece nada de instrumentos musicais, pode achar que a viola é um derivado direto do violão, até porque a viola se parece com um violão. No entanto a escala e a caixa de ressonância são menores. A madeira da maioria das violas de qualidade são o pinho ou o jacarandá, naturalmente o jacarandá é mais raro, pois esta madeira é protegida por lei e no Brasil não pode haver corte.

No entanto, apesar das semelhanças com um violão, a viola tem características que a tornam única.

A primeira é a disposição de suas cordas, unidas em pares e totalizando 5 pares. Os dois pares agudos são afinados na mesma nota e altura. Já os três pares seguintes são afinados em oitavas diferentes (cada par é afinado com a mesma nota, porém com a diferença de uma oitava em altura. E as cordas são tocadas sempre em pares e não separadas.

O tamanho da escala e da caixa de ressonância são menores que do violão, como já citamos é a segunda diferença que a torna um instrumento único.

Uma terceira característica são as diversas afinações que geralmente formam acordes abertos como ré maior, sol menor, o que não é comum em outros instrumentos musicais.

Folclore

Viola Capira é um instrumento que tem a cultura popular quase que literalmente grudada ao corpo. E muitos detalhes sobre ela vem de lendas e histórias que não possuem fundamentos firmes.

Por exemplo: A afinação conhecida como Cebolão em Mi, vem da afirmação que as mulheres choram ao ouvir as músicas, fazendo alusão a alguém que corta cebola.

A afinação Rio Abaixo, vem da lenda de que o diabo costumava descer os rios tocando uma viola nessa afinação e a medida que descia, seduzia as mulheres fazendo com que elas o seguissem. Há pessoas que consideram que o violeiro que toca nesta afinação tem um pacto “com o coisa ruim”.

A simpatia da cobra coral verdadeira (venenosa) também é outra lenda que envolve o instrumento, onde acredita-se que realizar esta simpatia, pode trazer o dom de ser um violeiro, pois a lenda também diz que a pessoa recebe o dom de Deus e se isso não acontece, faz-se a simpatia.

Outro mito envolvendo a viola é a crença de que o maior violeiro seja o diabo, por isso tem-se notícias de tantas pessoas que já realizaram os mais diversos reituais na cresça de fazer um pacto com o diabo para se tornarem um grande violeiro. A crença também diz que o diabo não leva nenhum violeiro com ele, pois a crença afirma que no céu os violeiros são muito queridos.

No nordeste vemos também o duelo entre violeiros, onde um violeiro toca diante de outro a fim de disputar quem toca melhor. Geralmente isso acontece porque sempre um violeiro busca dizer que é o melhor da sua região, e sempre tem outro para fazer o desafio.

Talvez muitos já devem ter visto alguns violeiros colocando um guizo de cascavel dentro da viola. Muitos dizem que é para gerar um efeito especial no som, outros que é para tocar melhor, mas a origem é que antigamente acreditava-se que tal artefato dava proteção à viola e ao violeiro, inclusive chegando a quebrar as cordas do instrumento de um adversário.

Caso não tenha clicado mais acima, então clicando aqui, você tem acesso a um PDF resultado de pesquisa de João Alves do Viola Urbana Produções que mostra os vários tipos de viola existente, bem como suas afinações, números de cordas dentre outras informações. Você vai conhecer instrumentos que provavelmente você nem imaginava existir.

A viola caipira não é só um instrumento, é cultura, folclore, tradicão, musicalidade. É difícil encontrar alguém que não tenha em sua mente uma música tocada com viola caipira que representou algo em sua vida.

Como comprar uma viola caipira

Tendo conhecido um pouco mais sobre o instrumento, agora podemos falar sobre a compra.

Vamos é claro tecer este artigo pensando no iniciante, naqueles que tem a vontade de aprender a tocar este instrumento, porém pensando também em enriquecer o conhecimento daqueles que já tocam e por isso ajudando a aconselhar por exemplo alunos ou pessoas que conhecem e desejam iniciar no instrumento.

A primeira informação que precisamos passar é que as violas são diferentes, existem muitos modelos com diferentes níveis e características, que vão agradar a uns e nem tanto a outros. Apenas um detalhe, uma viola nunca pode ser fabricada como se pensa na fabricação de um violão. A viola não é um violão com dez cordas. A viola é um instrumento totalmente distinto. E é isso que define uma viola de péssima qualidade, ou seja, uma viola fabricada como se fosse um violão adaptado.

É muito comum vermos isso em instrumentos de custo muito baixo (R$200 – a R$300,00), pois na maioria dos casos para reduzir os custos de produção o fabricante monta o produto em uma mesma linha de montagem, com pequenas variações.

