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Heavy Metal faz bem para a saúde !

Esta ai um assunto que a alguns anos atrás poderíamos presenciar até atitudes de preconceito por parte de muitas pessoas.

Popularmente chamados de metaleiros e metaleiras, as pessoas que tocam ou curtem músicas heavy metal e suas variações, eram vistos como grupos rebeldes, avessos às regras da sociedade e o tempo todo fazendo algo para protestar.

A verdade é que toda expressão artística pode ser vista como uma forma de protesto, ou uma forma de expressar para a sociedade que fazemos parte de um grupo.

O nome protesto parece forte, mas protesto é simplesmente a defesa de uma visão específica.

Mahatma Karanchand Gandhi, advogado, estudioso de ética política, nacionalista e anti colonialista, um dos grandes herois indianos, se contrapôs aos britãnicos através da expressão do amor, da não violencia a fim de promover a independência da Índia da colonização Britânica.

Este artigo foi inspirado em uma postagem de um músico experiente, amigo nosso de São João Del Rei, Raphael Nery que indicou um artigo tratando do assunto e achamos interessante aprofundar um pouco mais no assunto, citando é claro a postagem deste blog.

Creio ser interessante citar uma experiência própria deste que vos escreve. Bom sou coltecano, para muitos este nome não tem muito sentido, mas explicando, coltecano é o termo que se usa para quem estuda ou estudou no Coltec, uma escola técnica que funciona dentro da Universidade Federal de Minas Gerais.

Mas o que tem haver o Coltec com o Heavy Metal e o que isso tem haver com este artigo ?

Esta escola como toda a UFMG, tinha e tem uma vocação para atrair talentos não só em suas áreas específicas, mas também com consciência crítica e independente. Por conta disso a expressão artística tanto no Coltec, quanto em toda a UFMG é generalizado e não só visto nos cursos voltados para a arte, como na Faculdade de Música da UFMG.

No Coltec havia um movimento grande de alunos adeptos do movimento Heavy Metal (musicalmente falando), e essa influência que para muitos era considerado como um problema, era na verdade um dos motivos de a escola ter um alto grau de união entre os alunos, ao ponto de até hoje os alunos e ex-alunos, se reunirem em um festival anual chamado Dia do Filho Pródigo . Eu estive na escola entre os anos de 1992 e 1994 e até hoje é a escola que mais gerou lembranças para mim.

Mas e ai, o que isso tem haver com o Heavy Metal ? Simples, apesar de todo peso das músicas, a expressão agressiva que o estilo passa, quem curte este estilo musical é geralmente o contrário, demonstrando fortes habilidades de convível social, tranqulidade e saúde mental. E esse assunto foi alvo de estudo de algumas instituições de pesquisa.

A baixo vamos apresentar estudos científicos buscando provar os benefícios que este gênero musical provoca nas pessoas adeptas a ele. Estes estudos foram obtidos pela equipe de outro blog, o Mundo de Músicas que fazemos questão de citar, pois realizam também um grande trabalho de divulgação cultural e prática para as pessoas amantes da Música.

Publicado no Journal of Community Psychology um estudo promovido pela University of South Australia, declarou que ouvir música Heavy Metal melhora a saúde mental do indivíduo.

De acordo com o estudo, sons mais agressivos, possuem um efeito positivo em pessoas de 18 a 24 anos, que também estão envolvidas com o gênero musical Heavy Metal. Este engajamento tanto musical como social, dentro de sua comunidade promove uma mentalidade benéfica a seus elementos.

Os adeptos do gênero musical, segundo os estudos, concluiu que estes jovens tendem a sentir-se protegidos dentro da comunidade, o que ajuda a não se envolverem com drogas, violencia e claro, problemas com a polícia. E porque isso acontece ? Pelo simples fato dessas pessoas terem foco na busca de amigos. Em um abiente de amizade, a tendência é o crescimento e não a auto destruição. Drogas, violencia e crimes não têm espaço em ambientes positivos.

A inusitada conclusão da pesquisa, pois a primeira vista as músicas com som pesado do Heavy Metal levariam a gerar violencia, na verdade acontece exatamente o contrário. O estudo indicou que a sonoridade pesada ajuda os apreciadores a lidar melhor com os problemas pessoais, impulsionando ainda o amadurecimento dos jovens que enfrentam problemas de natureza social e familiar.

Ouvir Heavy Metal faz bem !

O psicólogo Nick Perham, professor da Universidade Metropolitana de Cardiff no País de Gales, buscou a entender como o Heavy Metal pode trazer benefícios a saúde.

Segundo seus estudos ele diz que a má reputação que muitos imprimem neste gênero musical é injusta, pois estas músicas ajudam as pessas a serem mais generosas e fortalecem a capacidade intelectual do cérebro.

