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Os cuidados com seu violão durante o verão.

O verão já chegou e, para muitos músicos e também entusiastas, isso significa sair para fazer música ao sol. Mas com o clima mais quente e para muitos com todas as viagens com seu violão, é importante lembrar que seu violão precisa de cuidados. Mudanças de temperatura e umidade podem afetar seu violão e, em alguns casos, podem causar danos. Então, como você cuida do seu violão durante o verão ou quando viaja? Continue lendo para conhecer algumas boas dicas.

Não deixe seu violão no carro quente.

Pense no seu violão como seu animal de estimação. Se estiver muito quente para deixar seu cachorro no carro, também não deixe seu violão lá. Ao viajar com um violão em um dia quente de verão, a exposição ao calor extremo dentro de um carro pode amolecer as colas de madeira de um violão e a ponte se soltar sob a força da tensão das cordas. Em casos extremos, outros componentes do violão podem até começar a se soltar também, como por exemplo o tampo, a escala.

Se você precisar manter seu violão no carro em um dia quente, tente encontrar uma vaga de estacionamento com sombra. Se não encontrar, procure colocar aqueles protetores reflexivos e deixe as janelas com frestas.

Tenha cuidado ao viajar de avião com seu violão.

Idealmente, você só deve levar seu violão em um avião (despachando como bagagem) se tiver um estojo aprovado pelos órgãos de segurança áereo portuários.,Marcas como SKB são adequadas a estes padrões. Eles são construídos para proteger do seu violão resistindo a quedas e impactos sem danificar seu instrumento, e são equipados com travas que não precisarão serem quebradas por órgão como a Polícia Federal ao realizarem revistas.

Várias companhias aéreas permitem o transporte de instrumentos musicais dentro da cabine, porém isso pode significar que o instrumento poderá ser sua única bagagem de mão. Por isso a importância de ter um estojo adequado caso você viage com frequência.

Nos Estados Unidos por exemplo, através de seu órgão de segurança de vôo, Transport Security Administration (TSA), fornce informações para viajantes a este respeito. Segue o link: www.dot.gov/airconsumer/air-travel-musical-instruments .

No Brasil não encontramos informações oficiais a este respeito. Por precaução, vale a pena perguntar a companhia aérea que você estiver utilizando.

Use um detector/medidor de umidade (higrômetro).

Entender as condições de umidade ao redor do seu violão e como elas podem afetar seu instrumento é o primeiro passo para entender como cuidar do seu violão. Dependendo das condições do verão em que você mora, pode ficar muito úmido lá fora.

Um ar condicionado tende a diminuir a umidade relativa, o que pode ajudar, quando estiver guardado, porém nem sempre isso é possível nós sabemos. De qualquer maneira, certifique-se de usar um higrômetro digital (eles são mais precisos). Ele pode ser mantido na sala onde você guarda seus instrumentos, ou, melhor ainda, dentro do próprio case.

Use pequenos pacotes de sílica ou carvão de bambú no case para absorver a umidade excessíva. Uma outra forma é secar o interior do estojo (sem o violão é claro) com um secador por um tempo de 10 minutos. Os pacotes de sílica ou carvão de bambú devem ser trocados a cada 60 dias no máximo.

Para locais em que o clima esta muito seco, como por exemplo Brasília em algumas épocas do ano, é preferível deixar o instrumento sempre guardado no case, pois não só a umidade danifica, mas também a baixa umidade.

O uso de umidificadores é recomendado.

Limpe seu violão com frequência e troque suas cordas periodicamente.

O clima quente propicia mais transpiração e por consequência mais sujeira e oxidação nas cordas. Excesso de sujeira e oxidação nas cordas vai piorar o timbre do instrumento.

Condicione a escala de seu violão.

Depois de remover as cordas, cubra a boca do violão com uma toalha e limpe o braço da guitarra com lã de aço. Esfregue sempre longitudinalmente e com cuidado para não deixar a lã tocar o corpo do violão. Se aparentar seco, adicione óleo condicionador específico. A melhor forma de aplicar óleo é com um pano de micro fibra. Quando aplicar o óleo, você não deve perceber nada como se estivesse molhado, mas apenas o brilho caracterísito. Estes cuidados evitam rachaduras na escala.

E então, o que você achou ? Como você cuida de seus instrumentos de corda ? Tem algo a sugerir ?

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Como comprar o arco certo ?

5 fatores que farão você escolher o arco certo para seu instrumento.

Um arco é a chave que cada musico(a) usa para desbloquear o potencial sonoro de seu instrumento, uma metafora que tem suas bases. Em termos práticos, no entanto, encontrar o arco perfeito pode ser um pouco mais difícil.

Com opções que variam de materiais, idade, rigidez, peso e equilíbrio geral, a compra de um arco é algo que pode levar tempo na escolha.