Assim, se você quer comprar uma viola, lembre-se do velho ditado “o barato sai caro”, não só no sentido financeiro, mas também no sentido emocional. Quando você decide aprender um instrumento, você esta se desafiando e o objetivo de todos que se desafiam, ou desafiam a outro, é vencer o desafio. Os fracaços geralmente nos leva a desenvolver sentimentos ruins é por isso que precisamos sempre lutar para obter mais vitórias que derrotas. E a vitória pelo domínio de um instrumento nos leva a nos sentirmos mais cheios, pois representa não só o aprendizado, mas também o crescimento social e emocional. Por isso a viola de péssima qualidade pode significar um abalo na confiança de uma criança ou adolescente por exemplo, pois começou e não conclui, neste caso porque por estar com um instrumento ruim, não consegue se desenvolver na música. A questão é que o cérebro não entende isso como justificativa, o que gera a sensação de derrota.

Então o primeiro conselho é: Só compre quando tiver o dinheiro para uma viola adequada.

Violas para iniciantes

O ideal é a fabricação de uma viola por um bom luthier, porém vai acabar sendo algo que desanime a grande maioria dos iniciantes, já que o preço é proporcional ao nível de exclusividade. Instrumentos feitos sobmedida, artesanais são sempre mais caros. O preço, nunca menos que R$2500,00.

Para então aqueles que não podem investir em um instrumento destes, existem as opções fabricadas em série. No Brasil as marcas mais antigas em operação são a Rozini e a Giannini, esta última se considerarmos a chegada do fundador tem mais de 120 anos de história, apesar de não sabermos quando realmente a Giannini, foi estruturada como indústria.

A primeira fábrica é o que poderiamos chamar de a grande guerreira, pois ainda em 2020 consegue manter uma linha de produção nacional inclusive para os instrumentos iniciantes. A segunda, Giannini, já não mais fabrica produtos iniciantes no Brasil, porém nem por isso perde em qualidade, pois seus donos por conhecer pessoalmente as empresas que fabricam para eles fora do país, conseguem ter instrumentos próximos de nosso padrão de qualidade, notadamente melhor que o padrão dos orientais em se tratando de instrumentos distantes da cultura deles.

Hoje podemos acrescentar outras marcas de instrumentos que fogem a este tradicionalismo e capazes também de agradar muito. A Eagle por exemplo dona da marca Hofma, possui instrumentos de ótima qualidade. A história da empresa é um pouco diferente. Neste caso foi uma família Sul Coreana que veio para o Brasil e montou uma fábrica de instrumentos musicais em 1983. Desde então são presentes no país com muito destaque, tanto em cordas como em sopros.

Madeiras da Viola

Por estarmos falando de instrumentos com caixa de ressonância, as madeiras usadas na construção são de grande importância para o resultado final do som. As principais madeiras usadas são maple, agathis, spruce principalmente para o tampo, imbuia, jacarandá. As madeiras podem ser maciças como laminados.

Geralmente para instrumentos até R$1000,00 encontramos laminados no tampo e fundo. Mas laminado não significa MDF, MDP ou aglomerado, estes tipos de materiais não são adequados para a construção de instrumentos musicais.

Fabricantes que não apresentam especificações das madeiras não devem ser considerados como uma opção a se comprar. Cuidado com isto !

Tensor

Tensor é uma haste metálica que fica interna ao braço e pode ser regulável ou não. Para violas não tem jeito, precisa ser regulável. Primeiro porque um instrumento destes pode ser afinado em tons diferentes, isso significa que a tensão que as cordas vão exercer sobre o braço vai variar e com isso é necessário equilibrar esta tensão para que não empene o braço da viola.

Tensores dentro de braços – Fonte: StewMac

Segundo porque este tipo de instrumento sofre muito com as variações climáticas, pois é construido para resistir a altas tensões (força que as cordas exercem ao estarem afinadas) o que torna o instrumento muito sensível a dilatação ou contração da madeira, causadas pelo clima local.

Um violão de cordas de nylon por exemplo pode até não precisar de um tensor regulável, pois a tensão que estas cordas exercem é menor e uma variação climática pode não ser tão importante neste caso.

Encordoamento para Viola

Para quem já toca, já deve ter visto a seguinte situação: o terceiro par de cordas, tem com frequência a mais fina quebrada. A pergunta é: Posso trocar só ela e continuar usando as demais ?

Existem acalouradas discussões sobre o assunto, mas vou dar minha opinião com base nos mais de 30 anos de contato com o meio musical (não necessariamente como pesquisardor por todo este tempo). Não repare falar desta forma, mas apesar de ser algo simples, creio ser importante mostrar que já tive a chance de observar o que acontece.

O ideal é trocar todo o encordoamento. Na verdade nos referimos a qualquer corda que quebre, apenas demos o exemplo da mais fina do terceiro par, pois é a que mais frequentemente dá problema.

Mas se o motivo seja um acidente, ou seja, na hora que você esta encordoando, comete um erro e a corda venha a estourar ? Apesar das recomendação ser a mesma, podemos ser um pouco flexíveis neste caso e falar que somente aquela corda pode ser substituida, porém respeitando a mesma marca e bitola.

Na falta das cordas de mesmo modelo, se a corda com problema for plana, ou seja, sem revestimento, pode-se usar uma outra marca, porém na mesma bitola. Neste caso uma corda de violão ou de guitarra também podem servir.