No estudo de Nick Perham, que foi publicado no “The Conversation” , importante portal de conteúdo acadêmico dos Estados Unidos em Julho de 2019, ele integrou uma série de estudos de pesquisadores ao redor do mundo, para expressar suas conclusões. Conclusões estas que afirmam que os fâs de Heavy Metal são mais abertos a novas experiências do que outros, seguindo também as afirmaçãoes da Associação de Psicologia dos EUA.

Oficina G3 – Banda Heavy Metal Gospel

Segundo mais pesquisas, pessoas com depressão e/ou com ansiedade excessiva, tendem a procurar este estilo musical, por se tratar de sons complexos e ajudam a aliviar a dor emocional que sentem.

Um estudo da Royal Society diz que a idéia que as letras da músicas deste gênero terem conteúdo violento, vão por consequência incitar a violência, é falso.

Na mesma linha outra pesquisa publicada no jornal “Self and Identity”, concluiu que os seguidores do heavy metal a longo prazo se tornam pessoas mais felizes e ajustadas. O estudo chega a afirmar que inclusive estas pessoas terão índices de felicidade e equilíbrio maior que os fãs de outros gêneros musicais.

Enter Sandman – Metallica

O Psicólogo Dr. Nick Perham ainda citou o seguinte:

Apesar das letras muitas vezes serem violentas em algumas canções de Heavy Metal, as pesquisas publicadas recentemente mostraram que os fãs não são sensibilizados com a violência, o que põe em dúvida os efeitos negativos anteriormente assumidos da exposição a longo prazo a essa música. De fato, os estudos mostraram que os fãs a longo prazo eram mais felizes durante a sua juventude e melhor adaptados na meia-idade em comparação com os seus colegas que não são fãs. Outra constatação é a de que o Heavy Metal não aumenta a raiva em quem ouve, mas sim as suas emoções positivas, sugerindo que ouvir música extrema representa uma maneira saudável e funcional de processar a raiva.

O Heavy Metal promove em seus ouvintes e músicos um aumento de sensações positivas, além de tender a estas pessoas a uma melhor capacidade intelectual, facilitando uma participação mais eficiente nas atividades acadêmicas.

O que aprendemos com estes estudos:

Primeiro que certas afirmações da sociedade são apenas fruto de uma tendência preconceituosa, mas uma tendência a gerar opiniões voltadas mais para o lado comercial do que realmente o lado artístico.

Além disso as pessoas tendem a associar o que vêm com certos comportamentos desconectados. O que causa a violencia por exemplo não é uma expressão agressiva, como acontece em shows de heavy metal, mas sim o constante “aprisionamento das pessoas”, por condições que a própria sociedade gera.

No heavy metal por exemplo as pessoas tendem a liberar sentimentos guardados e por isso se tornam mais tranquílas. É exatamente o contrário do que a opinião leiga nos faz pensar.

E o que você acha deste artigo ? Gosta de heavy metal ? Quais suas bandas preferidas ? Comente sua experiência ?

Robson Oliveira – Equipe Papo de Música.

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Bateria Eletrônica ter ou não ter ?

Realmente, uma bateria acústica é sempre mais empolgante, pois o som que ouvimos é produzido pelos próprios tambores de forma física primariamente. Além disso o visual do instrumento também é estimulante. Porém se você tem muitos vizinhos, ou pouco espaço, a bateria eletrônica tem seu lugar, com o extra dela conseguir emular sons de outros instrumentos, e também tambores diferenciados.

Os kits eletrônicos menores são perfeitos para os iniciantes aprimorarem suas habilidades, além de serem fáceis de movimentar e configurar, enquanto os kits maiores, com foco no desempenho, realmente brilham no palco.

Os kits eletrônicos evoluíram bastante desde as almofadas de borracha hexagonais dos anos 80. Muitos kits hoje em dia de certas marcas já vem com os tambores com uma estrutura semelhante às baterias acústicas com uma malha especial, para simular a mesma sensação de se tocar uma bateria acústica tradicional, com a vantagem de não produzir som acústico, mas apenas o som proveniente de seu módulo digital.  
 
Os kits TD da Roland por exemplo, tem estes kits de “peles”, tem sensores que reconhecem onde a baqueta esta batendo e inclusive a pressão das batidas. Tudo isso contribui para uma experiência que leva o seu cérebro a pensar que você está tocando um kit acústico real, alto e caro, mas o que você está realmente fazendo é praticar em relativo silêncio.

Já usou ou usa uma bateria eletrônica ? Qual seu kit ? Esta pensando em comprar uma ? Contenos suas experiências.

Equipe Sônica.

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Whiplash – Em busca da perfeição. E ai ? Vai encarar ?

Os apaixonados por música, e quer saber, os que não são tão apaixonados por música também, vão ficar encantados com este filme. Uma obra prima do cinema. 

Grande vencedor do Festival de Sundance em 2014, Whiplash – Em Busca da Perfeição não é somente um filme sobre jazz. É uma obra, como o título nacional entrega, sobre a busca da perfeição e os limites que as pessoas estão dispostas a atingir para alcançar suas ambições.