A maioria dos especialistas concorda que todos os músicos (as) que tocam violino, viola ou cello – desde iniciantes até os mais virtuosos – acabam enfrentando problemas semelhantes ao comprar um arco.

“Os músicos(as) avançados geralmente procuram qualidades em um arco que um iniciante não reconhece”, disse James Mason, um fabricante de arcos e restaurador da loja de violinos David Kerr, em Portland, no Oregon – EUA. “Dito isto, segue o guia para te ajudar a encontrar o arco certo”.

Materiais

Os três materiais básicos usados ​​nas varas dos arcos: são pau brasil, pernambuco e fibra de carbono. No mundo o termo Brazilwood é um nome genérico dado a vários tipos de madeiras tropicais usadas para arcos mais em conta. Vem do Brasil e de outros países tropicais. Os arcos de violino de madeiras mais genéricas tem custo em torno de R$80,00 e são adequados para iniciantes ou possivelmente para iniciantes intermediários.

Desde o final do século XVIII, o Pernambuco é a madeira escolhida para os melhores arcos. É uma madeira densa e pesada que vem de várias áreas do Brasil e parece possuir a combinação certa de força, elasticidade e capacidade de resposta. Existem muitas subespécies e uma enorme variação na qualidade. Os principais fabricantes de arco gastam muito tempo procurando e escolhendo apenas os melhores “palitos” de pernambuco, rejeitando quase todo o resto. Devido à degradação ambiental, no estado de Pernambuco, a madeira agora é escassa e, como resultado, o governo do Brasil impôs severas restrições à exportação dessa madeira, tornando-a rara e cara.

Muitos musicos consideram o trabalho dos renomados fabricantes franceses do século XIX como responsáveis pelos arcos perfeitos. Por que será que os fabricantes posteriores não foram capazes de igualar seu trabalho? Alguns dizem que as espécies de pernambuco usadas por seus predecessores não existem mais e que se extinguiram no início do século XX. Outros acham que fabricantes como Tourte, Peccatte, Simon, Pajot e seus contemporâneos foram simplesmente os melhores fabricantes e pronto, simples assim. Certamente seus arcos são únicos. Muitos têm uma qualidade suave e flexível que torna o arco quase parte da sua mão; o som que esses arcos produzem pode ser cheio e rico. É muito comum ouvir elogios como “suave como manteiga” ao descrever um belo e velho arco francês. No entanto, outros músicos preferem arcos modernos que são mais rígidos, mais fortes e mais rápidos em resposta.

Nos últimos 20 anos, os arcos de fibra de carbono tornaram-se populares, em parte por causa da escassez de pernambuco – alguns dos melhores músicos do mundo preferem arcos de fibra de carbono mais novos e mais duráveis ​​que os modelos tradicionais de madeira de pernambuco. Arcos de fibra de carbono – fabricados com vários tipos de fibra de carbono colados com uma resina – possuem muitas qualidades encontradas no feito de pernambuco. Além disso, a fibra de carbono é durável e, por sua faixa de preço, vale o que custa.

Porém, nem todo mundo tem a mesmo opinião sobre os arcos de vara sintética, ao invés de madeira.

“É comum ouvir mpusicos dizerem que os arcos de fibra de carbono não têm o mesmo tom que os de madeira.

Ainda assim, os arcos de fibra de carbono e de fibra de vidro mais baratos não deformam como os de madeira, tornando-os atraentes para músicos que viajam muito ou tocam ao ar livre ou em calor ou frio extremos.

Balanço

A sensação do arco quando você o experimenta na loja tem muito a ver com seu ponto de equilíbrio. O peso típico de um arco é de 58 a 63 gramas para violinos; 70 gramas para um arco de viola; e 80 gramas para um arco de violoncelo.

Determinar se um ponto de equilíbrio é adequado para suas necessidades exige testes – e não está necessariamente relacionado ao ponto em que o arco se equilibra em um dedo estendido.

Rigidez

Assim como o equilíbrio, a rigidez adequada de um arco e sua capacidade de resposta, especialmente para movimentos de arco saltitante (ricochét ou sautillé). Aqui vale a opinião pessoal mesmo e não uma técnica de escolha. Assim, o que é crucial ao testar um novo arco é tocar da mesma maneira que você normalmente faz. Se você tem um arco fraco e aplica pressão suficiente ao tocar, acaba batendo nas cordas com o talão e definitivamente você não vai quer isso. Agora se estiver muito rígido, não haverá como executar os toques corretamente.

Preço

Enquanto muitos músicos (as) gastam muito dinheiro com um violino, viola, violoncelo ou baixo, muitos destes se incomodam ao pagar quantias altas por um arco. Muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que bons arcos não são baratos. Mas é tudo sobre perspectiva e prioridades “

Fatores especiais

Não é comum, mas se você sempre compra em uma loja e consegue que eles te emprestem o arco, para você testar por alguns dias, é o ideal.