Mas o ideal é ter sempre como padrão a troca completa em caso de problema em uma das cordas.

Um dado importante é como acontece com outros encordoamentos, quando afirmamos que o jogo de cordas é 0.009 ou 0.010, estamos dizendo que a bitola da primeira corda tem esta medida.

Viola elétrica ou viola acústica ? O que é melhor ?

Esta ai um classificação que gera muita confusão. Algumas pessoas, inclusive, profissionais da área podem ficar em dúvida. Muitas vezes a pessoa entende que a viola elétrica é um instrumento que só pode ser tocado conectado a um sistema de som como uma caixa amplificada ou uma mesa de som, porém não é isso.

Quando falamos que uma viola é elétrica, estamos dizendo que ela possui algum sistema instalado para transmitir seu som para um sistema de audio, porém é somente isso, não significa que ela tem “menos” som que um modelo acústico.

Na verdade o corrreto é chamar a viola elétrica de viola acústica eletrificada (ou eletrônica), pois estamos sempre falando de uma viola que possui uma caixa de ressonância que emite sons acústicos, mas também pode ser “plugada” em um sistema de som.

O modelo acústico apenas não tem a parte eletrônica instalada nela.

Existe o modelo de corpo sólido ou de corpo vazado, ai sim neste caso praticamente não há som acústico, mas apenas o som obtido em um sistema de som. Em se tratando de viola, isto é algo raro de se ver.

Então ao procurar uma viola, lembre-se que o modelo elétrico tem a função extra de poder ser ligada em uma caixa amplificada por exemplo.

10 dicas práticas para escolher uma viola

Apesar de termos expressado acima muitas dicas sobre o que vem a ser uma boa viola, em resumo podemos dar dez dicas para você escolher uma boa viola.

1- Quando for comprar sua primeira Viola é sempre bom levar alguém que entenda do instrumento.

2- Comece testando o braço de sua futura Viola. Prenda a 6ª corda no 1º traste e ao mesmo tempo prenda o 12º traste. Desta forma observe a distância da corda em relação ao braço. A distância deve ser o relativamente igual.

Depois apote o braço como se fosse uma espingarda e “fazendo mira”. Se observar o braço envergado para frente ou para tras, pode significar duas coisas: ou defeito ou necessidade de regulagem. Na maioria dos casos o problema é apenas regulagem. O ideal é na loja buscar o instrumento o mais regulado possível. Mas instrumento de corda é como comprar um terno, geralmente precisa de um alfaiate para ajustar, no caso um luthier.

3- Poderíamos sigerir que você procure violas com braços mais finos, porém isso depende. Depende do tamanho de suas mãos, principalmente no volume. Assim a melhor viola pode ser com braço mais largo.

4- As melhores madeiras para viola segundo os especialistas são o agathis, maple, spruce (no tampo), imbuia, jacarandá, porém nada impede de outros tipos de madeira agradar. O importante é observar se o som da viola te agradou e se o fabricante mostra expressamente quais os tipos de madeiras são usados na fabricação.

O tampo e o fundo da viola podem até ser laminados, aliás a maioria das violas abaixo de R$1000,00 serão assim, mas jamais devem ser de aglomerado, MDF, MDP.

5- A distancia entre as cordas e o braço é um fator importante, geralmente o ideal é uma distância de até 4mm entre o décimo segundo traste e a parte inferior da corda.

6- Passe o polegar e o indicador em toda a extensão das laterais da escala, verificando se o viola possui algumas rebarbas nos trastes.

7- O tampo e o fundo são confeccionados geralmente com duas peças unidas ao centro. Verifique muito bem se existe uniformidade na sua confecção.

8- Observe se as tarraxas estão bem fixadas. E no caso dos instrumentos elétricos, se o jack e o pré-amp/equalizador, estão bem fixados.

9- Passe as mãos em cima do tampo e observe se o mesmo está nivelado. Coloque a mão na parte interna da caixa, abaixo do mosaico da Viola e verifique se possui o reforço. Se não tiver, em pouco tempo, o tampo da viola vai empenar abaixo da tala da escala.

10- Não compre uma viola porque você gostou do design ou da cor dela, compre uma viola porque você percebeu que ela se encaixa no estilo de música que você gosta de tocar.

Esperamos que estas informações ajudem a todos a conhecerem mais sobre as violas e também a escolherem bem seu instrumento e porque não, para aqueles que ainda não pensaram em aprender a tocar viola caipira, passem a considerar aprender. Por que não ?

E você ? Já toca ? Esta buscando seu primeiro instrumento, ou busca um novo ? O que achou ? Compartilhe conosco ?

Robson – Equipe Papo de Música e com grandes contribuições e instruções de João Araújo – Viola Urbana Produções.

Um comentário sobre “A Viola Caipira – História e como comprar a sua

  1. […] técnica de dedilhado, veio do alaúde e da vihuela, primos distantes do violão e também da viola caipira, ao qual citamos em um outro artigo nosso de algum tempo […]

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