Whiplash - Em Busca da Perfeição - Foto

Miles Teller interpreta Andrew Neyman, um jovem estudante de um consagrado conservatório que sonha em ser uma lenda da música. Após ensaiar muito, ele consegue o posto de baterista substituto na banda principal da escola, comandada pelo impetuoso Terence Fletcher (J.K. Simmons).

Após ingressar no grupo, Andrew percebe que terá que lutar muito para seguir os padrões musicais do professor, prejudicando seus relacionamentos familiares e amorosos. Ele sonha em ser uma lenda do Jazz o que vai combinar com o sonho de Fletcher, que é encontrar uma lenda do Jazz.

O filme levanta uma discussão interessante neste mundo do século XXI. Vale a pena submeter alunos a uma condição degradante se for para criar um talento musical, um Charlie Parker? A fala de Fletcher em que afirma que a pior expressão que existe é “bom trabalho” é bem interessante.

Whiplash - Em Busca da Perfeição - Foto

Milles Teller, que também já trabalhou em Projeto X, Namoro ou Liberdade e em Divergente, parece ter nascido para este papel, pois ele tem a cara do sujeito gente boa e focado. Esta mistura, faz como que mesmo em cenas pesadas em que seu personagem promove atitudes babacas, em especial uma com sua namorada, sejam minimizadas e geram cenas humanas. Este filme não sobre um heroi perfeitinho, mas sobre seres humanos que erram e acertam. 

J.K. Simmons (Terence Fletcher) também merece um destaque a parte. Ele se entrega ferozmente ao papel. Demonstrando os limites de alguém focado em suas metas.

Whiplash conta ainda com as presenças de Paul Reiser, Austin Stowell, Jayson Blair e Melissa Benoist. Esta última, conhecida pelo papel de Marnie em Glee, se destaca pelo jeito descolado/perdido e pelo rosto bonitinho. Ela vive Nicole, interesse amoroso de Andrew, antes dele perceber que seu único interesse era ser um músico renomado.

O filme é intenso, possui momentos de extrema beleza e expressão musical, misturando com cenas tensas, as vezes chamar de tensas é um apelido carinhoso.

Algumas curiosidades sobre o filme foram publicadas pelo portal/blog Adoro Cinema, ao qual transcrevemos abaixo:

1 – Antes de fazer o longa-metragem Whiplash, o roteirista e diretor Damien Chazelle fez um curta sobre o tema, com o mesmo nome, em 2013.

2 – O plot de Whiplash, em que um adolescente se esforça em um conservatório para se tornar um músico perfeito e sofre nas mãos do professor autoritário, foi baseado em experiências reais da vida de Chazelle, que tocou no colégio e na faculdades e sofreu com professores carrascos.

3 – O cineasta parece só querer fazer filmes com protagonistas músicos de jazz: seu primeiro longa, “Guy and Madeline non a Park Bench”, era sobre um trompetista. 

4 – O ator JK Simmons venceu o Globo de Ouro de melhor coadjuvante e levou também o Oscar na mesma categoria. Com 60 anos, ele é conhecido por filmes como Juno, Homem-Aranha 1 e 2 e mais uma porção de papéis. Embora tenha ganho diversos prêmios, é a primeira vez que abocanhou o prêmio máximo de Hollywood.

5 – Lembra dele? O pai do jovem músico Andrew é interpretado por Paul Reiser, ator conhecido pela série “Louco por Você’, que fazia par com a atriz Helen Hunt. Reiser também escreve e faz comédia stand up e tem feito menos trabalhos no cinema e na TV nos últimos anos. 

6 – O filme foi rodado em apenas 19 dias, o que é muito pouco para um longa-metragem. 

7 – O ator Miles Teller, que interpreta o protragonista Andrew, já tocava bateria antes das filmagens, mas ele mesmo define com um “tirava um som”. Ele fez treinamento intensivo para o filme. “Eu me sentiria o maior imbecil se fosse fazer este filme sem saber tocar bateria. Quando sangrei pela primeira vez em cima do instrumento, me senti validado”, afirmou, em entrevista à revista Rolling Stone.

O filme procura mostrar que a busca por mais que excelência em algo não é uma linha reta, não é uma “receita de bolo”, muito menos algo que possa ser planejado realmente. O que fascina no filme é ele não ser politicamente correto e mostrar o quanto as pessoas podem ser obstinadas na busca de um sonho. 

Mas também nos mostra o quanto os excessos podem custar caro, pois uma das mensagens do filme é levantar a discussão de se é verdade que para conseguir extrair uma lenda em determinado assunto, é preciso causar traumas, ao ponto de arrasar com a estrutura psicológica da pessoa. 

Este não é um filme com uma linha previsível de acontecimentos, mas um filme que retrata a vida, com tudo em movimento. 

Artigo baseado em crítica do portal/blog Adoro Cinema.

E você já assistiu o filme ? Comente . 

Equipe Sônica.