O arco que você considera perfeito hoje, pode não ser o mesmo daqui alguns anos. Esteja sempre aberto a testar novidades.

Na loja

Então, como você deve encontrar o melhor arco? O primeiro passo é estabelecer um orçamento. Porém não deixe de experimentar arcos que vão além do seu orçamento, para poder analisar corretamente o que comprar.

Quando você for a uma loja de violinos, traga seu próprio instrumento e o arco atual como referência. Cada arco terá um desempenho diferente em diferentes instrumentos. Lembre-se de que você está procurando um arco que complemente seu instrumento. Um bom ponto de partida é observar seis arcos por vez. Depois de escolher um ou dois desse lote, peça para ver um pouco mais. Toque a mesma passagem breve com cada arco, um após o outro. Há uma boa chance de que um ou dois se destaquem.

As primeiras impressões são importantes. O arco não deve parecer muito leve ou pesado na mão. Não deve ser muito fraco ou macio: não deve colapsar facilmente no cabelo ao tocar ou flexionar muito lateralmente.

Toque uma combinação de estilos de curvatura, incluindo legato, spiccato, soutillé e assim por diante. Você pode usar Wieniawski’s Ètudes-Caprices, Op. 18, No. 4 , por exemplo, para lhe dar uma idéia de como o arco se comporta em passagens difíceis e rápidas do cruzamento de cordas. Se isso for muito difícil, use alguns dos exercícios de arco de Sevcik. Toque uma passagem em três pontos do arco. Você deve poder tocar confortavelmente com todas as partes do arco. Tocando devagar, ouça o som que cada arco produz e sinta como o arco vibra. Você notará diferenças sutis em clareza, plenitude de som, ruído de superfície e assim por diante.

O arco melhora ou piora o seu instrumento? Enquanto estiver na loja, use seu tempo com eficiência. Você está lá para encontrar um arco, não para executar ou praticar. Depois de escolher os dois ou três arcos de sua preferência, peça se possível (no Brasil sabemos que isso é difícil) para testá-los por uma semana. Experimente-os mais amplamente em casa, em seu conjunto ou orquestra, e mostre-os ao professor para comentários.

Agora mãos abra, comece sua busca. Nos dê sua opinião ? Qual arco você usa ?

Equipe Sônica.

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Comprei um violão novo, e agora o que fazer ?

Olá, essa pergunta é pra você que comprou um violão, guitarra, baixo, viola, e agora?

O que fazer?

A pergunta é boba, pode parecer óbvia a resposta…. tocar né! Porém eu vou mostrar pra vocês, que não é bem assim.

De cara, muitos que compram o instrumento novo, os levam para casa, afinam e já saem tocando, ou tentando tocar.
Principalmente os iniciantes, que naturalmente têm mais dificuldade pra executar as notas, precisam entender que os instrumentos musicais são muito sensíveis a variações climáticas, e que também as cordas que estão no instrumento, não duram para sempre e possuem sim, prazo de validade, mesmo que estejam com aspecto de novas.

Vejam só nesse vídeo abaixo, uma explicação mais detalhada sobre as cordas.

O que quero dizer pra vocês, é que, independente se é novo ou velho, independente da marca e modelo de instrumento, ele precisa de cuidados básicos. E o que chamamos de, cuidados básicos, é o serviço que realizamos aqui de REGULAGEM.

No serviço de regulagem, além de verificarmos a condição do instrumento, podemos melhorar sua tocabilidade e ADEQUAR essa tocabilidade a pessoa que vai executar o instrumento.
Nada a ver com aquela coisa que alguns fazem de colocar cordas de nylon em violão de aço. Colocar cordas 09 em violão….., afff, isso não existe.

Regular corretamente um instrumento é, ajustar corretamente o tensor, o ângulo de pressão do cavalete e rastilho ou ângulo da ponte, ajustar a angulação e altura da pestana ou nut, colocar as cordas de forma correta, lubrificar as peças e PRECISA VIU, mesmo quando novo.
Tensor não fica no lugar certo pra sempre, a altura das cordas se modifica dependendo do comportamento da madeira, as cordas envelhecem a madeira fica ressecada, e etc.

Não é raro as pessoas nos procurarem, depois de mais de um ano da compra do violão, reclamando da qualidade do mesmo, dizendo que não afina, está duro pra tocar, ou achando que não sabem tocar direito, e etc, quando o problema era só uma regulagem bem feita, e um jogo de cordas novos.

Isso sim faz diferença! Então faça-se um favor, leve seu violão, guitarra, baixo , cavaco, viola a um luthier e pare de sofrer. Concentre-se em tocar e não se matar de dor e cansaço.

Nossa Luthieria fica em Belo Horizonte, na rua professor morais 43, savassi.
Um grande abraço
Henrique Luthier